A partida de ida da semifinal do Gauchão 2024 entre Caxias e Grêmio rendeu discussões além das atuações das equipes de Argel e Renato. A arbitragem de Roger Goulart foi contestada pelos dois lados. O Grêmio considera que o gol grená foi irregular. E para o presidente grená, Mario Werlang, a arbitragem foi desastrosa no jogo realizado em Caxias do Sul e que terminou com vitória Tricolor por 2 a 1.
— O jogo contra o Grêmio foi um jogo conturbado, onde a arbitragem foi desastrosa, essa é a realidade do jogo. Com dois ou três exemplos clássicos, que a torcida com certeza viu. E toda a orientação que nós tivemos desde o ano passado da arbitragem, era de que mão acima do ombro era no mínimo cartão amarelo e, dependendo da intensidade, cartão vermelho. O Marcelo levou uma mão na cara e o juiz não deu nem amarelo. O Kannemann chamando o juiz de "louco, é louco, tá louco"; imagina um jogador nosso fazer isso depois de ter cartão amarelo, e o juiz simplesmente se acovardou — criticou Werlang em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
O mandatário grená ainda pediu a marcação de um pênalti em Barba, no último lance de ataque do Caxias.
— O pênalti sofrido pelo Barba, a justificativa foi a ocupação de espaço, agora a ocupação de espaço nas costas do adversário, eu nunca vi isso. A ocupação de espaço lateral, se adiantar na frente, tomar a frente, isso sim é ocupação de espaço, agora uma entrada, não importa a intensidade, então poderíamos dizer que o Marcelo também estava ocupando espaço quando ele encostou nas costas do atacante deles (Diego Costa), quando deu o pênalti — apontou Werlang, que completou:
— Infelizmente é uma arbitragem desastrosa, eu falei com o Vuaden (presidente da Comissão Estadual dos Árbitros) após o jogo. Disse para ele que com esse material humano que ele tem aí, vai ser muito difícil organizar a arbitragem do Rio Grande do Sul.
Mário Werlang também condenou a postura do técnico gremista Renato Portaluppi ao tentar impedir a cobrança de um lateral do Caxias.
— Vimos o adversário já tentando tumultuar o tempo inteiro, bateu no braço do nosso lateral (Marcelo) quando ele ia arremessar a bola, ele sabe que não pode encostar em um jogador adversário e conseguiu ganhar mais um tempo, que o juiz ficou um minuto anotando o cartão amarelo. São várias situações, questionaram o nosso gol, então eu estou preparando a volta para ver se tenha talvez um "pênalti borboleta", como no ano passado em Porto Alegre (sobre Suárez na final), porque ganharam o campeonato desse jeito no ano passado, não foi na bola, foi no apito, essa é a realidade.
Ganharam o campeonato desse jeito no ano passado, não foi na bola, foi no apito, essa é a realidade
MARIO WERLANG
Presidente do Caxias
Decisão em Porto Alegre e arbitragem experiente
O presidente do Caxias ainda fez uma cobrança para que no jogo da volta, na Arena, no dia 26, a escala da arbitragem tenha profissionais mais experientes no comando do apito.
— Isso é uma das coisas que nós cobramos também, acho que o jogo daqui tinha a mesma importância, talvez até mais, porque é um jogo no Interior, e acabaram ressuscitando um árbitro que já estava meio escanteado, e botaram para apitar um jogo decisivo aqui; nos dois jogos, inclusive com co-irmão também, não é só o do Caxias. Parece que nós não temos importância, assim como a marcação dos jogos também — destacou Werlang, que ainda completou:
— Acho que não é justo o nosso jogo ser numa terça à noite, às 21h. Não é justo com a torcida do Caxias, não foi igual. Não fomos convidados, nós ficamos sabendo através da imprensa e com o ofício no dia seguinte. Eu acho que foi uma pisada de bola. No mínimo, um telefonema antes, pedindo se concordávamos ou não com a marcação do jogo pra terça, mas infelizmente a gente não manda no campeonato, então seguimos em frente.
Apesar das críticas à arbitragem, Werlang mantém o otimismo quanto à classificação do clube para a decisão do Gauchão.
— Infelizmente, o campeonato tomou um rumo um pouco complicado, nós acreditamos no trabalho, principalmente do Vuaden, acho que ele está fazendo um grande trabalho, mas vai demorar tempo para colher frutos, pois a pressão é muito grande dos clubes da Capital, mas o Caxias está vivo. O Caxias não se entregou e vai para Porto Alegre buscar uma vitória para ir para a final.