O Juventude pode fazer história novamente no futebol gaúcho. Em 1998, o time conquistou pela primeira e única fez o Estadual. Agora, 26 anos depois, o clube busca marcar o seu nome na taça de 2024. Na conquista de 98, o atual presidente do clube, Fábio Pizzamiglio, nem sonhava em ocupar o cargo máximo do clube do coração. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, Fábio recordou que na década de 90, ele trabalhava cuidando do placar do Estádio Alfredo Jaconi e os acessos da casa alviverde em dias de jogos.
- Em 1996 eu não me lembro se eu trabalhava no placar ou se eu já cuidava dos acessos das catracas. Eu ficava embaixo quando trabalhava no placar, lá embaixo do placar atual, não tinha conexão com as cabines de imprensa. Ficava no meio da torcida visitante. Em 1996 não foram boas as lembranças da final contra o Grêmio. Em 1998 sim, eu já cuidava dos acessos e era o responsável por todos os acessos do clube no estádio. - lembrou o dirigente.
O Gauchão de 1998 era bem diferente do modelo atual. Um total de 25 clubes participaram da primeira fase. O Juventude entrou na etapa seguinte e foi campeão em cima do Inter, de forma invicta. Após vencer por 3 a 1 no Jaconi lotado, o time do técnico Lori Sandri empatou em 0 a 0 no Beira-Rio e ergueu a taça na capital gaúcha.
- Contra o Inter foi um bom resultado em casa e depois fui lá fui no Beira-Rio. Depois teve a Copa do Brasil, em 1999, trabalhei na Copa do Brasil também, continuava cuidando dos acessos, da secretaria e acessos, essa era minha responsabilidade como funcionário. Então, os públicos que a gente teve na década de 90 quando costumava estar lotado. Em 96 passou de 30 mil pessoas dentro do Jaconi. Hoje é impensável - recorda Fábio Pizzamiglio.
Deu para perceber a vibração da equipe, do Flávio, de toda a equipe ali, deu para ver que a virada seria natural.
Atual integrante do comitê gestor do departamento de futebol alviverde, Luís Carl0s Bianchi também era torcedor de arquibancada na época do primeiro título gaúcho do Juventude. Ele assistiu os dois jogos e fez questão de estar presente no Beira-Rio para ver o Papo campeão.
- Em 1998 me lembro dos dois jogos. Eu assisti ao jogo em cima do segundo túnel que tem lá embaixo dos camarotes. Depois, o jogo de Porto Alegre, eu estava lá também. No Jaconi, o gol do Flávio, de empate, é um gol marcante. Gol bonito e emblemático. Deu para perceber a vibração da equipe, do Flávio, de toda a equipe ali, deu para ver que a virada seria natural - descreveu Bianchi, que elenca as diferenças de estar na arquibancada e dentro da direção do clube:
- A gente que está ali dentro, percebe a tranquilidade que tem, a confiança do grupo. Porque tu enxergas o que que tá acontecendo, tu enxergas que a classificação na semifinal (contra o Inter) não foi por acaso. O grupo comprou a ideia do Roger, mas eles seguiram rigorosamente a risca o que foi treinado durante a semana nos dois jogos da semifinal e nesse primeiro jogo da final também. Tudo que foi treinado, tudo que foi combinado de se fazer, os jogadores fizeram.