Após a eliminação do Caxias para o Mirassol, na Série D, é natural que muitas perguntas fiquem no ar. Há que se concordar com Rafael Lacerda que a temporada de 2020 foi muito mais tranquila no extracampo, quando comparada com o ano de 2019. Mas ainda assim, muitas situações ficaram abertas. A saída do preparador de goleiros Daniel Crizel e as férias ao auxiliar Jeferson Ribeiro durante a competição soaram estranhas nas últimas semanas.
— Esse ano não tive nenhum problema com atleta. Não teve problema com a noite, com rede social ou vizinho reclamando de festas. A saída do Jeferson não teve problema nenhum. Nenhum atleta perguntou sobre isso e o Jeferson tem uma relação muito boa com os atletas. A questão do Daniel, não vou entrar em detalhes, porque tenho que respeitar o profissional. Teve algumas turbulências e não foram comigo, depois eu tive que me envolver porque eu sou o comandante do trabalho, mas ele decidiu sair. Nós tivemos uma conversa e acertamos que ele iria até o fim da Série D, mas depois ele pediu para sair. Teve os problemas dele com a comissão técnica, acertamos que ele iria até o final da Série D porque ele gostava de trabalhar com Pitol, André e o Eder. Mas não teve nenhum problema. Caxias caiu em campo, perdeu nos pênaltis — afirmou o treinador.
A segunda polêmica foi o zagueiro Renato defender o time de futebol 7 do Grêmio, um dia após o Caxias vencer o Mirassol, na primeira partida da segunda fase. Segundo Lacerda ninguém sabia dessa situação do atleta, tanto que o jogador treinou normalmente durante a semana e teve suas duas atuações avaliadas como positivas.
— De maneira alguma, o clube sabia. De maneira alguma o Lacerda, ou qualquer outra pessoa autorizaria — comentou o técnico.
Por fim, a postagem polêmica que o treinador fez nas suas redes sociais às vésperas da decisão com o Grêmio, no Gauchão, parecia direcionada ao Juventude e dizia: "Agora é nos preparamos para a grande final. Está ruim? Imagina para quem está de férias ou para quem vai assistir pela TV! Boa noite".
No entanto, o treinador garantiu que essa postagem tinha outros endereços. Sem dizer à quem, Lacerda deixou a entender que era para outros treinadores que trabalharam em clubes do interior do Estado, durante aquela campanha.
— Não foi para o Juventude. Nunca tive problemas com o Juventude ou me envolvi em polêmicas com o clube. Eu fui muito questionado, teve treinador no Gauchão que nem me cumprimentava. A nossa comissão falava 'o quê é isso?', que os treinadores adversários do interior não nos respeitavam. Eles achavam que eu era o auxiliar e que em três ou quatro rodadas iria cair. Mas de maneira alguma faria isso para o Juventude, até porque eles estão numa Série B. Nunca faria isso. Foi direcionada. A rede social é um grande problema e eu era assíduo, mas consegui sair. Foi para pessoas que de certa forma não nos respeitaram — explicou.