
Desde janeiro, com a expectativa e depois o tarifaço anunciado, os Estados Unidos ganharam participação entre os destinos das exportações gaúchas (comprou 10%), enquanto a China perdeu (ficou com 13,7%). De janeiro a abril, o Rio Grande do Sul embarcou US$ 614 milhões para o mercado norte-americano, 5,1% mais do que no ano passado, crescimento acima da média. Houve uma antecipação de vendas em fevereiro e março, principalmente, para fugir da maioria das taxas cuja implementação já se esperava para abril. Já a China comprou US$ 840 milhões no Rio Grande do Sul, 19% menos do que nos primeiros quatro meses de 2024.
Ainda não se dimensiona o efeito da trégua anunciada entre os dois países, as duas maiores economias do mundo. Após reuniões em Genebra no final de semana, houve uma redução por 90 dias de 115 pontos nas taxas entre ambos. Não é uma suspensão, mas sim uma diminuição temporária.
Pelo acordo, produtos chineses importados para os Estados Unidos pagarão uma tarifa de 30% e os produtos americanos importados pela China, uma tarifa de 10%. Desde janeiro, as tarifas impostas pelos Estados Unidos à China alcançaram 145%, mas taxas acumuladas para determinados produtos podem chegar a 245%. Em resposta, a China impôs tarifas de 125% sobre os produtos americanos.
Bolsas sobem com o alívio, porém seguem atentas aos próximos sinais. Não se duvida, inclusive que o presidente Donald Trump retome sua agressividade caso entenda que seu recuo seja interpretado como fraqueza.
Assista também ao programa Pílulas de Negócios, da coluna Acerto de Contas. Episódio desta semana: R$ 410 milhões em supermercados, proposta por fábrica da Paquetá e tarifaço no Brasil
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Isadora Terra (isadora.terra@zerohora.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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