O Juventude vive sua melhor fase na Série B 2023. Há oito jogos sem perder, o time treinado por Thiago Carpini caminha a passos largos rumo ao G-4 da competição. Dois pontos separam o Verdão, quinto colocado, do Criciúma, que está uma posição acima. E depois da vitória sobre o então líder da competição, Novorizontino, na noite de quarta-feira (2), o comandante alviverde também respondeu sobre algo que lhe incomodou nos últimos dias.
Após a partida contra o Botafogo, em Ribeirão Preto, na semana passada, Carpini desabafou sobre algumas agressões que sofreu em uma de suas redes sociais.
— Está superado. Foi mais um desabafo. Eu não me importo com as críticas, faz parte do processo, quanto mais a gente muda de prateleira... Eu já convivi muito com isso enquanto atleta e nesse início de trajetória como treinador. Mas passa um pouquinho do ponto, quando agride a pessoa e a família. Disseram que meus filhos estavam em Gramado, eu não estava com a cabeça aqui. Coisas que não têm nexo. Então, eu fiquei muito chateado e eu tinha visto isso naquele dia no hotel. Até mostrei pro meu auxiliar (Caio Gilli) e falei: "Que absurdo, cara!" — apontou.
Na ocasião, o treinador do Ju rebateu as ofensas que sofreu e afirmou que, quem o criticasse, o fizesse com palavras menos agressivas porque, segundo Carpini, é triste, chato e desagradável e ele não tinha necessidade de passar por isso.
— Aquilo me contaminou. Talvez nem deveria ter externado. Mas foi um desabafo. Está superado. Acho triste esta parte das redes sociais. Hoje muitas pessoas passam do ponto e aí vão para um lado muito pessoal. E, às vezes, as pessoas não sabem que nós aqui pagamos um preço. Eu estou longe dos meus filhos e da minha esposa. Pagamos um preço de estar longe de casa. Daí você vem pra cá, trabalha, e eu sempre fui recebido com muito respeito por quase 100% das pessoas. E aí, um ou outro, vem para um lado tão pessoal e particular da família que é a nossa base e fortaleza. Não tem sentido. Ainda mais com a gente vivendo coisas tão boas na competição — destacou o técnico, que ainda concluiu:
— A gente não está aqui de brincadeira. É sério! Eu pago um preço por estar aqui e viver longe da nossa família. Vou pouco pra casa. No próximo Dia dos Pais, a gente vai estar concentrados. Não levo os meus filhos ao colégio. Nem participo das festinhas nas sextas-feiras porque estou dando o treino aqui em Caxias e eles estão em São Paulo.