Brigada Militar e Polícia Civil realizam um pente-fino na mata que margeia o Rio Carreiro, entre os municípios de Fagundes Varela e Cotiporã. As suspeitas são de que o grupo que assaltou o Banco do Brasil e o Sicredi nesta sexta tenha se embrenhado na mata para fugir da polícia, a exemplo do que ocorreu após o ataque a fábrica de joias em Cotiporã, em dezembro de 2012.
Na estrada que liga o interior dos municípios foi localizado o Azera utilizado na ação e uma caminhonete Dodge Journey. Apesar do utilitário não ter sido visto no momento do ataque, policiais acreditam que ele tenha sido usado como suporte para a fuga. Próximo aos veículos foi encontrado um colete balístico da BM e uma mochila com miguelitos, os pregos retorcidos usados por ladrões para furar pneus de viaturas.
Conforme a Delegacia de Roubos, ligada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o carro apreendido fora roubado em Porto Alegre e a caminhonete, na Região Metropolitana, ainda neste ano. Um terceiro veículo, não identificado até a noite de sexta pela Polícia Civil, não foi encontrado.
- Apesar de ser muito cedo para estabelecermos ligações e indicarmos suspeitos, os locais de onde vieram os veículos podem evidenciar uma possível ligação da quadrilha com criminosos da Capital e região. Entretanto, não excluímos possíveis ramificações na Serra - avaliou o titular da Roubos, Joel Wagner.
Conforme o delegado, o foco da investigação depende do trabalho da perícia, da verificação de imagens de câmeras, do relato de testemunhas e das buscas pelo bando.
Durante toda a tarde, o Pelotão de Operações Especiais e efetivos de Fagundes Varela, Cotiporã, Nova Prata, Veranópolis, Passo Fundo e Caxias do Sul fizeram um arrastão na mata. Barreiras foram montadas nos acessos a esses municípios. A operação seria mantida durante a noite, segundo o Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra (CRPO/Serra).
Até 20h desta sexta, ninguém havia sido preso. A ação criminosa durou cerca de 20 minutos no centro de Fagundes Varela quando dois policiais militares e um pedestre foram feitos reféns. Todos foram libertados antes da fuga dos bandidos sem ferimentos.
Buscas
Assaltantes são caçados pela polícia na mata que margeia o Rio Carreiro, entre Fagundes Varela e Cotiporã
Colete balístico e uma mochila com miguelitos foram abandonados
GZH faz parte do The Trust Project