Após sete rodadas do Campeonato Gaúcho, o torcedor do Juventude se pergunta: Por que o técnico Celso Roth deu poucas oportunidades aos jovens oriundos das categorias de base? No elenco que começou a temporada, oito atletas são criados no clube. No entanto, somente dois receberam alguma oportunidade e com baixa minutagem.
Em sete jogos, o meia Rafinha entrou somente em uma partida. Foi aos 42 minutos do segundo tempo, na partida da quinta rodada diante do Ypiranga, na derrota por 3 a 2. O jogo teve 16 minutos de acréscimo. Já o lateral-esquerdo Da Rocha entrou no intervalo da partida contra o Grêmio e fez uma boa atuação. E foram só essas entradas. No final do ano passado, ainda no Brasileirão, o Ju utilizou mais os jovens como o Rafinha, o Ruan, Pará, Da Rocha. No entanto, neste começo de ano, isso não teve continuidade.
— Não mudou absolutamente nada. O Juventude, eu acho que nos últimos anos, nunca teve tantos atletas da base participando do grupo que treina diariamente. Temos mais de 10 treinando diariamente com o grupo. O que acontece é uma questão técnica. A participação no time é deles. Vocês falam do Rafinha, do Ruan, mas o Da Rocha apareceu no jogo contra o Grêmio e deu conta do recado. Ele foi no jogo do Ceará e deu conta do recado. É uma questão técnica. A gente coloca à disposição do treinador e ele escolhe os melhores — comentou Luis Carlos Bianchi, integrante do comitê gestor de futebol do Juventude.
No entanto, apesar da boa atuação de Da Rocha no segundo tempo contra o Grêmio, no jogo seguinte ele não foi relacionado e ficou de fora do banco de reservas contra o São José.
— Contra o Grêmio havia dois laterais. O Alan Ruschel e o Da Rocha. O Alan Ruschel esteve abaixo no primeiro tempo e utilizou-se o Da Rocha pela ausência do Guilherme Guedes. Contra o São José, o Guedes estava à disposição. Não é porque o Alan Ruschel não foi tão bem em determinado jogo que vamos arquivar o jogador. Ele faz parte do elenco como os demais — finalizou Bianchi.
O atacante Ruan, 17 anos, de boas participações no ano passado, nem sequer tem sido relacionado. Outros jogadores também não estão recebendo chances nos jogos como os volantes Kelvi e Pará e o atacante Pedro Arthur que retornou ao clube neste ano, mas surgiu na base alviverde antes de ir para o Flamengo.
O Juventude tem o objetivo de vender R$ 2 milhões em jogadores. Por isso, no planejamento está a utilização de pelo menos seis atletas da base no profissional. Apesar da eliminação na primeira fase da Copa São Paulo, o Ju recebeu propostas por atletas jovens. O zagueiro Abner e o lateral-esquerdo Da Rocha, que estão no elenco principal, além do volante Gehring e do centroavante Caíque foram os mais valorizados.
