O Juventude segue sem vencer fora de casa no Brasileirão. Neste domingo (30), o time de Roger Machado oscilou durante os 90 minutos e saiu do Estádio Castelão com uma derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, pela 13ª rodada do Brasileirão.
Após o jogo, o técnico Roger Machado avaliou as circunstâncias que fizeram com que a equipe encontrasse dificuldades diante do adversário e do calor de mais de 30 graus na capital cearense.
— Nos 15 primeiros minutos nós controlamos o jogo. Produzimos algumas oportunidades de finalização. A partir daí, o adversário conseguiu fazer alguns encaixes de marcação e sobrepor o que vínhamos fazendo e dominou a partida dentro da sua característica, com busca de profundidade, contra-ataques que sabíamos que iríamos enfrentar. Fizeram 2 a 0 e poderiam ter ampliado o placar no primeiro tempo — apontou o treinador.
O lance que mudou a história do confronto foi um pênalti polêmico de Caíque em Breno Lopes, aos 15 minutos. A arbitragem confirmou a marcação da penalidade mesmo depois de quase cinco minutos de revisão do lance no VAR. Porém Roger não quis admitir que o gol abalou o time e reclamou da cobrança de falta rápida do Fortaleza na origem da jogada.
— Uma penalidade que, a meu ver, o VAR chamou e o árbitro decidiu manter o resultado de campo, mas de uma falta que ele sinalizou que a batida seria no apito e permitiu que o adversário batesse a falta rápida. Mas não foi essa questão que nos fez ter um baixo rendimento. Nos desgastamos correndo atrás de um adversário que jogava muito na jogada de profundidade, acelerando o jogo, fazendo com que a gente corresse para trás. No segundo tempo, gradativamente, fomos crescendo com as mudanças até fazer o nosso gol, mas o volume criado não foi suficiente para que nós tivéssemos sorte melhor — destacou o técnico, que ainda completou:
— Enfrentamos um grande adversário que sabe muito bem jogar nessas condições climáticas. Assim como a gente sabe que os times, quando saem de um calor de 35 e vão jogar num frio de 5 graus, também sofrem com o frio, sofremos com o calor, mas também com baixo rendimento técnico, que não nos permitiu ter sorte melhor no jogo.
O técnico do Verdão ainda explicou que poupou o lateral Alan Ruschel e o meia Nenê da escalação inicial pela sequência desgastante de jogos.
— Buscando pegar o melhor momento de cada um pela estratégia do jogo, buscando equilibrar um pouquinho o time defensivamente também. Pela sequência que nós vamos ter de jogos fora de casa, jogos com esse tipo de ambiente, de clima, pela estratégia da partida, passa por tudo. É um planejamento completo que não há como você manter os times jogando, sempre os 11, nessa condição de você sair e andar quase três mil quilômetros para fazer os seus jogos — comentou o comandante alviverde.
Com 16 pontos, o Ju permanece na 12ª posição na tabela e terá mais uma chance de vencer fora de casa na próxima rodada. O desafio será diante do Bahia, em Salvador, na quinta-feira (4).