Adiló Didomenico chegou a Caxias do Sul aos 17 anos, vindo de Marau em busca de emprego, e hoje, aos 68 anos, cultiva hábitos que são icônicos de tantos outros moradores da cidade que o acolheu. Para ele, domingo é dia de fazer churrasco para a família. Sempre que sobra um tempo, é hora de cuidar do jardim, cortar a grama ou lavar o carro. E o dia foi feito para ser aproveitado desde o início. O vereador que concorre ao cargo de prefeito pela primeira vez também acorda religiosamente às 5h30min, toma chimarrão, lê o jornal e escuta notícias no rádio.
— É uma pessoa de hábitos diurnos, ou seja, tem muita disposição às 6h da manhã. Em compensação, depois das 22 horas, dorme facilmente em qualquer lugar — confidencia Cintia, a filha mais velha, que ainda descreve o pai como uma pessoa organizada e que não adere a modismos.
Quem acompanhava Adiló na rotina matutina era a esposa Célia, que faleceu em novembro de 2015. Da união de 40 anos, o casal gerou quatro filhos. Além de Cintia, que tem 44 anos e é advogada, nasceram Diego, 39, administrador de empresa, Bianca, 38, médica, e Gustavo, 31, também advogado.
Com a chegada dos netos Helena, cinco anos, e Davi, de apenas um mês, Adiló passou a demonstrar mais sentimentos de carinho com beijos e abraços.
— Ele é uma pessoa de grande coração, sempre disposta a ajudar, mas que tem a característica de ser reservado, mesmo no ambiente familiar, e de não demonstrar muito o que está sentindo. Como pai, sempre foi exemplo de trabalho, respeito, e se preocupou em nos ensinar a valorizar os estudos e a ter uma conduta ética e séria de vida. Mas isso mais através de atos e decisões do que propriamente de palavras — descreve Cintia.
Mesmo com a intensidade da campanha, Adiló não deixa transparecer para os filhos qualquer tipo de nervosismo ou apreensão. Quando os familiares começaram a perceber, e se empolgar, com a possibilidade de o pai estar no segundo turno da disputa pela prefeitura, Adiló permaneceu cético, cauteloso. Sobre as características que gostaria de ver o pai levar à prefeitura, Cintia destaca:
— A vontade dele de trabalhar, como sempre fez no privado e vai continuar no público. Acho que seria marcante a presença dele nos bairros e não no gabinete. Ele gosta de ver os problemas com os próprios olhos para resolver.
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