Os gaúchos, assim como todos os brasileiros, irão passar por uma importante eleição geral neste ano com a escolha do presidente da República, governador do Estado, senador, deputados federais e estaduais. Para isso, é fundamental que o cidadão e a cidadã estejam atentos e busquem informações sobre os candidatos e, principalmente, saibam quais são as suas propostas para um futuro mandato. Apesar de a Serra Gaúcha ser um valoroso polo metalmecânico, moveleiro, vitivinícola, hortifrutigranjeiro e turístico, a região ainda tem gargalos que necessitam de investimentos e de um olhar atento dos postulantes.
Para apontar as necessidades da Serra Gaúcha para os próximos quatro anos de governo, o Pioneiro apresenta a primeira reportagem especial da série A Serra Fala, que irá abranger cinco grandes regiões serranas: Hortênsias, Campos de Cima da Serra, Vinhedos, Termas e Longevidade e na última, especificamente Caxias do Sul. Para isso, a equipe de reportagem foi conversar com entidades e associações de cada uma das cinco regiões. O conteúdo vai abrir espaço para a "Serra falar", por meio de entidades representativas e movimentos sociais, e mostrar aos leitores o que cada uma dessas regiões avalia como essencial para o desenvolvimento regional. A questão central que está colocada é: a partir da realidade e do cenário que se vislumbra na Serra Gaúcha, o que se espera dos próximos governos?
A estreia da série A Serra Fala dá espaço para a região mais turística, a Região das Hortênsias. A reportagem permeou estradas, o interior de cidades, empreendimentos turísticos e conversou com moradores da região, que vivem a realidade das Hortênsias a cada alvorada.
O tratamento editorial do Pioneiro, Gaúcha Serra e GZH às eleições, com foco na Serra Gaúcha, vai abrir espaço também para a fala, os olhares e as impressões de moradores comuns de cidades da região. Eles serão convocados a dar depoimentos sob idêntica perspectiva, o que esperar dos próximos governos. Mas, neste caso, a partir do foco da pessoa física, do cidadão e da cidadã.
O que pede as Hortênsias
Conhecida pelos seus roteiros românticos e pela significativa flor que dá nome ao roteiro, a Região das Hortênsias é muito prestigiada por ser um dos grandes polos turísticos da Serra Gaúcha com suas experiências gastronômicas, atrações que envolvem toda a família e, claro, seus roteiros naturais, que permitem ao visitante um contato direto com a mais pulsante natureza.
Mas, além disso, a região, que tem predominância da colonização alemã, também é forte no setor moveleiro, na produção de sapatos, chocolate e artesanato. Conforme informações do Conselho Regional de Desenvolvimento Hortênsias (Corede), a região também tem um setor agropecuário diversificado, com a criação de bovinos (de corte e de leite) e de aves, e com a produção de batata inglesa, alho, tomate, mandioca, além da fruticultura, com destaque para a maçã, a laranja e a uva.
Ainda segundo informações do Corede, os municípios que abrangem a região são, por ordem alfabética: Cambará do Sul, Canela, Gramado, Jaquirana, Nova Petrópolis, Picada Café e São Francisco de Paula. Os dados de 2020 do Corede demonstravam que a região tinha 147 mil habitantes nos sete municípios. Conforme dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita, Gramado lidera o ranking das cidades da região, com esse indicador chegando a R$ 62.317,96. Já o PIB global foi das Hortênsias naquele ano atingiu R$ 2,257 bilhões.
A reportagem conversou com sete entidades e associações da Região das Hortênsias: Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias (SindTur), Conselho Regional de Desenvolvimento Hortênsias (Corede), Visão Agência de Desenvolvimento da Região das Hortênsias, Conselho de Turismo da Região das Hortênsias (Contur), Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp), Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café e Conselho de Desenvolvimento Rural de São Francisco de Paula. Entre elas, foi unânime a necessidade de investimento no modal rodoviário da região.
Confira nas próximas páginas as principais demandas para a região das Hortênsias mencionadas pelas entidades.
As principais demandas regionais
ESTRADAS
Os municípios das Hortênsias comunicam-se com a região de Caxias do Sul através da RSC-453 (a Rota do Sol) e com a Região Metropolitana de Porto Alegre pelas rodovias BR-116, RS-020 e RS-115. Também existe uma articulação da RSC-453 com a RS-486, ainda na Rota do Sol, que viabiliza a ligação do nordeste do Estado à BR-101, e a RS-235 como rodovia de ligação entre os principais municípios das Hortênsias.
As entidades ouvidas nesta reportagem citam que é fundamental a duplicação de algumas estradas, alargamento e obras de melhorias e manutenção. Em especial, é visível a insatisfação com as condições da 235, que não conta sequer com alargamento de pista, e a BR-116, que não conta com obras de grande porte, também sem alargamentos e muito menos duplicação. Pela região não ter um modal hidroviário, ferroviário, e o modal aéreo perpassar apenas no Aeroporto de Canela, mas sem voos regulares, recebendo apenas aeronaves particulares, uma boa estrutura rodoviária é entendida como um dos pilares para o desenvolvimento de todas as áreas na região.
Além do grande fluxo de turistas que utilizam as estradas para chegar nos municípios, as rodovias também propulsionam o escoamento da produção. Ainda, saindo das principais rodovias, o asfaltamento e um maior cuidado com as estradas do interior são preocupações das entidades.
ESTIAGEM
A preocupação com a estiagem é uma das pautas do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café e do Corede Hortênsias. O fenômeno afetou a Serra nos últimos três anos e existe a previsão de que o próximo verão também possa ter restrição de chuvas. Pela questão da estiagem ser cíclica e afetar arduamente os produtores rurais, as duas entidades citam que são necessárias políticas públicas para a preparação da região ante esse fenômeno.
O sindicato acredita que a implementação das cisternas para o aproveitamento dos recursos hídricos dentro das propriedades deve ser um dos focos do governo. Com isso, a preparação preventiva seria mais eficaz para a estiagem.
ENERGIA TRIFÁSICA, INTERNET E SINAL DE TELEFONE
A infraestrutura básica de propriedades rurais precisa ser prioridade para os próximos governos, apontam o Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café e o Conselho de Desenvolvimento Rural de São Francisco de Paula. A falta de energia trifásica e de internet e sinal de telefone fraco ou inexistente em alguns locais preocupa as duas entidades.
TURISMO
Um dos grandes propulsores econômicos da Região das Hortênsias, o turismo também foi tratado de forma quase unânime pelas entidades. Além da questão da infraestrutura das estradas, as áreas de educação, saúde e segurança também são apontadas como essenciais para o desenvolvimento turístico da região.
— O turismo não existe sem essas áreas — afirma o presidente do SindTur, Claudio Souza.
Na visão das entidades, o turismo precisa ser tratado com mais seriedade pelos governos estadual e federal nos próximos anos. Souza alega que é necessário que o setor seja discutido como uma política de Estado, e não como uma política de governo.
— Isso porque, sempre que se troca um governo, precisamos recomeçar todo um trabalho praticamente do zero — opina.
Além disso, os representantes acreditam que é fundamental vender o turismo como um todo na Serra Gaúcha, e trabalhar um nome forte, como o Rio Grande do Sul, na área turística.
Outro ponto bastante frisado pelas entidades foi a carência de um observatório do turismo para a região. A iniciativa iria acabar com a ausência de dados mais concretos sobre a atividade turística. Normalmente, os observatórios reúnem informações para monitoramento estratégico, sistemático e estatístico do turismo, além de desenvolver pesquisas que são importantes para a orientação de políticas públicas, planejamento do turismo e para investimentos de empreendedores na região. Neste momento, o Estado está lançando uma pesquisa com o perfil do turista no RS.
Além do turismo cultural e de natureza, o turismo rural também ganha espaço na região e deve crescer nos próximos anos.
— O turismo rural é mais uma alternativa para as pequenas propriedades da nossa região. Temos um potencial muito grande com as paisagens, propriedades que podem ser exploradas economicamente nesse sentido — ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café, Ari Arsênio Boelter.
AEROPORTO DE CANELA
Pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, mas com licença de operação pela prefeitura de Canela, o Aeroporto de Canela também necessita de investimentos, segundo representantes da Visão Agência de Desenvolvimento. Desde o segundo semestre de 2020, a entidade vem percebendo um congestionamento de aeronaves e helicópteros no local.
— Naturalmente, nós precisamos facilitar a chegada desse turista — destaca o executivo da Visão, Rafael Carniel.
VOZES
"Temos a RS-235, gerida pela EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias), e é nítida a nossa insatisfação com o serviço prestado. O pedágio é muito elevado, isso, para nós, é um gargalo. Temos problemas com a questão da agilidade, simples operações demoram muito. Não se vê alargamento de pista e nem duplicação. A BR-116 também é um trecho muito importante, a Rota Romântica. A estrada recebeu melhorias, principalmente na manutenção, mas nenhuma obra de grande porte foi realizada." Marcos Alexandre Streck, presidente da Acinp
"A população não está se preparando para a próxima estiagem. Para os pequenos pecuaristas, é muito prejudicial. Por isso, precisamos de uma política pública para a preparação das estiagens." Márcia Beretta, representante da Universidade Estadual do RS (Uergs), dentro do Corede Hortênsias
"Para manter o jovem na propriedade com renda, temos que dar condições para a juventude permanecer no campo. Além do lazer, precisamos dar infraestrutura como sinal de telefone, energia trifásica e asfaltamento das estradas no interior. É importante que tenham pessoas bem desenvolvidas no meio rural." Mariana Marcon, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café
"É todo um diagnóstico que precisa ser feito para nós sabermos de onde vem o nosso fluxo (de turistas), quem são esses turistas, o que eles procuram. O observatório te dá um diagnóstico que é fundamental não só para os municípios se organizarem, para que busquemos toda a infraestrutura para o turista, mas para toda a iniciativa privada saber onde está pisando. É necessário que se tenha um diagnóstico preciso do que é a região da Serra e como trabalhar o turismo para os próximos 15, 20, 30 anos." Rafael Castello Costa, diretor de turismo do Contur Hortênsias
"A gente vê os investimentos que estão acontecendo nos parques, nas concessões, as parcerias público-privadas, que são tão importantes, precisamos dar agilidade para isso. Não se pode pensar em um desenvolvimento de uma região, principalmente no turismo, sem pensar em infraestrutura." Rafael Castello Costa, diretor de turismo do Contur Hortênsias
"Precisamos de segurança, iluminação noturna, um pequeno terminal de passageiros e um alargamento da pista para permitir o pouso de aeronaves um pouco maiores. Entendo que a região se prepara para um mercado de alto luxo. Não podemos perder esse turista que viaja com o seu próprio avião. É uma demanda reprimida." Rafael Carniel, executivo da Visão Agência de Desenvolvimento da Região das Hortênsias
As dificuldades para viver no interior
Em meio a uma estrada rural no interior de Nova Petrópolis, na Linha Brasil, vive a família Boone, uma pequena família produtora de leite há três gerações. Tudo iniciou há 60 anos com o casal de avós, que ainda mora na propriedade. Com a chegada do filho Jocemir Boone, 54, e da nora Gessi Boone, 49, a família continuou com a produção. Agora, os dois filhos do casal, Moisés, 20, e Natália, 12, se preparam para preservar a tradição econômica.
Porém, a família enfrenta algumas dificuldades para viver no interior de Nova Petrópolis. Eles são um dos exemplos de propriedades rurais que não têm energia trifásica, o sinal de celular é fraco e internet somente via rádio.
— Para mim, é um descaso do poder público. O pai está há mais de 25 anos tentando trazer a energia trifásica para nós. Teve uma época que a luz estava tão ruim para nós que queimou quatro vezes o motor elétrico da bomba (para tirar leite). Tu chegava lá de noite e queria ligar a bomba, ela não ligava. Ou estourava a bobina, ou queimava a fiação Temos a máquina de misturar ração, não podíamos ligar a ordenha ou o resfriador ao mesmo tempo, precisávamos escolher. Hoje em dia, usamos dois transformadores para conseguir energia. Se colocarmos só um, a rede interna não dura, cai a chave — conta Moisés.
A avó Edith Boone, 81, conta que era preciso desligar todos os aparelhos eletrônicos da casa na hora em que iam retirar o leite.
— Não podíamos tomar banho, nada a gente podia fazer.
A família relata que muitas operadoras de celular não têm sinal na localidade de Linha Brasil. Além disso, a internet na propriedade é apenas via rádio, e chegou há oito anos.
— No início, funcionava bem, hoje funciona muito mal. Acredito que eles não investem mais em melhorias. Na época da pandemia, para os filhos estudarem, aumentamos o plano, mas não teve diferença — afirma Jucemir.
Moisés, que já terminou o Ensino Médio e é formado em técnico agrícola, revela que o período com aulas online foi complicado para ele e para a irmã, que ainda está no Ensino Fundamental.
— Estávamos no meio da transmissão e, do nada, travava. Voltava, e travava de novo. Tínhamos que desligar todos os aparelhos dentro de casa que poderiam usar um pouco de internet para pegar. Esses tempos estavam comentando no sindicato que queriam implementar a nota eletrônica (para os agricultores familiares), mas nós já nos questionamos: o que adianta implementar se a internet nem funciona no interior? Tem locais aqui na frente que têm fibra, mas fica inviável colocar pelo custo.
Apesar das dificuldades, Moisés e Natália pretendem continuar no campo com as atividades da família. Atualmente, a propriedade conta com 73 vacas leiteiras, que produzem em média 700 litros por dia, cerca de 20 mil litros ao mês.
Da produção de leite ao turismo rural
Na RS-235, em Nova Petrópolis, um casal de descendência alemã investe no turismo rural em uma antiga propriedade leiteira. Hugo Hillebrand, 56, e Maria Madalena Staut Hillebrand, 54, mantêm a pousada Verde Paraíso desde o ano 2000, após identificarem uma demanda na região.
— Meu pai foi um dos primeiros do município a ter máquina de tirar leite. Eu tinha oito anos quando o pai comprou. Na época, recebíamos umas três ou quatro excursões por semana para ver como tirava leite na máquina. Mas, na época, nem nos demos conta que já tinha turismo aqui. E hoje trabalhamos com isso — relata Hugo.
Em 2000, o casal iniciou com apenas dois apartamentos, e hoje conta com cinco cabanas individuais em meio à natureza, cercada por açudes, arroios e mata nativa.
— Aqui para nós o movimento é mais no final de semana. Tem vezes que não tem movimento. As pessoas às vezes acham que, por ficar no interior, não tem nada, ou que não é bom. Muitos vêm e indicam, ou voltam depois de algum tempo — conta Hugo.
O casal destaca que o diferencial é oferecer experiências em meio à natureza, principalmente para famílias que vivem no meio urbano. Contudo, eles indicam que ainda não conseguem sobreviver somente do turismo rural, mas projetam investimentos para aumentar a clientela.
— Sempre tentamos melhorar. Agora também temos o projeto de abrir um minicafé colonial. Vamos colocar mesinhas para quem quiser tomar o café ao ar livre. Já somos aposentados, mas se formos viver só da pousada não conseguimos ainda — relata Madalena.
Além da hospedagem, o casal investe em ecoturismo, cultura e lazer. A propriedade possui um minimuseu familiar que conta parte da saga da imigração alemã da Família Hillebrand, descendência de Hugo, desde 1877. No museu, que era o antigo galpão em que ficavam as vacas leiteiras, são encontrados objetos, roupas, cartas e fotos. Entre alguns dos itens mais preciosos estão a cama de casal dos bisavós de Hugo e o bercinho em que ele dormiu quando era recém-nascido.
O contato com pequenos animais da propriedade, como galinhas e cabritos, também são um diferencial.
— As crianças não têm contato com esses animais na cidade. É algo diferente e elas adoram. Aqui elas se desconectam desse aparelhinho aqui (apontando para o celular) — brinca Madalena.
O QUE APONTAM AS ENTIDADES
Sindicato da Hotelaria, Restaurantes, Bares, Parques, Museus e Similares da Região das Hortênsias (SindTur) - Presidente Claudio Souza
- Tratamento do turismo como política via Estado, e não como política de governo.
- Mais investimentos em educação, saúde e infraestrutura para movimentar ainda mais o turismo.
- Trabalhar o nome do Rio Grande do Sul como um forte apelo turístico.
- Investimento em dados turísticos quantitativos.
Conselho Regional de Desenvolvimento Hortênsias (Corede) - Representante da Universidade Estadual do RS (Uergs), Márcia Beretta
- Colocar em prática o plano estratégico de desenvolvimento regional do Corede Hortênsias.
- Melhorias na questão rodoviária pela relação com a questão logística, tanto de escoamento quanto de turismo. Pavimentação das principais ERSs (110, 020 e 476). As rodovias são mais importantes do que o aeroporto para a população se deslocar e para o escoamento da produção dos hortifrutigranjeiros. A 110 liga a Rota do Sol a Bom Jesus. A 020 passa por São Francisco de Paula e a 476 liga Canela ao distrito de Lajeado Grande.
- Políticas públicas de educação, saneamento básico e para estiagens.
- Videomonitoramento para os municípios.
- Manter a legislação de preservação da Mata Atlântica.
- Segurança rural.
- Incentivo à agricultura familiar, à agroindústria e ao produto artesanal.
Visão Agência de Desenvolvimento da Região das Hortênsias - Presidente Rodrigo Pazetto e executivo Rafael Carniel
- Melhorias nas estradas, além de duplicação e alargamento de algumas rodovias (RS-115 e RS-235).
- Apontar novos caminhos para as dívidas do Estado.
- Olhar cuidadoso do Estado sobre o turismo em todo o Rio Grande do Sul, mas principalmente na Região das Hortênsias, que se destaca como o principal destino turístico.
- Realocação de recursos na área da saúde, por meio de uma melhor repartição para a regionalização.
- Criação de um hospital regional para as Hortênsias.
- Estudar a mobilidade urbana entre as cidades da Região das Hortênsias. As pessoas precisam passar por dentro das cidades para chegar aos seus destinos, o que gera muito trânsito.
- Organização de distritos turísticos, entrega de um produto embalado para os turistas.
- Investimentos no Aeroporto de Canela para mais segurança, alargamento da pista e iluminação.
- Criação do observatório do turismo para a região.
- Desburocratização para os empreendedores.
Conselho de Turismo da Região das Hortênsias (Contur) - Presidente Daniel Hillebrand e diretor de Turismo Rafael Castello Costa
- Agilidade para investimentos da iniciativa privada, como concessões e parcerias público-privadas.
- Investimento nas estradas e na sinalização turística.
- Investir em todo o Estado como destino turístico, não apenas em determinadas regiões.
- Secretaria de Turismo do RS deve ter um papel de fomento ao uso das tecnologias e integração dos empreendedores.
- Criação do observatório do turismo para todo o RS.
Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (Acinp) - Presidente Marcos Alexandre Streck
- Melhorias nas estradas, além de duplicação e alargamento de algumas rodovias (RS-235 e BR-116).
- Carga tributária mais justa para os pequenos e grandes empreendedores.
- Investimento para o saneamento básico.
Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Nova Petrópolis e Picada Café - Presidente Ari Arsênio Boelter e vice-presidente Mariana Marcon
- Políticas públicas para o produtor familiar.
- Incentivos para melhor aproveitamento dos recursos hídricos nas propriedades rurais por meio de cisternas.
- Investimento para o turismo rural, pelo grande potencial da região.
- Infraestrutura (sinal de telefone, energia trifásica, asfaltamento e internet) para manter o jovem no campo e desenvolver as comunidades rurais.
- Análise dos planos diretores de cada município.
Conselho de Desenvolvimento Rural de São Francisco de Paula - Presidente Sandra de Moraes
- Investimentos na infraestrutura da região com sinal de telefone, energia trifásica, asfaltamento, internet e melhorias nas estradas (RS-110, RS-484 e RS-476) para o transporte da produção. A 484 liga São Francisco de Paula a Maquiné.
- Discutir a questão da conversão de campo do bioma Mata Atlântica em novas áreas de lavoura.
- Criação de uma delegacia regional para a segurança no campo. Atualmente, a região é vinculada à delegacia de Camaquã.