A família de Pedro Henrique Volff dos Santos, 16 anos, despede-se nesta terça-feira (18) do adolescente morto por disparos de arma de fogo no Complexo Dal Bó, no bairro Fátima, em Caxias do Sul, no final da tarde de segunda-feira (17). O velório ocorre na capela do mesmo bairro, onde ele residia com os pais e uma irmã. O sepultamento está marcado para as 16h, no Cemitério Público Municipal.
Segundo familiares, o adolescente saiu de casa à tarde dizendo para a mãe que iria comprar bolachas recheadas em um mercado do bairro. Por volta das 17h30min, os bombeiros foram acionados para atendimento à ocorrência de afogamento na barragem que, ainda conforme a família, Santos não tinha o costume de frequentar. Ao chegarem no local, as equipes encontraram o corpo às margens do reservatório, com marcas de diversos disparos pelo corpo. A quantidade ainda não foi confirmada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), que realiza a necropsia.
A morte brutal do adolescente, que cursava o oitavo ano da Escola Municipal Professora Ester Justina Troian Benvenutti, e não tinha antecedentes criminais, deixou a família abalada.
— O Pedro era um guri que fazia todo mundo rir, estava sempre do lado das pessoas. A gente não sabe a troco de quê fizeram isso com ele, tá sendo difícil de assimilar — relata uma sobrinha de Santos, de 18 anos, que não quis ser identificada.
Segundo ela, o atraso escolar de dois anos se deu ainda nas primeiras etapas da educação e que, atualmente, ele falava em concluir os estudos e trabalhar para ajudar a família. Além da irmã que residia com ele, Santos também deixa outros sete irmãos.
À família, dois amigos da vítima relataram ter ido com ele até a represa, onde teriam sido surpreendidos por um terceiro indivíduo que ordenou que os amigos saíssem e, em seguida, atirou contra Santos.
A Polícia Civil ainda investiga a autoria e a motivação do crime, buscando imagens e testemunhas que possam colaborar com a elucidação dos fatos. A vítima não tinha antecedentes criminais, mas, segundo o delegado Caio Fernandes, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), há possibilidade de que o crime esteja relacionada ao tráfico de drogas na cidade.