O torcedor compareceu em peso e fez a diferença para o Juventude somar mais três pontos e se firmar no G-4 da Série B do Brasileiro. O Estádio Alfredo Jaconi estava na combinação perfeita para o time vencer. A tarde deste sábado (30) teve frio, neblina, casa cheia e vitória por 1 a 0 do Alviverde em cima do Criciúma. O único gol da partida foi marcado por Alan Ruschel. Na coletiva após o jogo, o técnico Thiago Carpini fez questão de agradecer a presença do torcedor.
— Queria fazer um agradecimento ao torcedor. Hoje, pela primeira vez, eu vi o Jaconi cheio, pulsando. Não que nos outros momentos isso não aconteceu, mas com uma quantidade grande de torcedores comparecendo realmente foi um diferencial. A sinergia hoje foi fantástica e, sem dúvida, fez a diferença. A vitória de hoje foi para o nosso torcedor, e pode ter certeza que eles fizeram a diferença. E que isso possa se tornar uma tônica para essa reta final — afirmou Carpini.
O jogo era tratado como uma decisão para o Juventude seguir dentro da zona de classificação à Série B. O time de Carpini chegou a marcar logo no primeiro ataque, com 47 segundos, mas o VAR chamou o árbitro e o gol foi anulado. A vitória veio no começo do segundo tempo da cabeça de Ruschel. Para sair com o resultado positivo, o Ju enfrentou dificuldades diante do time catarinense.
— Uma equipe que nos criou muita dificuldade e que, em alguns momentos do primeiro tempo, esteve mais próxima do gol em relação ao Juventude. Então, temos que reconhecer esses erros, alguns desajustes que tivemos e que precisamos melhorar. Não é porque nós vencemos e estamos numa crescente, com três vitórias em sequência, que está tudo certo. Têm coisas a serem melhoradas e a gente precisa ter esse discernimento. Mas, sem dúvida, hoje é um dia para se comemorar. Em relação ao Criciúma, a gente abre cinco pontos. É um conforto, mas isso não representa nada. São 24 pontos em disputa ainda — afirmou o técnico.
NENÊ NO BANCO
Mesmo à disposição, o grande nome do time do Juventude ficou no banco de reservas. Recuperado de uma contratura na panturrilha, Nenê não começou a partida como era esperado. O treinador optou por Tite entre os 11 iniciais. Carpini justificou a escolha:
— A vaga foi do Daniel Cruz no outro jogo. Nessa, foi do Tite. Ele tem entrado bem e fez bons jogos. Queria enaltecer também a entrada do Emerson Santos, que fez o meu primeiro jogo, contra a Chapecoense, e depois teve uma lesão que o tirou de um período longo. Em relação ao Nenê, já era definido. Na coletiva pré-jogo, eu falei que o Nenê iria para a partida, mas não falei quanto tempo jogaria. Acho que, no jogo contra o Atlético-GO, talvez nós tenhamos acelerado o processo, e reincidimos a lesão. E nós não podemos nos dar ao luxo de perder um atleta, não só do peso do Nenê — disse Carpini, que cogita uma nova estratégia para a próxima rodada, contra o Tombense, fora de casa:
— Talvez, numa viagem mais longa como é até tombos, podemos pensar em uma outra estratégia, pensar no jogo da volta. São situações que a gente vai definir juntamente com o departamento e com o Nenê. Com o Tite, eu preferi tentar espaçar um pouco mais a primeira linha do Criciúma. Eu achei que, no jogo anterior, nós conseguimos com o Cruz em alguns momentos. Para essa partida, achei que o Tite encaixaria melhor. Escolha minha.