Candidato derrotado à presidência no primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) votou neste início da tarde de domingo (28) em Fortaleza, no Ceará. Ele disse que fará oposição a qualquer um dos eleitos neste segundo turno: Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT).
Conforme o jornal Diário do Nordeste, Ciro reforçou que não pretende mais estar ao lado do Partido dos Trabalhadores (PT). Para ele, a complexidade do cenário nacional não entrou no debate eleitoral, "marcado pelo radicalismo estreito".
– Minha posição é a mesma de antes. Se quisesse aderir a alguma das duas forças, eu teria feito antes. O Brasil precisa desesperadamente desarmar essa bomba da confrontação miúda que vem destruindo a economia brasileira – disse Ciro.
– Faz quatro anos que o Brasil não para pra trabalhar, com a oposição rasteira e destrutiva. Mais de 13 milhões de desempregados, o empresariado colapsado com endividamento altíssimo, mais de 63 mil homicídios ao ano e o debate nacional marcado pelo radicalismo estreito e intolerante. Isso não é bom conselheiro para o futuro do país – completou o pedetista.
Em defesa do afastamento do PDT do PT no âmbito nacional, Ciro afirmou que, no Ceará, a relação do seu partido com o governador Camilo Santana e o PT não muda:
– Tenho orgulho de ver o Camilo crescendo, o governador mais votado do país. Ninguém pode querer ser raiz na política, não. O caudilhismo só leva o país para trás, como estamos vendo agora.
Ao ser perguntado se este era um recado para Lula, afirmou:
– É recado para quem quiser ouvir.