O torcedor alviverde só aumentou a bronca com o departamento de futebol após a coletiva realizada nesta quinta-feira (24) no Alfredo Jaconi. Por mais que tenha razão em alguns pontos, existe também um pouco de pressão exagerada. Ou até vestígio de uma falsa impressão deixada em 2021.
Ao garantir a permanência na elite, e também durante o Brasileiro do ano passado, muito se falou de um Juventude mais forte nesta temporada. O mesmo se projetou no Gauchão. E o que acontece até aqui é exatamente o contrário. Isso é o que assusta. O vexame no Estadual potencializou a sensação de que o clube erra demais nas contratações e no seu planejamento. E quase sempre personifica essa situação em Marcelo Barbarotti, que desabafou citando “não ter as chaves do clube”.
O fato é que o Juventude ainda não tem força e nem potencial financeiro para se igualar a maioria dos rivais da elite nacional, e até de times que subiram de divisão. Dá para se questionar as opções de mercado em um ou outro nome, mas a realidade é essa. Buscar atletas que não estejam na vitrine. E apostar.
Foi assim com Dawhan, Vitor Mendes, Matheus Peixoto, Castilho, Wescley e Paulinho Boia, entre outros. O grande desafio é acertar mais do que errar e, principalmente, montar um grupo que seja mais competitivo do que aquele que se viu no Estadual.
Até agora, as apostas em Darlan e Parede, e as permanências de Chico e Ricardo Bueno não deram a resposta esperada. Quem sabe, seja diferente na Série A.
CARÊNCIAS
Além de confirmar Thalisson, um jovem zagueiro que vem do Mirassol, a direção do Juventude deixou evidente as principais carências do time. Faltam extremas e meias que possam trazer algum diferencial técnico ao grupo.
Já é um indício importante de que o caminho pode sim ser corrigido durante essa preparação. De qualquer forma, não adianta o torcedor esperar jogadores de outro patamar, titulares de Série A. Virão novas apostas.