Após passar pela Região das Hortênsias, Campos de Cima da Serra, Termas e Longevidade e Vinhedos, a série A Serra Fala fecha as cinco reportagens com um conteúdo próprio para Caxias do Sul. Conhecida como a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul e o maior município da Serra Gaúcha, Caxias é fruto da determinação dos imigrantes que escolheram a região para se fixar, e hoje cresce a cada dia com a força de outras culturas que chegaram até aqui. Além disso, Caxias é consolidada como o segundo maior polo metalmecânico do país, com vocação histórica para o trabalho vinculado à metalurgia.
Conforme o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, a cidade conta com 523.716 habitantes. Segundo o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Serra, Caxias do Sul impacta em diversas áreas os 49 municípios da região nordeste do RS. Pela forte influência da imigração italiana, o turismo de Caxias consolida-se em roteiros com oferta turística baseada na vitivinicultura e imigração italiana, turismo de negócios, compras e eventos.
Para elaborar as demandas da região, a reportagem ouviu a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) Caxias do Sul, o MobiCaxias, a União de Associação de Bairros (UAB), o Instituto Hélice, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs), o Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria da Serra (Segh Uva e Vinho), a Universidade de Caxias do Sul (UCS), o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Serra e a Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias do Sul (Caaf).
Série A Serra Fala
O conteúdo especial sobre as Eleições 2022 vai abrir espaço para a "Serra falar", por meio de entidades representativas e movimentos sociais, e mostrar aos leitores o que cada uma dessas regiões avalia como essencial para o desenvolvimento regional. A questão central que está colocada é: a partir da realidade e do cenário que se vislumbra na Serra gaúcha, o que se espera dos próximos governos? Para isso, a equipe de reportagem conversará com entidades e associações de cada uma das cinco regiões da Serra
Vencer o "apagão" da educação básica
A preocupação com a educação foi o grande ponto abordado pelas entidades ouvidas nesta reportagem. O chamado "apagão da educação básica", gerado pela falta de investimentos, de organização do sistema educacional e pela falta de professores produz alguns dos percalços encontrados para os que acreditam no poder da educação.
A necessidade de fomento financeiro para incentivar a adesão aos cursos de licenciatura foi listada pelo reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Gelson Rech, como prioridade para os futuros governos. Ele explica que uma ação concreta incluiria o cumprimento da Emenda Constitucional nº 66, de 19 de dezembro de 2012, que incluiu no artigo 201 da Constituição Estadual, o parágrafo 3º, que prevê a aplicação de 0,5% da receita líquida de impostos próprios ao ensino público e ao comunitário.
— O recurso viabilizaria milhares de bolsas de estudo nas nossas universidades comunitárias, que totalizam 14 instituições gaúchas. Falando em universidades comunitárias, lembro que é necessário um olhar especial para essas instituições, que são um verdadeiro patrimônio das comunidades regionais. O Estado de Santa Catarina, neste sentido, é modelo de valorização das iniciativas de instituições comunitárias locais, pelo incentivo financeiro que promove.
A pauta da educação também é defendida pelo Instituto Hélice. Segundo o executivo da entidade, Thomas Job, é preciso formar e investir em talentos empreendedores desde a educação básica. Para ele, os talentos precisam ser formados mais cedo, não apenas durante a graduação ou pós-graduação.
— A educação é base para qualquer transformação. Quando falamos de inovação estamos falando de prosperidade, de geração de novas riquezas, e a origem de tudo isso está nas pessoas. Pessoas curiosas, pessoas bem informadas, pessoas com capacidade de criar, isso precisa entrar em pauta de forma mais forte.
As principais demandas de Caxias
Melhorias das estradas
A RSC-453, a Rota do Sol, estrada que está fora, no trecho para o Litoral, do Bloco 3 da concessão de rodovias à iniciativa privada do programa RS Parcerias, desponta como a rodovia que mais necessita de atenção do próximo governo.
Para o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, em curto prazo, a estrada precisa de ampliação de capacidade, com terceiras faixas, viadutos e rotatórias.
— A médio e longo prazo, uma concessão, um modelo de parceria público-privada (PPP), que suporte a estrada, pois ela é um equipamento fundamental para a Serra. Nós olhamos todo o entorno (bloco 3 da concessão), mas a saída para cá (Rota do Sol ao Litoral) está igual — pontua Loro.
A presidente do Corede Serra, Mônica Mattia, destaca a duplicação da Rota do Sol, especialmente no trecho de maior fluxo, que é desde a RS-122, no acesso de Flores da Cunha até Lajeado Grande, na conexão que faz com a RS-476. Além disso, a modernização da BR-116, especialmente no perímetro urbano de Caxias do Sul é vista como prioridade.
Aeroporto regional
Em relação a obras que exigem mais investimentos e estão em etapas iniciais, as entidades da Serra aguardam a implementação do futuro aeroporto de Vila Oliva — conhecido também como Aeroporto Regional da Serra Gaúcha — e do porto de Arroio do Sal. Inclusive, a modernização da Rota do Sol torna-se fundamental para o escoamento da produção para o futuro porto.
— O aeroporto será um ponto-chave para o desenvolvimento da região, seja em função de facilitar o transporte de passageiros para negócios e turismo, como para o transporte de cargas de toda a região — comenta Mattia.
Mudar o padrão da educação
As entidades elegem a educação como a principal área de atenção para os próximos governos, em nível estadual e federal. Nesse sentido, a educação básica é a que mais precisa de investimentos e organização de todo o sistema educacional. Na opinião de Celestino Loro, presidente da CIC Caxias, é preciso um sistema de avaliação 360 graus do resultado das escolas a cada ano para professores e alunos. Segundo ele, as empresas estão contratando trabalhadores com dificuldades em conhecimentos básicos, que poderiam ser resolvidos nos anos de Ensino Fundamental e Médio. Além disso, é fundamental criar mecanismos para evitar a evasão escolar.
Dentro da Agenda 2022, do MobiCaxias, é elencado que Caxias do Sul possa liderar um processo de mudança na área da educação, no ensino formal e no ensino profissionalizante. Para isso, é essencial a união de todos os gestores dos ensinos Fundamental, Médio e Superior público e privado para que consigam, no prazo de cinco anos, mudar os padrões da educação atuais para os padrões da Coréia do Sul.
— Para isso, é necessário focar na capacitação dos docentes, na gestão das unidades escolares, na educação dos alunos desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior — afirma Mônica Mattia, presidente do Corede Serra.
Já em relação ao ensino profissionalizante, Mattia destaca que é preciso um esforço liderado pelos empresários junto ao Sistema S para que pelo menos 50% dos cursos oferecidos possam preparar os profissionais para uma economia baseada em alta tecnologia.
Ações contínuas para o turismo
Caxias retoma o desafio de mapear e divulgar todos os pontos turísticos da região, entre os destinos nas zonas urbanas e rurais. Para o presidente do Segh Uva e Vinho, Marcos Ferronato, é preciso monitorar o impacto do desenvolvimento sustentável no turismo, além de implantar políticas públicas para identificar e preservar áreas de interesse turístico e cultural.
— Nós precisamos fomentar uma rede de cooperação entre as regiões, estimulando a troca de experiências. No caso de novas rodovias em locais turísticos, nós precisamos trazer espaços para pedestres e turistas e sinalização de forma integrada. Nós temos uma malha ferroviária parada entre a região de Caxias e Bento Gonçalves que poderia ser utilizada e de grande valia para o turismo na nossa região.
A implementação de internet em todos os pontos turísticos da Serra Gaúcha traria muitos benefícios. Conforme Ferronato, com o sinal de internet, os visitantes conseguirão acessar informações locais sobre outros destinos turísticos, além de facilitar a localização no interior.
Equacionar filas da saúde
Por ser referência para 49 municípios da região, é fundamental que o sistema de saúde de Caxias esteja sempre em pauta. Além da conclusão das obras de ampliação do Hospital Geral, a instituição enfrenta o maior déficit da história. A projeção é de que, se não houver aporte financeiro por parte do poder público, o montante da conta possa variar entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões até o fim deste ano.
Também é uma demanda equacionar as filas para o atendimento de alta complexidade na traumato-ortopedia, na área cardiovascular, neurologia e gestantes de alto risco. Para isso, é importante habilitar os hospitais, que já fazem atendimento para planos de saúde, mas que ainda não são habilitados pelo SUS. A informatização do agendamento das consultas do SUS, de prescrição de terapias e exames laboratoriais e de imagem também entra como reivindicação.
— Aproveitando essa informatização para criar um sistema inteligente para o acompanhamento da saúde do usuário do sistema público de saúde, buscando resolver os gastos que o SUS tem com atendimento de média e alta complexidade, muitas vezes por não fazer muito bem a questão do atendimento da saúde básica. Porém, também por culpa dos próprios usuários — destaca Mattia.
"Com três anos, eu me descobri docente"
Há pessoas que descobrem sua vocação somente durante o Ensino Médio, outras escolhem o curso e se apaixonam apenas durante a faculdade, enquanto algumas mudam de profissão até se encontrarem verdadeiramente. Não há certo ou errado, mas para a estudante de Pedagogia da UCS Bruna Salvador, 25 anos, o amor pela educação surgiu aos três anos, durante uma época considerada mágica para as crianças: o Natal.
— Teve um Natal em que o Papai Noel veio entregar os presentes aqui em casa. Ele tocou a campainha e eu fui correndo ver quem era. Tinha um pacote azul bem grande e um outro menor com uma boneca, que eu também amei. Mas o maior me encantou ainda mais: era um quadro de giz. Eu tinha três anos na época, e a partir dali eu me descobri docente — conta Bruna.
Para ela, o futuro como professora estava traçado "desde o ventre da mãe". A convivência em família com diversas professoras e a realização de um sonho que também era de sua mãe fizeram com que Bruna se encantasse ao longo da vida pela educação.
— Só quem tem esse apreço pela educação consegue sentir toda aquela energia que pulsa dentro da sala de aula. Embora existam muitas situações difíceis, por exemplo, não é fácil lidar com alguns pais, alguns alunos são desrespeitosos, mas o ambiente da escola é lar para mim, como se fosse a minha casa.
Atualmente, a estudante divide os seus dias entre o trabalho na Secretaria de Educação de Flores da Cunha, o último semestre do curso de Pedagogia e a agricultura. Para o futuro, Bruna pretende seguir com um mestrado na área e, claro, também dedicar-se à agricultura e à plantação de morangos que mantém com o namorado.
— Quero dividir minha vida entre livros e morangos — brinca.
"Precisamos ter alternativas de escoamento"
O custo logístico que resulta das rodovias precárias da região da Serra é uma das preocupações do diretor operacional da LF Transporte, Flávio Zan. A empresa situada às margens da RSC-453 tem mais de 20 anos de experiência em transporte rodoviário, e hoje atua também por via marítima. O diretor, que convive diariamente com a realidade das estradas da região, indica que os governantes têm de se preocupar, principalmente, com projetos a longo prazo, principalmente, não com ações imediatas.
Inclusive, por conta das mazelas do transporte rodoviário que envolvem o custo logístico, a falta de mão-de-obra, jornada de trabalho, alto custo de combustível e manutenção dos veículos, a empresa está migrando parte do escoamento para o modal de — transporte marítimo entre portos brasileiros.
Por conta desse modal de cabotagem, a construção do porto de Arroio do Sal auxiliaria a empresa. Contudo, Flávio questiona: se o porto sair, qual o deslocamento dessa logística saindo da Serra para chegar ao litoral? No caso, o RS está perdendo competitividade para empresas que estão migrando para Santa Catarina.
— Nós precisamos ter alternativas de escoamento. Não adianta a gente crescer a produção e não ter onde escoar. Isso tem que ser enxergado pelos nossos governantes como um projeto de sustentabilidade. Nós estamos em uma espécie de ilha rodeada por serras [...] Isso tudo repercute no custo logístico, manutenção, acidentes. E repassa para quem? Para o consumidor final, a conta vem. É um projeto que precisa ser deixado um legado, independente de quem for, tem que ter uma linha, uma sequência de trabalho.
A escolha pelo campo
Em uma propriedade no interior de Caxias do Sul, na localidade de Vila Cristina, o estudante Matheus Pezzi, 20 anos, trabalha diariamente para construir o seu futuro. Como um dos poucos jovens dispostos a continuar no campo na região, segundo ele mesmo, Pezzi divide seus dias entre a produção da família com o cultivo de uva, pêssego, goiaba, bergamota, caqui, laranja e algumas culturas de inverno, e o curso de técnico em agropecuária.
Apesar de já ter vivenciado experiências em empregos diferentes — em uma mecânica e servindo ao quartel —, Matheus identificou que o lugar dele é mesmo na "roça", como ele fala.
— Como já temos uma certa estrutura, é só continuar [...] Falta bastante auxílio para o jovem. Hoje em dia, é muito difícil conseguir escoar a produção direto para o consumidor. É muito cobrado do agricultor familiar. Muitas vezes, as famílias não têm alguém só para cuidar do financeiro, fica a cargo de alguém da família mesmo. Hoje, tem a CAAF (Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares), que está começando a fazer campanha para o jovem continuar no campo. Nós trabalhamos com eles. A cooperativa distribui a produção direto para os colégios, para os quartéis… É uma boa forma de escoar. Também é muito difícil achar mão-de-obra para ajudar nas colheitas. Quando acha, precisa ir atrás de assinar a carteira e fica complicado. Por isso, continuamos só com a família.
Além de continuar com a produção da família, Matheus pretende iniciar a faculdade de Agronomia após finalizar o técnico, como forma de aprimorar os serviços da propriedade.
Atualmente, segundo o presidente da CAAF, Leonar Seefeld, o fortalecimento da agricultura familiar é um dos principais objetivos da cooperativa. Eles esperam que os próximos governos, tanto em nível federal quanto estadual, voltem a focar em políticas públicas para a área.
— A gente teve que trabalhar com o nosso agricultor menos recursos destinados para as compras públicas, que é onde a agricultura familiar consegue se inserir e ter um rendimento além dos seus mercados tradicionais. A nossa esperança é que haja uma retomada das políticas públicas, que se inove, que fortaleçam o nosso meio rural como um todo, de forma muito focada na agricultura familiar, no cooperativismo.
De acordo com Seefeld, as políticas públicas irão auxiliar para que o jovem tenha mais estímulo para permanecer no campo.
— Esse enfraquecimento ele desestimula o jovem a ficar no meio rural, ele não vislumbra um futuro ao seu redor. Tem sido um problema, e é algo que, em alguns anos, tende a se agravar muito.
VOZES
"O mundo mudou, a dinâmica econômica mudou, a logística mudou. Não dá mais para nós termos os mesmos conceitos tributários, ambientais que a gente tinha há 30 anos [...] Esse é um tema muito importante para a CIC, para a Serra e para o Estado. Investimentos trazem riquezas, riquezas trazem impostos, impostos geram bem-estar social. Se nós não emitimos nota fiscal, não tem benefício, não tem saúde, educação, segurança, não tem Estado." Celestino Oscar Loro, presidente da CIC Caxias do Sul
"Temos que privatizar tudo o que puder, diminuir o tamanho do Estado, e demandar menos recursos para o governo estadual e federal. Assim, nós temos um Estado mais eficaz, desburocratizando processos e digitalizando. Nós precisamos que o Estado seja menor, mais competente e mais rápido." Ruben Antonio Bisi, vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs
"Nós precisamos que os governos aumentem os recursos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), para os programas que envolvem os bancos de alimentos, os próprios hospitais, as forças armadas, que são mercados institucionais muito importantes para a agricultura familiar. (O movimento) da agricultura familiar tem que ser organizado." Leonar Seefeld, presidente da CAAF
"Programas de qualificação profissional para empreendedores e funcionários são outro grande gargalo. Funcionários capacitados valorizam a categoria e o setor. Facilitar o acesso ao microcrédito para cursos presenciais e também de modo virtual." Marcos Ferronatto, presidente do Segh Uva e Vinho
"A forma de trabalho mudou, os incentivos eles estão distribuídos no mundo inteiro. O que a gente precisa é ter um ambiente bom para que as pessoas vivam, e isso passa por uma boa qualidade de vida, de educação, de lazer, de sentir-se seguro, de ter onde os filhos e filhas possam crescer e estudar, acesso à cultura. Aqueles aspectos que, normalmente, eram mais secundários quando falávamos em ambiente de negócio, hoje são primordiais." Thomas Job, executivo do Instituto Hélice
"Estamos com grande dificuldade na questão de saúde, da segurança, transporte coletivo urbano _ que também envolve o governo federal. A partir do momento que a gente conseguir resolver um pedaço do problema do trânsito de Caxias do Sul, também conseguimos resolver alguma coisa do transporte público." Valdir Walter, presidente da União de Associação de Bairros
"Valorizar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação, apoiar o empreendedorismo inovador e investir nas pessoas, principalmente nos jovens, são pontos vitais para posicionar o Brasil como protagonista no cenário mundial. Uma sociedade mais justa e inclusiva se dará, também, por meio de uma formação de excelência." Gelson Rech, reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS)
"Reconhecimento dos setores de alta tecnologia, que já estão em funcionamento em Caxias, de forma que, a partir do reconhecimento da existência desses setores, possa se estimular o empreendedorismo nesse segmento. Observar o comportamento nacional e internacional na adoção dos veículos elétricos, na evolução da produção de veículos elétricos, preparando toda a cadeia produtiva para esse novo padrão de veículos." Mônica Mattia, presidente do Corede Serra
"Com o atendimento dessas demandas, a gente consiga chegar na Serra Gaúcha que a gente quer para o futuro. Dentro desses sete tópicos que a gente tem inseridos na Agenda 2022, a gente tenha o desenvolvimento dessas ações. É um documento que está legitimado com a participação de mais de 71 municípios e mais de 50 entidades, todas as propostas fundamentadas nos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas." Rogério Rodrigues, diretor executivo do MobiCaxias
O que apontam as entidades
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) Caxias do Sul
- Mais investimentos para a educação, porém com avaliação 360º das escolas.
- Continuidade da BR-448, a Rodovia do Parque, e das concessões do Bloco 3.
- Ampliação de capacidade, com terceiras faixas, viadutos e rotárias para a RSC-453, Rota do Sol.
- Construção do aeroporto de Vila Oliva e do porto de Arroio do Sal.
- Implementar um terminal de cargas na Serra Gaúcha.
- Mais infraestrutura de comunicação, segurança e simplificação da agroindústria para o interior.
- Mudanças nos conceitos tributários e ambientais para trazer mais investimentos para o Estado.
- Reorganizar o ecossistema da saúde da região.
- Respeito à máquina pública, equilíbrio fiscal, transparência, espírito público e racionalidade na aplicação dos recursos.
União de Associação de Bairros (UAB)
- Eleger deputados federais de Caxias do Sul.
- Construção de rodovias elevadas dentro da cidade para desafogar o trânsito e melhorar o transporte público urbano.
- Criação de um pronto-socorro em Caxias.
- Implementação de uma universidade federal na cidade.
Instituto Hélice
- Continuação das discussões sobre investimentos para o empreendedorismo.
- Tornar o RS um Estado que atraía talentos e se fortaleça como um local com grande potencial para se empreender.
- Formação de talentos desde o ensino básico.
- Pesquisa e apoio à tecnologia e inovação.
Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs).
- Construção do aeroporto de Vila Oliva e do porto de Arroio do Sal.
- Conclusão asfáltica da RS-285 com Santa Catarina.
- Modernização da Rota do Sol para ter uma rota de escoamento para o futuro porto do Litoral Norte.
- Forte base para a educação com creches de ensino integral.
- Sistema S para a formação da mão-de-obra para a indústria.
- Cercamento eletrônico.
- Internet 5G para as indústrias 4.0, automação industrial e conexão das empresas com os ecossistemas de inovação.
- Diminuir o tamanho do Estado com privatizações.
- Reforma administrativa, tributária, trabalhista e política em nível federal.
- Retomada do Ministério da Indústria e do Comércio.
- Inserção do Brasil nas cadeias globais com uma política de comércio exterior.
Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria da Serra (Segh Uva e Vinho)
- Valorização dos empresários dos setores da gastronomia, da hotelaria e do turismo.
- Infraestrutura nas estradas, aeroportos, sinalização adequada para identificar os pontos turísticos.
- Programas de qualificação profissional para empreendedores e funcionários.
- Facilitar o acesso ao microcrédito para cursos presenciais e também de modo virtual.
- Promoção do turismo com ações continuas ouvindo o trade turístico e o mercado.
- Investimentos de empresas privadas por meio de PPPs.
- Implementar políticas públicas para identificar e preservar áreas de interesse turístico e cultural.
- Espaço para pedestres e turistas em novas rodovias em locais turísticos.
- Projeto para a utilização da malha ferroviária promovendo o turismo regional, entre Caxias do Sul e Bento Gonçalves.
- Implantação de internet em todos os pontos turísticos da região da Serra Gaúcha.
Universidade de Caxias do Sul (UCS)
- Necessidade de fomento financeiro para incentivar a adesão aos cursos de licenciatura.
- Cumprimento da Emenda Constitucional nº 66, de 19 de dezembro de 2012, que que prevê a aplicação de 0,5% da receita líquida de impostos próprios ao ensino público e ao comunitário.
- Olhar especial para as universidades comunitárias.
- Valorizar a educação, a ciência, a tecnologia e a inovação.
- Apoiar o empreendedorismo inovador.
- Investir nas pessoas, principalmente nos jovens.
- Evoluir nas políticas públicas de incentivo e apoio aos parques tecnológicos.
- Promover uma política integrada de inovação (transversal). Com isso, permitir a complementariedade das ações de diferentes ministérios e esferas de governo, possibilitando a sinergia de investimentos e o foco em áreas estratégicas.
Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Serra
- Planejamento sobre modernização, duplicação e melhorias nas estradas da região.
- Duplicação da Rota do Sol, especialmente desde a RS-122, no acesso que vai para Flores da Cunha até Lajeado Grande, na conexão que faz com a RS-476.
- Duplicação da RS-122, de São Vendelino a Farroupilha.
- Construção do aeroporto de Vila Oliva e do porto de Arroio do Sal.
- Modernização da BR-116.
- Fortalecimento do roteiro turístico denominado Vale da Serra, que é integrado por Caxias do Sul e mais cinco municípios: Antônio Prado, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma do Sul e São Marcos.
- Caxias como líder na transformação da matriz energética focando na energia fotovoltaica.
- Conclusão do Hospital Geral.
- Equacionar os problemas nas filas para os atendimentos de alta complexidade.
- Habilitar mais hospitais para atendimentos do SUS.
- Informatização dos processos de agendamento de consultas, de prescrição de terapias e exames laboratoriais e de imagem.
- Criar um sistema inteligente para o acompanhamento da saúde do usuário do sistema público de saúde.
- Liderar o projeto para mudar os padrões da educação atuais para os padrões da Coréia do Sul, na educação formal e profissionalizante.
- Preparação do parque industrial de Caxias do Sul para as mudanças que são sinalizadas pela geopolítica mundial.
- Estimular o empreendedorismo nos setores de alta tecnologia.
- Preparar a cadeia produtiva para os veículos elétricos
Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias do Sul (CAAF)
- Viabilização da infraestrutura viária da região, com foco na BR-116.
- Foco em políticas públicas voltadas à agricultura familiar.
- Aumento dos recursos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).