Às margens do Rio Taquari, o município de Santa Tereza já contabiliza cerca de 220 famílias desabrigadas em função do risco de alagamento, que estão sendo acolhidas em locais seguros. O nível do rio já chegou há 23 metros, de acordo com a prefeita Gisele Caumo, volume muito próximo ao da tragédia de setembro do ano passado, quando chegou a 23,6 metros.
— Temos informações de que ainda temos muita água para receber. Choveu muito em cidades que influenciam na elevação do nível do Rio Taquari, então, certamente é o pior momento da nossa história — afirma Gisele.
Ainda segundo a prefeita, há famílias isoladas no interior do município devido a quedas de barreiras. O resgate aéreo já está organizado, segundo Gisele, mas não há autorização para que o helicóptero levante voo.
— Ontem, tivemos que alertar a população, fizemos uma evacuação na cidade, principalmente das famílias que ainda estavam em áreas mais baixas, para que se deslocassem a pontos mais altos. Nós recebemos a informação de que haveria uma elevação substancial, no mínimo quatro metros maior do que a de 2023 — explica a prefeita.
Além da cheia do rio, alguns moradores foram evacuados das proximidades da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, após alerta da Defesa Civil e do governador Eduardo Leite, que afirmou que existe o risco de rompimento da barragem.
Gisele destaca que não é possível estimar o tamanho dos estragos da cheia do rio nesta semana, já que deve superar os níveis da última cheia, em setembro de 2023.
— Na linha José Júlio, por exemplo, que está situada no interior do município, as famílias ainda permanecem nas residências, por terem estado seguras até setembro de 2023. Mas hoje nós temos a certeza de que não há mais como mensurar locais seguros quando se está situado à beira de um rio — lamenta.