O estado de saúde de Jair Bolsonaro segue grave, mas sem novidades em relação às últimas informações divulgadas pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no fim de semana. Segundo o boletim médico apresentado na manhã desta segunda-feira (10), não há sinais de infecção. Ainda não há previsão de alta, embora haja a expectativa de que o candidato a presidente do PSL possa deixar o hospital em até 10 dias, dependendo da evolução do quadro clínico.
O Albert Einstein reafirma que o candidato precisará passar por uma nova cirurgia, de "grande porte", para a retirada da colostomia, bolsa ligada ao intestino grosso. O procedimento também tem como objetivo reconstruir o trânsito intestinal. A tendência é que a operação seja realizada em até três meses, conforme a evolução do quadro de saúde. A movimentação intestinal ainda é incipiente, o que é normal em casos como este, de acordo com a equipe médica.
Quem assina o boletim são o cirurgião Antônio Luiz Macedo, o clínico e cardiologista Leandro Echenique e o diretor superintendente do hospital, Miguel Cendorogio.
Bolsonaro segue sem se alimentar por via oral, recebendo nutrientes por via endovenosa, isto é, pela veia. Ele também está sendo submetido a fisioterapia respiratória e motora e tem conseguido caminhar em curtos períodos pelo quarto com o auxílio de um andador.
O candidato foi esfaqueado na última quinta-feira (6), durante evento de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Bolsonaro permanece na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a sexta-feira.
Leia o boletim médico na íntegra:
São Paulo, 10 de setembro de 2018 - 10:15
Passados quatro dias após o ferimento abdominal por arma branca, o estado do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, internado no Hospital Israelita Albert Einstein, ainda é grave e permanece em terapia intensiva.
O paciente tem uma colostomia, que foi feita em função de lesões graves do intestino grosso e delgado.
Será necessária nova cirurgia de grande porte posteriormente, a fim de reconstruir o trânsito intestinal e retirar a bolsa de colostomia.
O paciente permanece ainda com sonda gástrica aberta e em íleo paralítico (paralisia intestinal), que ocorre habitualmente depois de grandes cirurgias e traumas abdominais.
Ontem (domingo, 9), havia uma movimentação intestinal ainda incipiente e que persiste do mesmo modo hoje.
Permanece sem sinais de infecção, recebendo o suporte clínico, cuidado de fisioterapia respiratória e motora, e alimentação exclusivamente parenteral (endovenosa).