O Juventude conseguiu uma vitória marcante diante do atual bicampeão brasileiro. A equipe do técnico Marquinhos Santos derrotou o Flamengo e conquistou o segundo resultado positivo da equipe no retorno ao Brasileirão. Triunfo com grande poder de representatividade para quem volta a atuar entre os grandes 14 anos depois.
— Representa muita coisa. A certeza que o trabalho está sendo bem feito. O Marquinhos está conseguindo que a equipe renda um pouco mais. Ele tem longa experiência de Série A. Vencer o Flamengo não é todo dia e para qualquer equipe. Com gramado pesado, o pessoal tem que entender isso: chove há alguns dias aqui em Caxias. Nosso gramado novo tem uma camada de quatro ou cinco centímetros de argila e nos primeiros seis meses não dá para perfurar. Ele vai melhorar. Soubemos entender o jogo e acabamos tendo vantagem com um belíssimo gol do Peixoto — comentou Osvaldo Pioner, vice-presidente de futebol do Juventude.
Com a vitória diante do Flamengo, o Juventude consegue uma sequência de três partidas sem derrota na Série A. Além de passar pelo Rubro-Negro, tem vitória diante do Sport e empate contra o América-MG. Um passo importante na luta para se manter na elite do futebol nacional.
— Não é só esse resultado. Com toda sinceridade, não estamos fazendo a conta de competição paralela de quem rebaixa e quem não rebaixa, e que temos que fazer tantos pontos. Essa maluquice não entra na nossa cabeça. É jogo a jogo. A nossa conta é neste sentido. Esse grupo me lembra muito do crescimento que tivemos na Série C e na B — afirmou Pioner.
O Juventude perdeu alguns pontos na reta final dos jogos contra Cuiabá e América-MG, no entanto, diante do Flamengo conseguiu manter o resultado e segurou o adversário. Uma evolução técnica e anímica para a sequência da competição.
— O nosso grupo entendeu o gramado. Gostamos de tocar, mas hoje não dava. Nosso grupo está muito interessado no jogo e unido. O grupo tem feito a diferença na entrega, no interesse, na força — analisou o dirigente.
Marquinhos e Peixoto
O técnico Marquinhos Santos tem conseguido um começo da Série A com o Juventude, apesar da desconfiança e da cobrança inicial. A direção sempre bancou a manutenção no treinador, por acreditar no trabalho dele e de toda a comissão.
Houve pressão, ele não era unanimidade e ainda hoje não é. Estamos muito contentes com toda a comissão técnica
— Eu não gosto de comentar essas coisas e dar resposta provocativa. Temos muita convicção no trabalho. Nós pensamos grande e sonhamos. Não vai ser num tropeço que vamos abandonar o que pensamos. Houve pressão, ele não era unanimidade e ainda hoje não é. Estamos muito contentes com toda a comissão técnica — disse Pioner.
O centroavante Matheus Peixoto chegou ao quarto gol na Série A e fez pelo terceiro jogo consecutivo. Na temporada, são oito marcados em 19 jogos. O jogado tem se mostrado efetivo. Mesmo assim, a direção busca outro nome para compor o elenco nesta função. Atualmente, só Peixoto como camisa 9 no grupo.
— As reposições que precisamos colocar estão bem claras. Nós continuamos buscando, mas não para tirar ninguém do lugar. Nós temos dois goleiros. Contra o Sport, o Carné saiu com dor no dedo e já deu um pânico, porque teríamos só mais um. Precisamos de mais um goleiro e um centroavante, mas não que o Peixoto não tivesse dado conta do recado — finalizou Pioner.