O duelo deste domingo (6), às 18h15min, contra o Athletico-PR, marca a estreia em casa do Juventude no Campeonato Brasileiro. É também um reencontro com o Estádio Alfredo Jaconi, que passou por reformas e não foi utilizado no Estadual. Taticamente, será um desafio para o Alviverde enfrentar uma equipe com um modelo de jogo consolidado nos últimos anos, com sucesso em competições nacionais e continentais e desenvolvido por treinadores como Paulo Autuori, Tiago Nunes, Fernando Diniz e Eduardo Barros, atual auxiliar-técnico do Ju.
Nono colocado no Brasileirão do ano passado, o Furacão permanece com seu método de mesclar reservas e aspirantes no Campeonato Paranaense, enquanto os titulares se dedicam a disputa da Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e Série A. Na competição da Conmebol, o clube da Arena da Baixada está classificado para as oitavas de final. Foram cinco vitórias e apenas uma derrota na primeira fase, para o Melgar-PER. A chave também tinha Aucas-EQU e Metropolitanos-VEN.
A partida também é o reencontro do técnico Marquinhos Santos com a Série A, após cinco anos ausente. Do lado do visitante, o português Antônio Oliveira viu seus comandados ficarem devendo nos últimos dois jogos, quando venceu o América-MG, por 1 a 0, e empatou em 1 a 1 com o Avaí, pela Copa do Brasil. Como uma prévia do confronto, o Taticamente te convida a conhecer detalhes do adversário do Verdão.
Aos 28 anos, Nikão é o principal jogador do Athletico-PR. Contratado em 2015 pelo clube paranaense, ele é um dos remanescentes do time que conquistou a Copa Sul-Americana e Copa do Brasil com Tiago Nunes. No início do ano, foi especulado no Grêmio, mas a negociação não aconteceu. Jogador de muita força e velocidade, que no esquema atual tem bastante liberdade para partir da ponta direita e receber a bola pelo centro. No último jogo, inclusive, ele atuou como meia-atacante, com Carlos Eduardo e Vitinho pelas pontas.
Abner Vinícius, convocado para a Seleção Brasileira Olímpica, será substituído por Nicolas, lateral-esquerdo também formado pelo CAP, mostrando como o clube valoriza as categorias de base. Santos, Khellven, Christian e Vitinho também foram formados no CT do Caju.
Posicionamento inicial
Saída de bola
O CAP busca construir os seus ataques desde o goleiro e os zagueiros, que se posicionam próximos da pequena área, para receber um passe curto e rasteiro. Com a bola nos pés, os zagueiros Thiago Heleno e Pedro Henrique usam lançamentos cruzados para os pontas. Eventualmente, o volante Richard recua entre os zagueiros para ser um terceiro jogador de linha na saída de bola, possibilitando que os laterais avancem ao campo de ataque.
Movimentos de ataque
O Furacão é um time bastante vertical, que sempre procura os passes para frente, e de velocidade. Quando chega ao campo ofensivo, a ordem é acelerar os movimentos e a troca de passes. Jogando na Arena da Baixada, com a grama sintética, esse tipo de jogo é potencializado. Os pontas, Vitinho e Nikão (ou Carlos Eduardo) são jogadores com características de velocidade e costumam se movimentar buscando o centro do ataque. Assim, o centroavante Renato Kayser sempre conta com companheiros próximos para tabelar. Pelos lados, os laterais têm liberdade para chegar na linha de fundo. A função do camisa 10 ainda é uma incógnita. Léo Citadinni perdeu espaço para Jádson, que também não teve bom rendimento. O uruguaio Terans, recém contratado, é uma esperança por ali.
Como defende
O Athletico-PR se organiza defensivamente no 4-4-2, com o recuo do ponta para a linha de volantes, e o avanço do meia para a linha do centroavante. É um time que costuma utilizar da pressão alta, sempre tentando se igualar ao adversário em número de jogadores no setor em que o rival está com a bola. O volante Christian, ex-Juventude, é um dos jogadores que sobe a pressão para auxiliar os atacantes.