O Juventude empatou com o Inter em 0 a 0, na partida de ida da semifinal do Gauchão. O time do técnico Roger Machado fez um bom embate contra um adversário que investiu forte para a temporada de 2024. O comandante alviverde repetiu a escalação pela terceira vez após derrotar o Guarany de Bagé e o Paysandu.
Após a igualdade com o Colorado, o técnico explicou como conseguiu parar o adversário e também fazer o seu time produzir ofensivamente.
— Nós temos uma boa pressão muito alta, e uma boa compactação no bloco mais baixo. A gente buscou trabalhar com 25 metros de compactação no sentido do comprimento do campo, e no máximo 35 metros de compactação no sentido da lateralidade. Isso faz com que os espaços naturalmente diminuam, que as saídas e o suporte para pressionar fiquem mais próximas de quem está com a bola, que as saídas de linha dos meus laterais para buscar essas flutuações dos pontos do Internacional, consigam ser mais ágeis. A compactação faz isso — declarou Roger, que completou:
— Quando o Internacional percebeu, ele começou a usar a bola longa, e estamos preparados para que esse momento também a gente não sofra, ou com a bola direto nas costas ou com a segunda bola, que o Inter também usa, e controlamos bem. Algumas vezes, nós perdemos a segunda bola, que caiu para a frente e o Inter conseguiu conectar um segundo momento de organização. Mas, de modo geral, a gente controlou bem esse momento do jogo e sofreu pouco.
O técnico alviverde também contou com a segurança do goleiro Gabriel Vasconcellos. O atleta chegou por empréstimo do Coritiba e foi para o seu terceiro jogo como titular. Segundo Roger, o camisa 1 sabe jogar com a linha alta. Ele também comentou sobre o jogo mais físico do Juventude. Conforme o comandante alviverde, um time organizado corre menos e tem mais fôlego.
— Se tu perde o jogo por conta da desorganização, em função da característica do adversário, que tu não consegue estar próximo dos gatilhos de marcação, isso desgasta muito. Organizado, se tu corre menos, os movimentos de potência, de força que tu consegues executar perante a marcação, eles estão mais justos. Se tu faz menos faltas, as faltas que acontecem são mais táticas, porque tu estás próximo do marcador. O grande jogo, inclusive físico, está ligado a elementos táticos.
Jogo no Beira-Rio
Para chegar às finais do Gauchão, o Juventude terá de vencer o Inter no jogo da volta. No dia 25 de março, segunda-feira, às 21h30min, no Estádio Beira-Rio, as equipes voltam a se enfrentar. Em caso de novo empate, a decisão do finalista será nos pênaltis. Para o técnico Roger Machado, o desafio será manter a mesma estratégia do Jaconi para o duelo em Porto Alegre.
— Agora é tentar manter a mesma postura. Se tu deixares os jogadores do Inter construírem, eles vão te empurrar para dentro do teu gol. E daí lá, a qualidade dos jogadores mais perto do nosso gol, a chance de eles conseguirem achar uma bola de infiltração, uma finalização, um cruzamento, é maior. Todas as vezes que a gente conseguiu fazer com que o Inter conectasse a bola da primeira fase de construção para o último terço, a gente teve uma chance de manter o controle do jogo e criar alguma oportunidade — finalizou Roger Machado.