A Câmara de Vereadores aprovou por maioria o projeto de lei que prevê a revogação da tarifa colegial, benefício que permitia o pagamento de 50% da passagem de transporte coletivo urbano. Foram 13 votos favoráveis e oito contrários.
Votaram favoráveis os vereadores: Adriano Bressan (PTB), Bortola (PP), Clóvis Xuxa (PTB), Felipe Gremelmaier (MDB), Elisandro Fiuza (Republicanos), Juliano Valim (PSD), Marisol Santos (PSDB), Mauricio Marcon (Novo), Ricardo Daneluz (PDT), Sandro Fantinel (Patriota), Scalco (Novo) e Tatiane Frizzo (PSDB)
Foram contrários: De Camillis (PSB), Estela Balardin (PT), Gladis Frizzo (MDB), Lucas Caregnato (PT), Olmir Cadore (PSDB), Renato Oliveira (PCdoB), Rose Frigeri (PT), Wagner Petrini (PSB) e Zé Dambrós (PSB).
Para a vereadora Estela Balardin (PT), houve falta de diálogo por parte da administração.
— Em que momento esse diálogo foi feito com professores e funcionários de escolas? São 664 funcionários que deixarão de usar transporte coletivo. Estamos falando de merendeiras e de professores que receberam seus salários parcelados — criticou a petista.
José Dambrós (PSB) também contestou a medida:
— Uma moradora do bairro Serrano e professora da Escola Érico Veríssimo me informou que R$ 149 do seu salário é embutido de passagem, serão 15 dias que ela vai conseguir comprar passagem, o resto vai precisar ir de Uber ou a pé — relatou.
Já Marisol Santos (PSDB) argumentou que há falta de compreensão sobre a quem incide o valor do desconto concedido aos funcionários de escolas:
— Não é retirada de direito. O que acho que precisamos entender é quem paga, é a questão da justiça ou injustiça. Vejo que tem muita gente que não tem entendimento de quem paga essa meia passagem. Quem paga é quem usa o ônibus.
Na mesma linha, Mauricio Marcon (Novo) defendeu o fim do direito:
— Não existe almoço grátis, alguém tá pagando essa passagem. Quem está pagando? O metalúrgico, a minha cunhada enfermeira que mora em Ana Rech e vem trabalhar no centro. Eu acho que todos deveriam ter direito à meia passagem então. Vamos colocar R$ 10 a passagem e dar meia passagem (irônico). Se nada for feito nós teremos uma licitação deserta, 34% é grátis, imagina um restaurante que a cada 100 almoços, 34 não paga, aumenta o almoço.
A argumentação do poder público é de que a revogação do direito seria uma das medidas que possibilitaria eventual redução da tarifa.