É unânime. O Juventude precisa de reforços. A torcida pede, a diretoria tem consciência disso e está trabalhando na busca por novos contratados. Até o momento, quatro nomes já foram confirmados: o volante Yuri, o zagueiro Thalisson Kelven, o lateral-esquerdo Busanello e o meia-atacante Edinho. No entanto, nenhum deles empolgou o torcedor alviverde, porém o Ju aposta em nomes jovens que possam se destacar no Brasileirão. O prazo para contratar é até 12 de abril.
A reformulação no elenco não passa somente por chegadas. Duas saídas já estão confirmadas. O volante Ricardinho e o atacante Hélio Borges não permanecem. Os dois jogadores ainda tinham contrato até o final do próximo mês, mas não serão renovados e foram liberados.
— Do término do Gauchão para agora, já tivemos quatro chegadas. Temos ainda algumas negociações em aberto, algumas melhores encaminhadas. Eu, dificilmente, gosto de dar número. É uma pressão desnecessária que a gente traz para nós mesmos, mas temos definidas as saídas do Ricardinho e do Hélio Borges. Eles tinham contrato até o dia 30/4 e antecipamos para adiantar a vida deles, já que neste ano inicia a janela nacional que fecha no dia 12/4. Tem algumas outras coisas de saída que ainda podem acontecer, mas de chegada tem muita para acontecer — comentou Marcelo Barbarotti, diretor-executivo de futebol do Juventude.
As mudanças no elenco alviverde não passam por rescisões. O Juventude não tem a intenção de dispensar atletas, neste momento. O grupo de jogadores é considerado pequeno por conta das poucas contratações.
— Talvez, até tivesse condição financeira, mas não seria uma atitude inteligente rescindir contrato de oito ou nove meses pagando salário. A maioria dos jogadores nossos, que estão rendendo pouco, tem consulta para empréstimo. Nós queremos qualificar o grupo e esperar. Por enquanto, não dá para falar. Se tirarmos as saídas do Ricardinho e Hélio Borges e mais os meninos da base, e dois ou três ativos, o nosso grupo é pequeno. Precisaríamos trazer cinco ou seis sem mandar ninguém embora. Depois, podemos emprestar alguém — admitiu Osvaldo Pioner, vice-presidente de futebol do Juventude.
O elenco precisa de reforços e as posições que mais exigem cuidado são para o meio-campo e ataque. No Gauchão, o Juventude sofreu com poucas peças para as pontas e isso dificultou a situação alviverde.
— Nossa necessidade é no meio-campo. Temos uma convicção que precisamos de um meio-campo um pouco mais sanguíneo e agressivo. Temos algumas peças que tenham condição de fazer um jogo de passe e combinado, mas consigo te trazer dados físicos em relação a isso. Nós tínhamos uma equipe, no ano passado, que corria 1,3km por atleta. Esse ano, temos 900 metros. Estamos com déficit grande de rotação de velocidade em alta intensidade. Isso é um dado que o GPS dá. O coração está no meio-campo. Estamos priorizando também os atacantes pelos lados — disse Barbarotti.
Critério para contratar
Dois jogadores anunciados pelo Juventude estão sem atuar desde o ano passado. O volante Yuri e o meia-atacante Edinho. Com isso, os critérios de contratações são discutidos pelo torcedor. No entanto, a questão financeira pesa e o Verdão não consegue outros nomes que estavam atuando com mais frequência.
— O atleta que era o titular do Fortaleza, a gente não tinha condição de trazer. Por isso, não trouxemos. O Edinho é um caso de outros que vão acontecer. Vai dentro daquele entendimento de mercado. Se nós quisermos ir em alguns atletas que queremos, mas nós não temos condição de realizar esse negócio. É um pouco simples, se a gente quiser entender um pouco e ter essa reflexão. Eu quero tirar um carro zero, mas não posso e tenho que pegar um usado. Por exemplo, tentamos o Fabrício Daniel, mas tinha que colocar milhões no negócio e nós não tínhamos condição de fazer. Outra equipe fez. O Juventude não está dormindo, chegou no nosso limite e não conseguimos — finalizou Barbarotti.