Os números de Nenê encantam, mas não surpreendem a mais ninguém. Em treze jogos pelo Juventude na Série B 2023, o camisa 77 teve participação direta em nove gols. O atleta balançou as redes cinco vezes e deu quatro assistências com a camisa alviverde. Nem mesmo o desempenho físico é novidade. Aos 41 anos, o meia jogou os 90 minutos em cinco partidas e só deixou a equipe nas demais, no segundo tempo.
A curiosidade do torcedor do Juventude é saber como é Nenê no dia a dia do clube. E para o lateral-direito Reginaldo, o jogador também é craque nos bastidores no CT alviverde.
— É o cara mais moleque que há no vestiário. Um cara que puxa a resenha toda hora. Palhaço e brincalhão. Nos motiva cada dia mais. Não tem como os meninos mais novos verem o Nenê terminar o treino e ficar lá, aos 41 anos, fazendo trabalho de finalização a gol, e não querer ficar e fazer também. Ele gosta de dar conselhos aos jovens sobre como chutar a gol ou esperar o momento certo de passar a bola. Ele motiva muito e está desfrutando também — revelou o lateral-direito em entrevista ao Show dos Esportes, da Gaúcha Serra.
Ao invés de ter "privilégios" por ser o cara do time na campanha de retomada dentro da Série B, Nenê não deixa os treinamentos tão cedo, como alguns podem imaginar.
— Ninguém tem noção de quanto o Nenê treina. Acaba o treino, ele fica enchendo o saco do goleiro porque quer ficar pra finalizar. Então, às vezes, ele faz um gol de falta e as pessoas acham que é sorte. Não! É muito treino — apontou Reginaldo, que ainda comparou Nenê com um ex-craque do Palmeiras:
— O Nenê é muito diferenciado. Dos que eu joguei, eu só colocaria o Alex (ex-meia do Palmeiras, hoje treinador) no mesmo nível. Já joguei contra o Nenê, mas estando no dia a dia com ele, você vê que esse cara realmente faz por merecer.
Contando com a boa fase de Nenê, o Juventude volta a campo neste sábado (8), contra o Ituano, pela 16ª rodada da Série B. Com sete vitórias nos últimos nove jogos, o Verdão tem a chance de se aproximar do G-4. A diferença para o quarto colocado, o Novorizontino, é de cinco pontos.
— Feliz pelo momento da equipe e virada de chave que demos com a chegada do Carpini. Encontramos a nossa maneira de jogar e estamos no caminho certo. Desde a época do Pintado éramos uma equipe muito técnica. Quando o Carpini chegou com suas ideias, uniu o útil ao agradável. E as vitórias favoreceram nossa retomada — finalizou Reginaldo.