O Juventude encerrou nesta sexta-feira (20) a preparação para encarar a Chapecoense, no domingo, às 11h, em Chapecó. E o técnico Thiago Carpini não quis abrir mão do mistério quanto a sua primeira escalação na casamata alviverde. A única certeza é que o time não terá mudanças radicais. O comandante optou por dar continuidade, num primeiro momento, para a maioria dos atletas que vinham atuando.
— Não posso fazer uma mudança drástica. Chegar e tirar os 11 e começar do zero. Então é gradativo, algumas coisas penso diferente, mas talvez pra esse momento tem que ser uma construção, nada muito radical, pelo momento de instabilidade. Temos alguns atletas com falta de confiança, natural pelo momento ruim, que vai passar com os bons resultados. Daí, com as vitórias, a gente vai começar a colocar algumas ideias — destacou Carpini.
O desfalque é o volante Jadson, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Gehring deve continuar, mesmo tendo a sombra do experiente Jean Irmer a sua volta.
— O Jean eu já conhecia, o Gehring passei a conhecer acompanhando os jogos que ele fez. É um jovem de muito potencial, muito aguerrido, mas como todo jovem oscila. Às vezes, a tomada de decisão é um pouco precipitada. É natural, a gente precisa de paciência e de tempo pra corrigir. É um menino que inicia bem o jogo, com um passe muito bom e eu gosto disso —apontou o treinador, que ainda falou que Jean tem um ponto a ser corrigido:
— O Jean é um atleta um pouco mais vivido, com uma responsabilidade maior, e assim que tem que ser. Por mais que tenha uma idade avançada, nunca é tarde pra aprender, tá sendo estimulado e cobrado, então ele precisa melhorar a saída de jogo e tem capacidade pra fazer. Ganhamos alternativas dentro do elenco — apontou o comandante alviverde.
Nenê e atacantes
Para explorar as qualidades de Nenê, o treinador quer que o time se aproxime mais do meia, deixando ele à vontade para armar as principais jogadas de ataque, algo que não vinha acontecendo nos últimos jogos.
— Se tem um cara com a capacidade técnica do Nenê e a gente colocar toda a hora a bola em disputa, aí eu não vou pôr o Nenê, vou escolher outra opção pra poder guerrear e não é com o Nenê. Se eu tiver que baixar a linha e fazer a transição, eu vou escolher outro que não seja o Nenê. Então, já que eu tenho o privilégio de ter um cara com essa capacidade técnica, com esse poder de decisão e entendimento de jogo, eu tenho que criar alternativas para que a bola chegue com qualidade pra ele fazer nosso time jogar. Aí entra a minha cobrança em relação ao Nenê. Na hora que chegar esse passe ele precisa ser decisivo e ser o Nenê que a gente espera — revelou Thiago.
Emerson Santos e Fernando Boldrin são alternativas para tornar o meio-campo alviverde mais povoado e assim contribuir para que Nenê tenha mais liberdade para criar as jogadas.
No ataque, David da Hora pode ser mantido, ao lado de Rodrigo Rodrigues. Mas Carpini não descartou a utilização de Ruan e, especialmente, de Robertinho.
— O David pode ter uma continuidade. Ele é um jogador de escape, de ocupar o espaço, talvez num jogo mais apoiado ele tenha um pouco mais de dificuldade. Como o próprio Ruan, que entrou bem contra o Mirassol, fez uma jogada de gol interessante. Estou conhecendo um pouco mais dele, vendo o lado em que ele se sente melhor, onde pode entregar mais. O Robertinho me agrada muito, o conheço desde o Figueirense. A gente tem algumas boas alternativas — finalizou.
Com as dúvidas, a provável formação alviverde contra a Chape tem: Thiago Couto; Reginaldo, Danilo Boza, Romércio (Zé Marcos) e Romário; Gehring (Jean Irmer), Mandaca, Nenê e Boldrin (Emerson Santos); David (Robertinho) e Rodrigo Rodrigues.
O grupo alviverde viajou no começo da tarde até Chapecó.