Os clubes brasileiros têm apostado mais na figura de técnicos estrangeiros. Após o sucesso de Jorge Jesus no Flamengo e Abel Ferreira no Palmeiras esse "fenômeno" se consolidou. Celso Roth, técnico do Juventude, na sua entrevista coletiva de apresentação comentou sobre o assunto. O profissional estava fora do mercado de técnicos há seis anos. Seu último trabalho foi em 2016.
— O que mudou no futebol brasileiro com vinda dos técnicos estrangeiros? Nós tivemos a vinda do Jesus, conhecido meu antes mesmo de se consagrar. O Jesus é contestado em Portugal, tanto que não ficou. Ele veio para cá e foi bem sucedido. Teve sua metodologia vencedora, mas mudou o que no futebol do Flamengo? — disse Roth, que completou:
— Mesma coisa o Abel Ferreira. Se vocês olharem a história da contratação do Abel Ferreira é história de manchete. Ganhou duas Libertadores, está consagrado, com méritos, mas é o time mais gaúcho nacionalmente falando. Não sai jogando, bota a bola na vertical, marca intensivamente, é o time que mais faltas faz no Brasileirão e ninguém percebe isso. Mudou o que no futebol brasileiro? Não é falta de respeito isso não. A gente que já saiu e trabalhou no exterior, agora estamos nesse momento, porque perdemos a Copa de 2014.
Em determinado momento, nesta temporada, o Campeonato Brasileiro chegou a ter 10 técnicos estrangeiros. Desde 2019, mais de 20 treinadores diferentes de fora estiveram no Brasileirão.
— Eu vejo um modismo dos dirigentes de contratar um treinador, porque depois de três meses não vão incomodar. Espero que não seja modismo. Espero que contrate pela qualidade do profissional — encerrou Celso Roth.