Para mapear os gargalos e apontar onde é necessário investir para avançar no desenvolvimento da Serra gaúcha, o Pioneiro apresenta a segunda reportagem especial da série A Serra Fala. Desta vez, o destaque é para os municípios que compõem os Campos de Cima da Serra. Na semana passada, a série iniciou mostrando os desejos da Região das Hortênsias. Até as eleições de outubro, serão apontadas semanalmente as demandas das regiões Vinhedos, Temas e Longevidade e na última semana, especificamente, Caxias do Sul.
Além desse espaço, o tratamento editorial do Pioneiro, da Gaúcha Serra e de GZH às eleições, com foco na Serra gaúcha, abre espaço também para a fala, os olhares e as impressões de moradores comuns de cidades da região por meio da seção Olhares da Serra. Eles serão convocados a dar depoimentos, sob idêntica perspectiva, sobre o que esperam dos próximos governos. Mas, neste caso, a partir do foco da pessoa física, do cidadão e da cidadã. Confira aqui a primeira reportagem.
Reivindicações
Região com os piores indicadores socioeconômicos entre os municípios da Serra, como analfabetismo, mortalidade infantil e saneamento básico, os municípios dos Campos de Cima da Serra buscam melhorias em infraestrutura, saúde e educação para avançar no desenvolvimento das cidades que ficam no topo do Rio Grande do Sul e mais perto de Santa Catarina.
Conforme informações do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede), a região possui uma agricultura bastante diversificada, com destaque para a fruticultura, enquanto que, na pecuária, destaca-se a criação de bovinos de corte e de leite. A indústria possui pouca participação e está concentrada, em sua maior parte, em Vacaria.
Por outro lado, ao estar situada em uma das regiões mais altas do país, possui belezas naturais que atraem turistas o ano todo, como os cânions em Cambará do Sul. Entretanto, o setor acaba sendo prejudicado pela infraestrutura, segundo as entidades ouvidas pela reportagem.
Série A Serra Fala
O conteúdo especial sobre as Eleições 2022 vai abrir espaço para a "Serra falar", por meio de entidades representativas e movimentos sociais, e mostrar aos leitores o que cada uma dessas regiões avalia como essencial para o desenvolvimento regional. A questão central que está colocada é: a partir da realidade e do cenário que se vislumbra na Serra gaúcha, o que se espera dos próximos governos? Para isso, a equipe de reportagem conversará com entidades e associações de cada uma das cinco regiões da Serra
Ainda segundo informações do Corede, os municípios que abrangem a região são, por ordem alfabética: Bom Jesus, Cambará do Sul, Campestre da Serra, Esmeralda, Jaquirana, Monte Alegre dos Campos, Muitos Capões, Pinhal da Serra, São José dos Ausentes e Vacaria. Os dados de 2020 do Corede demonstravam que a região tinha 104 mil habitantes nos 10 municípios. Conforme dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), Vacaria lidera, com R$ 1,6 bilhão, e o menor é o de Monte Alegre dos Campos, com R$ 42,8 milhões.
A reportagem conversou com seis entidades e associações dos Campos de Cima da Serra: Câmara da Indústria, Comércio e Agropecuária (CIC) de Vacaria, Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região dos Campos de Cima da Serra, Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Campos de Cima da Serra, Campus Universitário de Vacaria da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra (AVICCS) e Conselho Municipal de Turismo de Bom Jesus.
Confira a seguir as prioridades para a região mencionadas pelas entidades.
Principais demandas regionais
Conclusão da BR-285
Entidades ligadas aos mais diferentes segmentos econômicos dos municípios dos Campos de Cima da Serra são unânimes: a conclusão de quase nove quilômetros do trecho gaúcho da BR-285, em São José dos Ausentes, elevará o patamar de toda a região e permitirá o desenvolvimento em diferentes frentes.
Uma delas é o escoamento da produção, conectando os Campos de Cima da Serra com a BR-101, em Araranguá (SC). O lado catarinense, conhecido como Serra da Rocinha, no município de Timbé do Sul, está em fase de finalização das obras. Além disso, quando estiver concluída, a BR-285 formará uma espécie de corredor estratégico, cruzando todo o Rio Grande do Sul. No município de São Borja, na fronteira oeste, por exemplo, a BR-285 dará acesso a estradas argentinas e chilenas.
O turismo também será beneficiado, segundo a comunidade:
— Atualmente, os produtores de maçã da região mandam os produtos para o porto em Rio Grande, que são 600 quilômetros, ou para o porto de Itajaí, que fica longe igual. Com a rodovia pronta, vamos ter acesso ao porto de Imbituba (SC). Ao mesmo tempo, se o porto de Arroio do Sal avançar, também vai estar mais perto. Quem mora na região de Passo Fundo e for à praia, a tendência de parar em Vacaria ou São José dos Ausentes para fazer refeição ou dormir é enorme — aponta o presidente do Conselho Municipal de Turismo de Bom Jesus, Jaziel de Aguiar Pereira.
Desde agosto deste ano, após seis anos de reivindicação, as obras retornaram. Na semana passada, equipes trabalhavam no local para a abertura de um caminho de serviço para a construção de um dos dois pontilhões para travessia de animais, no km 51. Além da pavimentação, o projeto prevê ainda uma ponte de 400,4 metros de extensão sobre o Rio das Antas e duas intercessões em acessos.
Se antes a luta era para que as obras fossem retomadas, agora a comunidade reivindica a garantia de recursos para a finalização do investimento. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a conclusão dos oito quilômetros está orçada em R$ 72 milhões e o prazo de execução é de cerca de dois anos e meio. Na época da assinatura do contrato, em julho do ano passado, a obra já contava com R$ 12 milhões reservados via emendas parlamentares.
O Dnit informou ainda que "os trabalhos serão realizados conforme a disponibilidade orçamentária".
— Essa obra vai alavancar toda a região em questões de transporte e turismo. O que nos preocupa são os valores, que ainda não estariam todos garantidos. Vamos continuar insistindo porque a obra só avança se tiver recursos. Vamos ficar alertas — explica o presidente da Câmara da Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços de Vacaria, Tito César Conti Borges.
Implantação de terminal rodoferroviário
Outra demanda antiga e relacionada à economia da região é a implantação de um terminal rodoferroviário em Vacaria. A estrutura seria referência, por exemplo, para recebimento de insumos de outras regiões do país.
A iniciativa tem o apoio de diversas entidades empresariais, não só de Vacaria, como de outras cidades da Serra, pois a construção do terminal apresenta um potencial impacto positivo na economia da região e, até mesmo, do Estado como um todo.
O projeto objetiva diminuir custos, aproveitando a malha ferroviária existente no município há mais de 50 anos. Atualmente, as negociações estão sendo feitas com o governo federal via Ministério da Infraestrutura, que autorizou o avanço, e com a concessionária de ferrovias Rumo, que detém o trecho até 2027 e estuda como viabilizar o projeto.
Além do aço, o terminal poderá receber, por exemplo, cargas de calcário, grãos, adubo, defensivos, plásticos, etc. A área para a implantação já está mapeada: fica às margens do km 24 da BR -116, na saída para Lages (SC).
— O polo rodoferroviário de Caxias utiliza muito aço, que vem, na maioria dos casos, de Minas Gerais. Esse aço desce pela BR-101 e pela BR-116. Quando desce pela 101, desce e depois sobe a Serra, fazendo um trajeto extremamente grande. Com o terminal, o aço poderia vir pelos trilhos, e seria descarregado em Vacaria e iria de caminhão até Caxias. Reduziria de 30% a 40% o valor do frete e alavancaria a indústria metalmecânica — argumenta o presidente da Câmara da Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços de Vacaria, Tito César Conti Borges.
Mais médicos especialistas
A falta de médicos especialistas, problema enfrentado em diferentes cidades pelo país, também é visto como uma das demandas mais urgentes nos Campos de Cima da Serra. Existem vagas, mas não há profissionais interessados em assumir o posto de trabalho para garantir atendimento especializado para mais de 104 mil pessoas que residem na região. Atualmente, o Hospital Nossa Senhora da Oliveira (HNSO) é a principal referência, mas que, mesmo assim, ainda precisa encaminhar pacientes para Caxias do Sul.
Segundo a representante da Saúde do Corede Campos de Cima da Serra e diretora-presidente do HNSO há 15 anos, irmã Adelide Cansi, a região carece de neurocirurgião, cardiologista e pediatria.
— Temos um número alto de pessoas que sofrem lesões em acidentes de trânsito, principalmente pelo fato de que Vacaria é uma cidade com duas BRs. Dependendo do caso, não conseguimos garantir atendimento aqui no nosso pronto-atendimento e precisamos encaminhar o paciente para Caxias, que tem toda a estrutura necessária. Nosso desejo, futuramente, é sermos mais independentes — afirma.
A instituição, assim como o Corede, observa aumento no número de pessoas diagnosticadas com câncer e que precisam de tratamento oncológico, que não é oferecido na região. Neste caso, o hospital busca o credenciamento junto ao Ministério da Saúde para ampliar os atendimentos.
— Queremos permitir que o paciente possa fazer a quimioterapia em Vacaria. O tratamento debilita e o paciente acaba sendo deslocado para Caxias, Passo Fundo ou até mesmo Porto Alegre. Vacaria tem uma estrutura de retaguarda, inclusive com dois cirurgiões oncológicos integrando o corpo clínico do hospital. O tratamento ambulatorial é uma necessidade da região para que a gente tenha uma melhor resposta assistencial e mais célere do ponto de vista de atendimento.
Para o Corede, os Campos de Cima da Serra precisam também de um hospital universitário, com envolvimento regional e que desafogue o HNSO. Em Bom Jesus, desde o ano passado, a gestão da instituição passou a ser de responsabilidade da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
— Temos um hospital em Vacaria que atende, em média, 100 mil pessoas. É muita gente. Há uma demanda por urgência e emergência. Um hospital-escola em Vacaria poderia melhorar isso, levando estudantes a estarem aqui e atendendo a população — avalia.
Criação do Polo Tecnológico
Os investimentos em educação na região, além do fortalecimento do ensino básico, passam pela criação do Polo Tecnológico dos Campos de Cima da Serra.
O projeto busca conceber ou aprimorar processos produtivos e serviços, através de pesquisa acadêmica, para aplicação nos setores que são foco do Polo (agroindústria, agropecuária, desenvolvimento industrial, turismo e meio ambiente), visando agregar valor à cadeia produtiva do local.
— Esse polo pode ajudar trazendo tecnologias para aproximar as forças econômicas da região. Podemos criar um aplicativo, por exemplo, para fortalecer o turismo, criando uma plataforma local que mostre todas as possibilidades turísticas da região. Um turista de São Paulo pode descobrir o que aproveitar aqui, onde comer e onde se hospedar, entre outras coisas. É o desenvolvimento da região, aliando turismo, pesquisa e tecnologia — explica o diretor do Campus Universitário de Vacaria da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Marco André Pegorini.
Segundo ele, a instituição lidera esse projeto, que busca referência no TecnoUCS, projeto desenvolvido em Caxias do Sul. Entretanto, é possível atrair mais entidades interessadas na criação do centro, o que permitirá desenvolver iniciativas locais que busquem avanços para os municípios dos Campos de Cima da Serra.
— A UCS tem expertise em iniciativas como essa. Os atores que vão fazer isso é toda a comunidade, por isso o envolvimento de todos é necessário. A região depende muito da fruticultura e da pecuária e é possível desenvolver ferramentas para fomentar esses setores e, ao mesmo tempo, pensar em tecnologia e inovação — afirma.
Profissionalização do turismo
Mais do que produtora de maçã e sede de um dos rodeios mais tradicionais do país. Vacaria também busca figurar no mapa do enoturismo. Mas, para isso, é necessário que a capital dos Campos de Cima da Serra concentre mais investimentos, principalmente, em estradas e na implementação de comércios e serviços, como opções de hospedagem e alimentação.
Essa é a visão do presidente da Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra (Aviccs), André Donatti. Ele é o porta-voz da entidade que representa outras seis vinícolas dos Campos de Cima da Serra.
— O turismo precisa ser mais profissionalizado. Precisamos que a cidade e a região como um todo tenham mais hotéis, restaurantes e serviços para atender ao turista. Estamos engatinhando nisso e, enquanto não houver avanço, não seremos referência. É necessário que a cidade, empresários e a comunidade se engajem nisso — avalia.
Para também alavancar o enoturismo, a Aviccs pleiteia a construção de uma nova Indicação Geográfica de vinhos. Atualmente, nos Campos de Cima da Serra, estão em produção cerca de 100 hectares de uvas viníferas com uma colheita anual de uvas da ordem de mil toneladas. Com elas, são processados cerca de 500 mil litros de vinhos que levam o nome da região, divididos entre brancos, rosés e tintos.
— Isso dará um crédito a mais, a credibilidade em um produto da região, que é o vinho. Ajuda a ter um valor agregado melhor no produto e fomenta a região, mostrando a tipicidade, o terroir. Essa é a vantagem. Valida a qualidade e a região dos Campos de Cima da Serra como fabricante de vinhos — argumenta.
Para o Corede, a profissionalização do turismo também é necessária.
— É necessário uma organização melhor. O visitante que vir aqui para colher a sua maçã. Nós não temos isso. Eventualmente, atendo algumas pessoas, que alguns hotéis me pedem, mas deveria ser mais organizado. O turista adora isso — argumenta Adalécio Kovaleski.
Vozes
“Esperamos que os próximos eleitos resolvam ou, ao menos, minimizem, os problemas de segurança, saúde e empregos. Que adotem políticas públicas que se traduzam nas melhorias das condições de vida da comunidade. Temos uma carga tributária alta e baixo retorno em investimentos. Queremos mais resultados práticos”.
Tito César Conti Borges, presidente da CIC Vacaria
“Vivemos em uma região repleta de lugares bonitos, atrativos, onde faltam estradas, infraestrutura e pessoal para receber. Precisa de mais investimento em turismo, Cambará do Sul, que é o nosso cartão de visitas, está melhorando isso, mas precisa que os demais municípios também acompanhem esse momento”.
Carine Álvares, diretora-executiva do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região dos Campos de Cima da Serra
“Quero ver governos mais participativos. Que façam a aplicação dos recursos em áreas fundamentais. O que vejo é que, muitas vezes, chegam emendas parlamentares direcionadas e visando o aspecto eleitoreiro, sem se certificar se isso vai trazer um benefício de desenvolvimento. Precisamos pensar em ações que deem sustentabilidade a longo prazo”.
Adalécio Kovaleski, presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Campos de Cima da Serra
“É importante que a região seja referência para a formação médica na área de residência clínica. Sempre é importante a formação de médicos especialistas, para que o hospital possa também atender a essa demanda regional”.
Adelide Canci, representante da Saúde do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Campos de Cima da Serra e diretora-presidente de hospital de Vacaria
“Temos possibilidades de trazer cursos, que visam a qualificação, na saúde, nas engenharias, que vejo que é uma carência da região. Avançar com isso depende de muito estudo e envolvimento da comunidade. Para além do Ensino Superior, entendo necessário maior investimento na educação básica. As crianças sentiram muito a pandemia e a lacuna de aprendizado nesta etapa pode acarretar problemas futuros, principalmente para a formação de novos profissionais”.
Marco André Pegorini, diretor do Campus Universitário de Vacaria da Universidade de Caxias do Sul (UCS)
“Além da infraestrutura, que é fundamental, é necessário divulgar melhor a região, encontrar profissionais no setor público e privado para unir forças e crescer. Precisei contratar garçons e a única alternativa foi formar internamente esse profissional”.
André Donatti, presidente da Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra (Aviccs)
O que apontam as entidades
Câmara da Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços de Vacaria - presidente Tito César Conti Borges
- Garantia de recursos para a finalização dos oito quilômetros do trecho gaúcho da BR-285, em São José dos Ausentes.
- Investimento em pavimentação na RS-122, no trecho entre Antônio Prado e Campestre da Serra. Via apresenta diversos buracos e não tem acostamento em extensão não pedagiada (foto abaixo).
- Apoio do poder público na instalação do terminal rodoferroviário de cargas em Vacaria, que permitirá concentrar o recebimento de insumos de outras regiões do país pelas BRs 116 e 456.
Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Região dos Campos de Cima da Serra - diretora-executiva Carine Álvares
- Profissionalização do turismo, capacitando a comunidade para atendimento aos turistas que chegam aos Campos de Cima da Serra.
- Melhorias nas estradas, entre os municípios e também no interior das localidades.
- Investimento em infraestrutura, como sinal de telefone, internet e energia trifásica.
Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Campos de Cima da Serra - presidente Adalécio Kovaleski
- Melhorias nos acessos às principais cidades da região, como São José dos Ausentes e Cambará do Sul.
- Investimento em saneamento básico para avançar no desenvolvimento e na melhoria da qualidade de vida dos moradores.
- Mais iluminação em pontos estratégicos das cidades, sejam em rodovias ou ruas e avenidas dos municípios.
- Criação de políticas públicas que permitam a instalação de mais hotéis e restaurantes nos Campos de Cima da Serra para alavancar o turismo.
- Atrair mais empresas para que a região dependa menos da fruticultura, um setor que cria empregos, mas informais e esporádicos.
- Aumentar a presença de instituições de ensino visando a criação de cursos para além da agronomia, como logística, aproveitando o potencial da região .
- Implementação de um hospital universitário para atrair estudantes e viabilizar atendimentos.
Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) Campos de Cima da Serra - representante da Saúde, Adelide Canci
- Incentivo para que a região atraia médicos especialistas, principalmente neurocirurgião, cardiologistas e pediatras.
- Ser independente no atendimento oncológico de pacientes, visto o aumento nos casos nos Campos de Cima da Serra.
- Manter o programa Assistir, do governo do Rio Grande do Sul, como política de Estado e não de um governo.
- Criar iniciativas para que a região forme médicos.
Campus Universitário de Vacaria da Universidade de Caxias do Sul (UCS) - diretor Marco André Pegorini
- Mais investimento na educação básica, principalmente para resolver problemas de aprendizado a partir da pandemia.
- Incentivo para que mais entidades e organizações se juntem para implementar o Polo Tecnológico dos Campos de Cima da Serra, que permitirá o desenvolvimento da região por meio da pesquisa.
- Criar políticas públicas para capacitar a mão de obra para diferentes segmentos da região.
Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra (Aviccs) - presidente André Donatti
- Políticas públicas que atraiam empreendedores dispostos a criar serviços para turistas, como hotéis e alimentação.
- Aumentar a divulgação da região como produtora de vinhos e espaço para realização de eventos, como casamentos e formaturas.
- Criação de cursos de capacitação que permitam novas opções de trabalho e renda para a comunidade.