Após a disputa da Super Copa Gramado na última semana, a ACBF segue sua pré-temporada para a disputa da Liga Nacional de Futsal (LNF) 2023, que começa em 23 de março. Cinco vezes campeã, equipe busca voltar a conquistar a competição após oito anos.
Visando encerrar o jejum de títulos da Liga, a ACBF optou por mudar a filosofia de trabalho. Após a demissão do técnico Edgar Baldasso — que foi auxiliar de Marquinhos Xavier, último treinador a conquistar a LNF pela Laranja — , o clube contratou André Bié, que estava no futsal tailandês, para comandar a equipe na temporada 2023. De 2016 a 2021, o profissional foi multicampeão com o Corinthians, incluindo o título da competição nacional.
— A gente tinha algumas opções além do Bié. Gostávamos do Cassiano Klein e do Marquinhos Xavier, que mora em Carlos Barbosa. Mas o Marquinhos tinha compromisso com a Seleção Brasileira e o Cassiano acabou indo para o Joinville. Contratamos o Bié pela filosofia de trabalho dele e até para mudar um pouco o estilo de jogo em relação ao Marquinhos e ao Edgar Baldasso. O Bié é uma pessoa sensacional, muito leal, gosta de falar com os jogadores. Acertamos em cheio na contratação dele. Ele está feliz e estamos contentes com o trabalho dele até então — comentou Luir Marciano Scheibel, presidente da ACBF, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
SUPER COPA GRAMADO
Antes da disputa da Liga Nacional e do Gauchão, a ACBF participou da Super Copa Gramado, um dos principais torneios de pré-temporada do futsal brasileiro. Na competição — que reuniu sete equipes participantes da LNF —, a equipe laranja acabou se despedindo ainda na fase classificatória.
Na estreia, a ACBF venceu a S.E.R. Gramado por 5 a 0. Depois, perdeu para Praia Clube, por 1 a 0, e Joinville, por 3 a 2. Apesar da eliminação precoce, Luir Scheibel se mostrou satisfeito com o desempenho da equipe no torneio.
— Não tivemos resultados bons, mas fizemos bons jogos. Contra o Praia Clube, perdemos de 1 a 0, mas criamos inúmeras chances. Também perdemos para o Joinville, por 3 a 2, onde falhamos em dois tiros livres, além da arbitragem ter marcado um pênalti que não foi. Enfim, não tivemos uma boa participação em relação a resultados, mas dá para ver que o início de trabalho do Bié está sendo bacana. A equipe está com entusiasmo, vibrante. O Bié nos pediu uns quatro meses para os jogadores entenderem a filosofia de trabalho dele — disse o mandatário.
MONTAGEM DO GRUPO
Para 2023, a ACBF conta com outros quatro reforços além do novo treinador. O clube contratou, até então, os fixos Daniel Ferreira (ex-Joinville) e Willian Peru (ex-Jimbee Cartagena, da Espanha), e os pivôs Guilherme Reis (ex-Atlântico) e Dill (ex-Blumenau). Além das novidades, nove jogadores da temporada passada permanecem em Carlos Barbosa: os goleiros Ryan e Pedro Bianchini, o fixo Fernando e os alas Pedro Rei, Mithyuê, Pedrinho, Murilo e Bruno Iacovino. O pivôs Roni e Éder Lima, que faziam parte do elenco em 2022, foram para o Joinville.
— A montagem do elenco não foi bem o que o Bié gostaria, porque a gente estava com um treinador diferente, que era o Edgar Baldasso, que já vinha no seu terceiro ano. E aí, com a eliminação na LNF, houve uma pressão e a gente encerrou o contrato dele um pouco antes. E a montagem do elenco vinha sendo em cima das opções que ele havia nos pedido, dentro de uma realidade financeira. Então, com a saída do Edgar, a gente contratou o Bié em novembro. Nesse período, muitos atletas já estavam acertados ou renovados, e o Bié pediu algumas contratações, mas, no momento, tínhamos poucas alternativas — revelou Luir Scheibel, que completa:
— Muita gente critica que não é uma grande equipe, e eu concordo. Porém, os últimos vencedores da Liga Nacional eram dificilmente apontados como favoritos. A equipe é competitiva, mas só o tempo vai dizer se vai dar certo ou não. O Bié está nos pedindo um pivô, e estamos buscando um fora do Brasil. Estamos aguardando a concretização dessa negociação. Também precisamos de um ala esquerdo, mas aí entra em uma questão orçamentária e, neste momento, não temos recursos. Mas estamos sempre de olho no mercado — concluiu o presidente da ACBF.