Após a liberação do trecho entre os kms 41 e 44 da RS-122, entre Farroupilha e São Vendelino, a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha seguirá monitorando o local. A rodovia, que é a principal ligação da Serra com Porto Alegre, foi liberada no domingo (26) após oito dias de interrupção total. A manhã desta segunda-feira (27) foi a primeira com o retorno do fluxo de veículos.
Mesmo assim, de acordo com o diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, em caso de chuvas superiores a 100 milímetros em um período de 24h, o trecho da RS-122 poderá ser interditado novamente. Para efeito de comparação, somente entre a noite do dia 17 e a madrugada de 18 novembro choveu 149mm em Caxias do Sul, conforme o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
A reportagem do Pioneiro foi até a RS-122 na manhã desta segunda e constatou que o km 42 foi o que teve maiores impactos. Nesse trecho, foram registrados aos menos dois grandes deslizamentos. Em um deles, houve a queda de árvores, terra e pedras. Em outro, uma pedra de grandes proporções caiu sobre a rodovia estadual — a rocha já foi colocada no acostamento e não interfere no tráfego de veículos. Também foi feito o recapeamento do asfalto. Segundo Peres, está sendo analisada a possibilidade da construção de uma contenção nestes dois pontos.
— As chuvas que tiveram na última semana foram muito intensas, então ainda tem água circulando pelo terreno — disse Peres.
No trecho entre o km 42 e o 43, há ao menos três pontos em que o asfalto cedeu no sentido Serra gaúcha à Capital. Eles estão sinalizados e não é permitido o fluxo de veículos. Assim, foram liberadas apenas duas pistas no trecho (uma para subida e outra para decida), que recebeu nova sinalização com pintura de faixas e cones delimitando o trajeto.
Conforme informou o diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, um laudo técnico emitido por geólogos foi entregue na última semana à concessionária. Ele não abriu os pontos do documento, mas informou que foram fundamentais para liberação parcial da rodovia, e que também vai servir para avaliar novas intervenções no local.
— Estamos trabalhando com esse laudo para montar um projeto de monitoramento da Serra, e neste momento estamos trabalhando no monitoramento da terceira faixa de rolamento (onde há pontos em que o asfalto cedeu), o comportamento dela, e decidir o que fazer. Então, para evitar de segurar o trânsito, liberamos duas faixas de rolamento, que estão seguras e bem sinalizadas.
A CSG instalou sinalizações desde o km 41 até o 44 para orientar os condutores que trafegam pela região. Foram colocados cones para fazer o afunilamento do trânsito e também letreiros luminosos que informam sobre os pontos de atenção. Também há redução de velocidade no local, limitado a 40 km/h. Segundo Peres, é seguro trafegar pela rodovia.