O terreno atingido pela queda de uma aeronave em Gramado, na Serra, está cercado por tapumes. A medida busca preservar a área isolada, que envolve a loja de móveis que foi totalmente destruída pelo impacto do avião e também parte da pousada que ficou parcialmente danificada. O acidente aéreo no domingo (22) matou 10 pessoas da mesma família e deixou 17 pessoas feridas, sendo duas ainda hospitalizadas em Porto Alegre.
O isolamento da área foi autorizado depois que as autoridades concluíram, no fim da manhã de segunda (23), a retirada dos destroços da aeronave Piper Cheyenne e de restos mortais das vítimas do acidente. Os materiais do avião estão sendo enviados para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que investiga o caso e deve emitir laudo explicando o que causou o acidente.
Ao mesmo tempo, familiares dos 10 mortos, que moram em São Paulo, estão sendo encaminhados para fazer coleta de DNA para confrontar a partir do material coletado no local do acidente. O entulho que restou no terreno, composto por ferro retorcido da estrutura da loja, deverá ser retirada pelos proprietários.
— Os tapumes foram colocados por solicitação dos bombeiros militares para evitar o acesso ao local e melhorar a fluidez no trânsito local. Ainda existe risco de queda de telhas ou outra estrutura da pousada — detalha o coronel Maurício Correa, comandante do Corpo de Bombeiros.
Quarenta e oito horas depois da queda, a rotina começa a ganhar normalidade no entorno da tragédia. O posto de combustível ao lado da pousada, que ficou fechado no domingo e na segunda, reabriu. Não havia ninguém trabalhando no local do acidente e o trânsito na Avenida das Hortênsias fluía normalmente. Os imóveis atingidos antes da queda do avião seguiam inalterados.
Estabelecimentos instalados no outro lado da rodovia, que ficaram parcialmente danificados, também receberam proteção de tapumes, principalmente nos vidros, que quebraram com o impacto da queda.