Após 23 anos, Caxias e Figueirense voltaram a se enfrentar pelo Campeonato Brasileiro. Em 2001, o time catarinense ficou com acesso à Série A após uma disputa judicial. Em 2024, ambos se reencontraram pela Série C. Na tarde de domingo, no Estádio Centenário, o Caxias venceu o time de Florianópolis pelo placar de 2 a 1.
Contudo, o jogo ficou marcado por duas cenas lamentáveis. A primeira foi de um torcedor do Figueirense fazendo gestos como se estivesse se afogando, em alusão ao drama do Rio Grande do Sul com a enchente. Depois, uma briga generalizada entre duas torcidas organizadas. Após o jogo, o vice de futebol do Caxias, Paulo César Santos, lamentou os fatos ocorridos na casa Grená.
— É muito cedo ainda para avaliar, eu tive presente ali, tentei auxiliar de todas as formas a Brigada para ter o mais rápido acesso para parar com aquele tumulto. Infelizmente, eu recebi as imagens, porque eu acho que é importante ter também um parecer do clube. As cenas que a gente viu são lamentáveis, o torcedor visitante fazendo cenas de afogamento, isso está registrado em imagens. Então, não é o momento, realmente de ter esse tipo de situação, não é o momento de ter homofobia, não é o momento de ter racismo nos estádios, não é o momento de nada disso — declarou Paulo César, que completou sobre a briga entre as torcidas:
— Não é o momento de ter a revolta também do nosso torcedor, eu tenho certeza que a direção vai tomar uma atitude, com a nossa própria torcida, mas tudo o que aconteceu foi lamentável em todos os aspectos e a gente, como representante do Caxias, não gostaria de ter vivido aquelas cenas em todos os sentidos.
A direção do Caxias sempre se reúne todo o começo de semana. Neste encontro, o clube também deve adotar algumas medidas para evitar novas cenas como as vistas no Estádio Centenário. O vice de futebol também teme alguma punição em caso de denúncia ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), como a perda de mando ou jogar de portões fechados.
— Sabemos que as cenas através dos celulares estão já nas redes sociais, e vão ser levantadas todas as informações. É importante termos o nosso torcedor dentro da nossa casa, o nosso torcedor tem que entender isso. Nós temos que ter uma conduta exemplar dentro da nossa casa, como é na nossa casa familiar. Estamos apurando todas as imagens, colhendo todas as informações e vamos tomar mais cuidado ainda. Mas o Caxias também identificou o torcedor nosso que foi levado aí pela Brigada Militar — declarou Paulo César Santos.