Candidato à reeleição para governador no Piauí, Wellington Dias (PT) negou, nesta segunda-feira (27), que sua campanha ou o partido tenham contratado influenciadores digitais para disseminar mensagens positivas sobre ele e outros integrantes da legenda. Após participar de audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir repasses que os Estados reclamam não ter recebido da União, Dias afirmou que sua equipe está aberta a qualquer apuração sobre o caso.
—Estamos seguros de que estamos trabalhando cumprindo a lei eleitoral à risca — afirmou.
O governador disse ainda não temer impactos das acusações nas intenções de voto em sua chapa e que o partido "tem militantes que de vez em quando falam bem do Estado".
A ação foi denunciada pela influenciadora digital Paula Holanda, que afirmou em sua conta no Twitter ter sido procurada por uma representante da agência de marketing digital Lajoy. Segundo ela, uma pessoa chamada Isabela Bomtempo, da agência, a convidou para participar de uma ação "de militância política para a esquerda". Dias seria alvo da terceira pauta, após as duas primeiras terem sido, segundo Paula, sobre a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, e sobre o candidato do partido ao governo de São Paulo, Luiz Marinho.
— Mesmo eles influenciadores não apresentam qualquer prova de qualquer coisa — rebateu Dias. O governador rechaçou qualquer acusação de pagamento pelas mensagens positivas sobre o Piauí e disse ser grato a qualquer brasileiro que tenha tomado conhecimento sobre dados positivos do Estado e tenha resolvido multiplicar essa informação.
— Com certeza é zero a possibilidade de qualquer participação da parte da minha campanha ou do meu partido — afirmou o governador, que emendou na sequência uma brincadeira.
— Mas continuem falando bem — pediu.
O governador afirmou ainda que não é crime uma pessoa tomar conhecimento de um dado positivo sobre o Estado e passá-lo adiante. Dias ressaltou também que não teria motivos para fazer uma divulgação nacional de suas ações, uma vez que está concorrendo em nível estadual.
— É sem pé e sem cabeça — afirmou.