A semana está sendo diferente para as gurias do Juventude. Nos últimos dias, viram o apoio dos torcedores aumentar a ponto de pressionar o clube para que elas, enfim, pudessem jogar no estádio Alfredo Jaconi. Deu certo e, agora, na próxima quarta-feira (7), às 15h, elas receberão o Brasil-Far num grande palco. Tudo isso fez com que a expectativa e a felicidade se multiplicassem no vestiário alviverde.
— É um sonho. Jogar no Jaconi vai ser muito gratificante e estamos muito felizes — fala a atacante Teté, de 18 anos.
No Ju desde o início do Estadual, Teté veio do Inter. Aliás, chegou com o status de bicampeã brasileira pela vitoriosa base colorada. Em 2022, integrou os elencos que conquistaram as categorias sub-17 e sub-20 do Brasileirão.
— A experiência foi muito boa, foi diferente, porque eu não estava acostumada a treinar do jeito que treinávamos. Eram sempre fortes os treinos. E sobre os títulos, não tenho nem palavras para expressar o quão gratificante foi — explica.
Titularíssima de Luciano Brandalise, Teté faz parte do grupo que tem a melhor sequência desde a reabertura do departamento feminino alviverde. São três vitórias e um empate que dão às gurias a liderança do Grupo B no Gauchão Feminino. Os resultados, claro, são reconhecidos, mas o foco é sempre no próximo passo.
— A gente vem buscando melhorar a cada jogo. Visamos muito a partida que estamos disputando no momento. Analisamos muito os outros jogos, então, buscamos melhorar cada vez mais.
Agora, contra o Brasil-Far, as gurias do Ju almejam a vitória para confirmar a liderança da chave e, consequentemente, a classificação com uma rodada de antecedência. Com 10 pontos, se pontuarem elas ficarão inalcançáveis aos adversários direitos e já estarão na segunda fase.
— A gente vem trabalhando forte para chegar lá, dar o nosso melhor e fazer uma boa partida — explica.
"Teté foguetinho"
Natural de Cascavel, no Paraná, Teté saiu de casa pela primeira vez aos 14 anos. À época, para defender as cores do Foz Cataratas. Depois, passou pelo Inter. E, agora, chegou ao Ju. As mudanças de cidades são sempre difíceis. No entanto, em Caxias do Sul a receptividade foi tanta que tornou a adaptação mais fácil.
— No começo, é sempre estranho. Clube novo, pessoas novas. Então, é diferente. Mas elas me abraçaram bastante, me receberam muito bem, sempre de braços abertas, muito receptivas — afirma.
Aliás, Teté é tão querida pelo grupo que até música ganhou. Sempre que arranca em velocidade (e põe velocidade) ao ataque, as colegas puxam "Teté foguetinho" em coro.
— Quando a gente faz as análises, dá para perceber que eu fui mais rápida, mas durante o jogo eu não percebo (risos).
No último jogo, inclusive, ganhou até cartaz com os dizeres "Hoje tem gol da Teté foguetinho". As colegas de time diziam, toda vez que ela tocava na bola: "Ela merece. A Teté merece um gol". Não veio, até agora. Mas quem sabe tenha ficado para um momento especial. A primeira partida das gurias no Alfredo Jaconi. Torcida para isso não faltará.