Técnicos da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul estudam a demolição da ponte danificada no km 174 da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. A estrutura está interditada por tempo indeterminado após um dos pilares centrais ser danificado pela água e a pista ceder. A intenção é construir uma nova travessia no lugar assim que a derrubada for concluída.
Conforme o superintendente regional do Dnit, Hiratan Pinheiro da Silva, o objetivo é finalizar em junho o processo de contratação emergencial da empresa que ficará responsável tanto pela demolição, quanto pela construção da nova ponte. Os valores e o tempo de execução da obra não estão definidos. De acordo com Silva, antes das máquinas trabalharem será necessário elaborar o projeto da estrutura a ser erguida.
— Estamos na fase de dados para realizar a contratação — revela.
O Ministério dos Transportes, contudo, ainda não confirma a derrubada da ponte danificada, embora seja uma das possibilidades cogitadas, de acordo com apuração da reportagem. Oficialmente, a pasta trabalha com o prazo de 30 dias para a instalação de uma ponte metálica provisória. A medida está em análise técnica e deve ser adotada enquanto se encaminham os trâmites para a construção da travessia definitiva em substituição à que cedeu. A ideia é utilizar estruturas do modelo Logistical Support Bridge (LSB), formada por módulos metálicos. O Dnit possui peças do tipo capazes de superar vãos de 60 metros de extensão.
A ideia de implantar uma ponte metálica na BR-116 surgiu há uma semana, na visita do ministro Renan Filho a Caxias. O objetivo é devolver a trafegabilidade à BR-116 o quanto antes, enquanto se soluciona de forma definitiva os danos na estrutura atingida pelas cheias. Ainda na terça, em entrevista ao programa Voz do Brasil, o ministro disse que os recursos para a reconstrução da ponte já estão garantidos.
A travessia do Rio Caí é fundamental para a ligação de localidades do interior de Nova Petrópolis, como Tirol e Linha Temerária, e a área urbana de Caxias do Sul. A avaliação de engenheiros do Dnit é de que o pilar da ponte danificada pode ceder a qualquer momento. Por conta disso, até mesmo a travessia de pedestres está proibida.