Nesta semana, Diana Kyosen, presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) se reuniu com José Agtônio Guedes, secretário Nacional do Paradesporto (SNPAR), que esteve em Caxias do Sul para acompanhar a abertura da 24ª Surdolimpíada de Verão.
Durante o encontro, eles alinharam algumas questões para elaborar políticas nacionais para a formação de jovens surdoatletas. Atualmente, a SNPAR conta com o Programa Sinais, que atende jovens com deficiência auditiva em situação de vulnerabilidade social, com ações nas áreas de esporte, cultura e educação.
Segundo José Guedes, ele aproveitou sua vinda a Caxias para conversar com representantes de algumas das principais potências mundiais do movimento surdolímpico, que estão no Brasil para o evento, que segue até o dia 15 de maio.
— A partir dos estudos realizados na última edição da Surdolimpíada Nacional, em São José dos Campos, identificamos que os surdoatletas brasileiros estão com uma faixa etária acima, quando comparado a surdoatletas de outras potências mundiais. Por isso, entendemos que precisamos aproveitar este momento que o desporto de surdos está vivenciando, para deixar um legado a toda comunidade surda — explica Guedes.
Segundo o secretário, a ideia é construir um políticas públicas para promover a formação dos surdoatletas, fortalecendo o paradesporto e o desporto de surdos no Brasil. Para Guedes, a realização de um evento com a dimensão da Deaflympics é fundamental para fortalecer o movimento do esporte para atletas surdos.
— O movimento surdolímpico precisa de eventos deste porte para mostrar a força do desporto de surdos. Além disso, faz com que a gente repense as ações para garantir o desenvolvimento de nossos atletas — finaliza Guedes.
De acordo com Diana Kyosen, a elaboração desse programa será feita em conjunto entre a CBDS e a SNPAR.
— Vamos trabalhar juntos na criação de um programa sólido que irá beneficiar nossos surdoatletas e, com certeza, incentivar o desenvolvimento de novos talentos. E para isso, contamos com o patrocínio do governo federal e das Loterias Caixa, parceiros fundamentais para fomentar o movimento surdolímpico no Brasil — contou Diana.