O Caxias coleciona insucessos na Série D do Campeonato Brasileiro. Em seis temporadas na competição, pela quarta vez chega ao mata-mata decisivo e é eliminado. Dessa vez, com um filme de terror. Em vantagem com o 1 a 0 na partida de ida, o empate seria suficiente. Em Natal, o time grená saiu na frente no placar aos 14 minutos do segundo tempo. No entanto, não soube segurar. Sofreu o empate, a virada e o terceiro gol. Tudo num curto espaço de tempo.
Mais uma eliminação. Mais um triste fim melancólico, que inclusive faz o diretor-executivo de futebol, Filipi Cruz, repensar a carreira e deixar o meio do futebol.
— Não sei. Vou falar algo forte. Acabei de falar com meu pai. Vou repensar. É muito difícil ver as pessoas que se dedicam. Vou repensar a minha carreira. Tem coisas que doem demais — afirmou Filipi Cruz, que completou:
— Algumas situações fogem do nosso controle. Acho que o que poderíamos dar de suporte para os jogadores, comissão e staff, a direção fez. Tem coisas que são difíceis de digerir. Sentimos muito, porque têm pessoas que se dedicam demais. O futebol é inexplicável.
Visivelmente abalado na entrevista coletiva pós-jogo, e em determinado momento emocionado, Filipi Cruz não quis individualizar os erros do Caxias na derrota por 3 a 1 para o América-RN.
— Ganha o grupo, perde o grupo. É inacreditável o futebol. Difícil. Não adianta pontar o dedo. Todos ganham, todos perdem — finalizou.