Depois do dia 31 de dezembro deste ano, o presidente Michel Temer deixará o comando do Palácio do Planalto. Assim como o chefe do Executivo nacional, alguns de seus principais aliados no Congresso não vão ocupar cargos eletivos na próxima legislatura.
Entre os principais nomes estão Darcísio Perondi (MDB-RS), que não conseguiu votos suficientes para ser reeleito deputado federal, e Romero Jucá (MDB-RR), que não conseguiu renovar sua vaga no Senado.
Confira alguns dos integrantes da tropa de choque de Temer que ficaram de fora do Congresso
Darcísio Perondi (MDB-RS)
Perondi foi um dos principais defensores do presidente Michel Temer. Após a eclosão da crise política em meio à delação da JBS, que teve Temer como um dos principais alvos, foi para a linha de frente do governo, atacando opositores, os delatores da JBS e a Procuradoria-Geral da República (PGR) e tentando garantir viabilidade política para o chefe do Executivo, que enfrentou duas denúncias durante o mandato. Nas eleições de domingo, Perondi não conseguiu uma das 31 vagas do RS na Câmara dos Deputados. Com 38.819 votos, o candidato do PMDB amargou a 41º posição.
Romero Jucá (MDB-RO)
Um dos principais aliados de Temer, Romero Jucá foi presenteado com o cargo de ministro do Planejamento no início do governo do presidente. Perdeu o cargo após ser divulgado áudio onde o senador foi flagrado sugerindo pacto para barrar a Lava-Jato em conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Mesmo com o revés ele continuou com influência na linha de frente de Temer e ocupou a liderança do governo no Senado até agosto deste ano. O parlamentar também foi importante na articulação para barrar as denúncias contra o presidente.
Tentando garantir o sétimo mandato consecutivo no Senado, Jucá ficou em terceiro lugar na disputa em Roraima, perdendo a vaga para Chico Rodrigues (DEM) e Mecias de Jesus (PRB).
Eunício de Oliveira (MDB-CE)
Atual presidente do Senado, Eunício de Oliveira (MDB-CE), também não conseguiu reeleição para o Senado. Em seu Estado, o candidato ficou na terceira colocação, atrás de Cid Gomes (PDT) e de Eduardo Girão (PROS).
O presidente do Senado foi importante para o avanço das pautas do governo Temer no Congresso, como a reforma trabalhista. O senador também foi um dos parlamentares que se empenharam para garantir a continuidade do mandato de Aécio Neves (PSDB) após as revelações da delação da JBS, que pegaram Temer e o tucano em cheio.
Beto Mansur (MDB-SP)
Vice-líder do governo Temer, Beto Mansur ficou apenas no 134º lugar na disputa por uma das 70 vagas de São Paulo na Câmara dos Deputados. Mansur é um dos principais articuladores do governo Temer no Congresso. Era conhecido por ser um dos parlamentares responsáveis pelos mapas de votos de matérias de interesses do governo na Câmara.
André Moura (PSC-SE)
Líder do governo Temer na Câmara, Moura tentou vaga no Senado por Sergipe, mas ficou na terceira colocação, ficando atrás de Delegado Alessandro Vieira (Rede) e de Rogério Carvalho dos Santos (PT).
Rogério Marinho (PSDB-RN)
Marinho relatou algumas das medidas impopulares do governo Temer na Câmara dos Deputados. O tucano foi relator da reforma trabalhista, aprovada no ano passado, e da a revisão dos planos de saúde. Marinho tentou reeleição, mas não conseguiu votos suficientes para ficar entre os 8 eleitos pelo Rio Grande do Norte para a Câmara dos Deputados.
Ministros
Os ministros mais fiéis de Temer Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia) não concorreram a cargos nessas eleições.