Aos 60 anos, 38 deles na política, Ciro Gomes (PDT) prepara-se para concorrer pela terceira vez à Presidência. Sem sucesso nas primeiras tentativas, sonha em vencer no primeiro turno em 2018 para enfrentar "a maior crise" de um país tensionado.
Nas entrelinhas, contemporiza a necessidade de um "arco de forças" de centro-esquerda sob o risco de que nenhum nome do campo político chegue ao segundo turno. Parcelados, os sinais chegam ao noticiário vindos de nomes isolados de PT, PC do B e PSB. Nenhum oficializou-se.
O ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sequer descarta o apoio de legendas da base do governo Michel Temer (MDB), como DEM, PP e PR. "Por que não?", questiona. Ciro admite que faz política e dialoga com todo mundo, mas revela mágoa aos mais recentes ataques de líderes petistas.
Natural de Pindamonhangaba, no interior paulista, o pré-candidato radicou-se no Ceará. No Estado nordestino, foi prefeito, governador, deputado estadual – mais tarde, também federal em seu último mandato, encerrado em 2010. Na última quinta-feira (10), após participar de evento em Gramado, na Serra, recebeu GaúchaZH no hotel em que estava hospedado para uma conversa de pouco mais de uma hora.
O senhor tem defendido duas reformas essenciais ao país – a fiscal e a política. No que consistiriam essas mudanças?
O país precisa debater uma reforma fiscal porque é completamente ociosa a compreensão de que poderemos tratar o problema fiscal em capítulos. Nos últimos anos, entranhamos o sistema tributário ao previdenciário de tal maneira que as ferramentas mais relevantes introduzidas para atenuar o desequilíbrio da Previdência são de natureza parafiscal – a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), o PIS e o Confis. Se proponho um IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a grande modernidade que todo mundo está discutindo, tenho de eliminar o Cofins. Se elimino o Cofins, a CSLL terá de ser absorvida pelo Imposto de Renda ou pelo imposto sobre lucros e dividendos. Ou seja, subtraio duas graves receitas da Previdência. Por isso, é preciso abordar a reforma fiscal como uma coisa única. Dada essa interação prática, os sistemas tributário e previdenciário são duas faces de uma moeda indissociável. Creio que esse impasse chegará em um limite.
Como seria a reforma da Previdência adequada?
O problema não está no financiamento conjuntural, mas no modelo estrutural. Há 40 anos, o Brasil montou esse sistema de regime de repartição que presume algumas realidades que sumiram do mapa. Primeiro, a demografia jovem. Havia seis pessoas ocupadas na origem para financiar o aposento diante de uma expectativa de vida inferior a 60 anos – hoje, é 1,5 pessoa para uma expectativa de 73 anos. Depois, ocorre agressivo ganho de produtividade com automação, mecanização e robótica, a informalidade e o desemprego aberto. Se a lógica do sistema está na incidência sobre a relação formal de trabalho e o país tem 37 milhões de trabalhadores na informalidade e 13 milhões abertamente desempregados, estamos falando de 50 milhões de pessoas que não contribuem e estressam o sistema por alguma porta. SUS, seguro-desemprego, auxílio-doença. Esse modelo morreu. Lá atrás, o mundo inteiro percebeu e mudou. Nós, ao invés modificarmos quando existia uma folga e a transição não era tão complexa, saímos fazendo puxadinhos. Neste ano, o buraco foi de R$ 180 bilhões. Mesmo com toda a selvageria e injustiça, a reforma que o (Michel) Temer propôs economizaria R$ 360 bilhões em 10 anos – ou seja, dois anos de déficit. O novo modelo se chama capitalização. Tem de ser público, com ingerência do interesse público sobre esses grandes fundos para impedir que acabem jogados na especulação financeira, e sob controle dos trabalhadores. Mas não quer dizer estritamente estatal. A minha ideia é que coletivos de trabalhadores sejam eleitos, que a gestão dos fundos ocorra por uma carreira profissional premiada e punida conforme êxitos semestralmente apurados e que os critérios de alocação dos recursos sejam, na partida, AAA (nota com menor grau de risco para investimentos).
Se eleito, apresentaria um plebiscito ou um referendo para discutir a reforma previdenciária?
Já na campanha, vou propor as bases conceituais da reforma. Se o povo me eleger, será com as ideias que propus. É uma providência para atenuar o impasse orgânico ao presidencialismo à brasileira. Temos um órgão que detém o monopólio do desenho institucional do país – o Legislativo –, mas que não tem nenhuma responsabilidade sobre esse modelo institucional. Deixado solto e pressionado, o Congresso segue a tendência de diminuir impostos e aumentar despesas. O impasse pode ser atenuado quando se propõe antes. Em segundo lugar, todos os presidentes brasileiros foram eleitos com minoria no Congresso, mas ganharam poderes imperiais nos seis primeiros meses. Isso deriva da força plebiscitária. Por isso, o tempo da reforma são os seis primeiros meses. Por últimos, precisamos negociar as reformas fiscal e política em um redesenho do pacto federativo, chamando os Estados para partilhar o benefício desse novo desenho fiscal. Quero libertar a federação do jugo que o Estado nacional colocou os Estados, e o exemplo mais doído é o Rio Grande do Sul. O Fernando Henrique (Cardoso) "fez" de propósito. Acham que exagero, mas conheço a mentalidade dele. Foi uma vingança à 1932 (ano da Revolução Constitucionalista). Quando o (Antônio) Brito assinou (a renegociação da dívida, em 1998), disse que ele estava afundando o Rio Grande do Sul. Hoje, a Brigada Militar tem metade do efetivo que o (Alceu) Collares tinha, e o problema da violência está explodindo. É preciso redesenhar o pacto federativo emasculado pelo Fernando Henrique, que fez a carga tributária crescer pesadamente sem partilhar. Dezessete Estados estão em dívida. Nesse ambiente, você tem a possibilidade de atenuar o problema no Congresso fazendo uma grande negociação a atacado. Persistindo o impasse, aí, sim, convocar plebiscitos e referendos para resolver as reformas política e fiscal. Mas tenho muita esperança de deslindar antes. Conheço o ramo.
O governo gaúcho quer aderir ao regime de recuperação fiscal com a União. É um erro?
Um erro mortal. Porque não vai ao ponto. O Rio Grande do Sul foi o primeiro Estados no qual a conta de inativos passou a de ativos. É um problema para onde o Brasil caminha se a bomba não for desarmada. Mas vocês chegaram primeiro, porque tem uma tradição mais longeva de excelência e presença ostensiva no serviço público. O segundo problema está no acordo da dívida assinado lá atrás. O Rio Grande do Sul tinha uma dívida de R$ 7 bilhões quando foi constrangido a assinar esse acordo. De lá para cá, pagou R$ 37 bilhões e está devendo R$ 25 bilhões. Os números não são precisos, mas a grandeza é essa. O Rio Grande do Sul esteve obrigado a pagar uma montanha de dinheiro – 13% da sua receita corrente líquida – à União. Depois, o governo federal, fazendo cortesia com o chapéu alheio impôs a Lei Kandir em cima de uma economia ainda relevante na questão agropastoril. Ou seja, determinou que não cobrasse mais os impostos. Não estou dizendo que está errado, mas as contas não fecham. Havia imposto no vinho, na carne, no arroz, no trigo, na soja… De repente, para estimular a exportação _ uma necessidade de balanço de pagamento do país _ mandam tirar e desfinanciam o Estado com o compromisso de que a União pagasse. Nunca pagou. Casando esses ativos e passivos, você vê que não tem saída aqui dentro. E a adesão a esse regime ainda mexe em questões de modelo. Privatizar a companhia de água e esgoto do Rio de Janeiro foi um crime. O que irão fazer aqui com a companhia de vocês?
Qual a sua opinião sobre a descriminalização das drogas?
Não penso mais nada. Como intelectual e militante, minha opinião está na internet. Nunca me omiti. O grande erro está em o presidente assumir pautas identitárias que são justas, mas em confronto com a organicidade da sociedade brasileira. O papel do presidente é recolher o debate e chamar todas as frações da sociedade, até porque não existe um precedente internacional que possa se dizer "olha, ali está o exemplo que resolveu a parada". A guerra às drogas está perdida, isso parece flagrante. O Brasil tem 760 mil presos. Um terço são jovens presos com minúsculas quantidades de droga que entram no presídio, recebem um ferro no queixo de uma facção criminosa perigosa e viram soldados da violência. Portugal, por exemplo, identificou, droga por droga, qual a quantidade necessária e suficiente para um dependente por uma semana. Se uma pessoa for apreendida com essa quantidade de drogas definida, o problema passa a ser de saúde pública e redução de danos. Se a quantidade for maior, seguirá como problema de polícia. Os americanos também estão tentando, descriminalizaram em 19 lugares – alguns só o uso recreativo, uns o medicinal e outros a produção e a venda de drogas leves. Nenhuma experiência mostra que a igreja não tem razão, mas também não podemos dizer que tem razão porque especialistas afirmam que essa guerra está perdida. Nos seis primeiros meses, um grupo irá discutir qual será a política de drogas do Brasil. À moda de Portugal? Estou muito simpático. Mas vou recolher as opiniões, os experimentos e debater.
Pautas identitárias, como descriminalização das drogas e casamento homoafetivo, são muito caras à esquerda. Esse posicionamento não pode lhe afastar desse campo político?Sim, mas não irei me afastar desses assuntos. Apenas, respeitando a complexidade da sociedade brasileira e querendo ser presidente, irei identificar esses problemas e promover o debate. Não vou me omitir, nem adotar uma posição conservadora. Enquanto o parlamento fica obstruído pelo preconceito sobre a união civil de homossexuais, por exemplo, os juízes estão reconhecendo e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) mandou reconhecer. O poder politico sendo passado pelo Judiciário representa uma disfunção grave. É uma ferida de morte na democracia. O poder político precisa assumir a vanguarda. Tenho minha opinião sobre todos esses assuntos, mas, como estou me preparando para ser presidente, assumo o compromisso com esses grupos identitários de pautar o debate.
Em referência a sua candidatura, há especulações quanto ao "morte e assopra" com o PT. Qual a chance de apoio ao seu nome?
Nunca disse que sinto pena dela (Gleisi Hoffmann), mas que sinto pena que ela pense isso e, pior, que diga. Essa declaração não guarda a menor coerência com a minha história de decência e lealdade ao PT. Todos os dias, do primeiro ao impeachment. Zangado com as contradições, não aceitei mais ser ministro, mas não passei para o outro lado. O Ceará deu dois terços dos votos contra o impeachment. Não respeitam nada. Nós temos uma responsabilidade grave com o futuro do Brasil, 207 milhões de pessoas precisam que a gente ache um caminho para consertar as coisas. As diferenças mais profundas são minhas com o PT, mas estou com todas guardadas porque temos a responsabilidade de construir um caminho em que as nossas diferenças sejam estabelecidas sem quebrar pontes. Olha para onde foi a Marina (Silva). Vamos achar que a Marina é do outro lado? O que empurrou a Marina foi esse tipo de imprudência. Olha o PSB, também foi para o outro lado. Não vou para o outro lado porque estou com 60 anos, tenho mais disciplina e minha convicção é com o povo brasileiro e a minha história. Mas, se eu quisesse usar os pretextos que me dão, já tinha mandado a… Faz tempo. Vivemos um momento complexo e delicado. Temos de respeitar o tempo do PT. Não é trivial o que está acontecendo, o Lula está preso. Tem gente soltando foguete, não isso é bom para nenhuma nação do planeta. Só uma pessoa sem qualquer delicadeza humana pode comemorar. O tempo do PT é dele, e o meu é meu. O último caminho que podemos proteger o povo brasileiro está na eleição. Caso contrário, o golpe se aperfeiçoa pelo voto popular. É o que está em jogo. Daqui para frente, não comento mais sobre o PT. Só que o tempo do PT eu respeito. Fim de papo.
Nesse momento, a sua estratégia…
É tocar a minha bandinha.
A sua estratégia passa por tentar o apoio do eleitorado de Lula, mas sem se vincular ao PT?
Sonho em ganhar essa eleição no primeiro turno, porque o presidente que ganhar essa eleição com uma grande onda de opinião pública terá força para transformar a nossa realidade. Tenho pé no chão para saber que estamos no fim de ciclo, quando a tendência é de hiperfaturação do sistema representativo. Mas eu não irei abrir mão do sonho de unir o Brasil.
Neste momento, o senhor considera-se o nome capaz de aglutinar o campo de centro-esquerda do país?
Não, porque, se entendemos que o principal partido desse campo é o PT e parte da burocracia do PT me tem como antagonista preferencial... Preciso entender esse processo com paciência e deixar o tempo do PT amadurecer. Se entendo que a tática deles está errada, só preciso esperar um pouco que eles também irão perceber. Agora, como eu, ninguém mais. Você admite que o PT irá apoiar a Manuela (D'Ávila)? Ou o (Guilherme) Boulos, que saiu do PT para o PSOL? Eu nunca fui do PT.
Nesse cenário de candidaturas pulverizadas, a esquerda pode acabar fora do segundo turno?
Pode acontecer, mas irei lutar obsessivamente par ganhar no primeiro turno, mesmo que as as evidências não apontem para isso e também apontem para a possibilidade de nenhum de nós estarmos no segundo turno. Repare: um Estado (São Paulo) com 28% do eleitorado, a concentração da plutocracia financeira e a hegemonia do mercado publicitário e da grande mídia dita nacional... O candidato deles irá ficar com 6%? Se não tivermos humildade, vamos achar que o (Geraldo) Alckmin irá seguir com 6%. Eu me preparo para pegar o Alckmin chegando no segundo turno. E esse mesmo Estado joga duplo. Para não ver ninguém do campo progressista, está topando o (Jair) Bolsonaro. Como sempre, irresponsavelmente com o país, brincam com fogo, angustiados porque o Alckmin não cresce, legitimam o Bolsonaro. Acho que a Marina deve ser chamada para o nosso diálogo. O choque da Marina não foi com o mundo progressista. Foi com o PT.
O presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Benjamin Steinbruch, filiou-se recentemente ao PP. Há especulações de que será o seu vice.
É fofoca natural da temporada. Ao contrário do mito que se fez de mim, converso com todo mundo. Irei procurar todo mundo na humilde ambição de ganhar no primeiro turno, o que é quase impossível.
Também circulam informações de que PP, DEM e PR podem apoiá-lo.
É fofoca. Agora, na política, a fofoca baliza as discussões. a pergunta simples é "por que não"? Meu projeto precisa de um arco de forças de centro-esquerda. Hoje, há um "por que não" que respeito muito _ Rodrigo Maia é candidato desses três partidos.
Mas por que sim?
Porque preciso de sustentação no Congresso. Não sou candidato a madre superior do convento, sou candidato a presidente do Brasil para enfrentar a maior crise da história e devolver ao país a condição de se desenvolver, enfrentar a violência, desenhar um novo sistema de saúde e qualificar a educação. É um desafio monstruoso que não será feito por um dono da verdade ou salvador da pátria. Exige diálogo, capacidade e experiência. Por isso, acho que chegou a minha hora.
Como o senhor analisa a nova direita brasileira?
Esse fenômeno não emergiu agora, mas cresceu. Em 1989 – uma eleição muito similar a essa – também foi um fim de ciclo, mas a memória do regime (militar) era muito recente. Hoje, os jovens não têm memória do regime. E a memória do regime não era o pleno emprego, como o boçal do Bolsonaro afirma. Era inflação alta, desemprego e corrupção. Por isso, a redemocratização se precipitou com a eleição do Tancredo Neves por dentro do sistema. De lá pra cá, o oligarca rural de raiz escravocrata, reacionária e ultraconservadora transformou-se no plutocrata financeiro. Houve uma experiência frustrante chamada de esquerda no poder. Na nossa moral cristão, o pecado do pecador é muito desculpável, mas o pecado do pregador é indesculpável. Para o PT, todo mundo era picareta e corrupto, e eles eram os monopolistas da verdade e decência. Aí, chegam no poder e afundam em uma circunstância como essa e em uma crise econômica pesada… Quando o Lula assume, por um conjunto de políticas – basicamente, a elevação do poder de compra do salário mínimo, a elevação da proporção do crédito na vida nacional e a elevação do gasto social de 17% para 22% do PIB – cria-se uma malha de proteção social que faz emergir 40 milhões de brasileiros ao consumo. Isso gerou um microempreendedor emergente nas periferias que começou a pensar que a vida havia mudado e que seu filho seria beneficiário. Mas chega a Dilma e diz "segura na brocha que eu vou tirar a escada". Abruptamente, 20 milhões caíram de volta para a pobreza sem que ninguém lhes desse explicação. Desenvolveu-se um ódio mortal a Dilma, que refletiu sobre o Lula. O golpe gerou uma impopularidade muito pesada. Sei disso porque lutei contra o impeachment. Só Deus sabe a pressão que enfrentei. Por isso, é de lascar que certos petistas não tenham um pouquinho de respeito. Repito: o Ceará deu dois terços dos votos contra o impeachment, e cada deputado achando que perderia a sua popularidade porque a Dilma estava odiada e por causa da implosão moral empurrada pelos escândalos novelizados. O Palocci é réu confesso, gente boa. Virou dedo duro, também. Bom, na prática, essa direita se amplia e chega ao jovem decepcionado que sofreu a reversão de expectativas de um pai que havia ascendido socialmente. A taxa de desemprego está em 12%, mas entre os jovens sobe para 27%. Essa meninada não é de direita, mas se decepcionou e quer ordem. Aí, vem os espertalhões. Esse outro (Jair Bolsonaro) é um boçal, puro e simples. Estou lhe dizendo, eu conheço ele.
O senhor é conhecido pela "língua afiada", que lhe rende fama nas redes sociais, mas já lhe colocou em situações desconfortáveis. Como irá lidar com essa fama durante a campanha?
Irei reservar toda a minha agressividade para enfrentar o fascismo. A garotada não sabe o mal que isso faz. Quando um fascista chega, precipita rupturas. O fascista não compreende o antagonismo, e a sua atitude passa a ser a destruição. Esse cara, o Jair Bolsonaro, foi treinado para matar. Ele diz que é especialista em matar, e é mesmo. Aí, traz essa mentalidade tosca... As Forças Armadas brasileiras produziram grandes quadros para a vida nacional. Não tenho visão vesga dos militares. Mas o Bolsonaro não é nada militar, sequer é o candidato do Exército. É um capitão sem título nenhum, 27 anos como deputado do Rio de Janeiro e se desconhece conhece uma fala dele contra a estrutura do Eduardo Cunha, (Jorge) Picciani e Sérgio Cabral. Foi mancomunado com essa gente a vida inteira, aí agora quer posar decência? Não para mim. A minha agressividade será usada para proteger o Brasil. Estou doido para encontrá-lo em um debate porque vou tirar a sua máscara.