Quando a bola rolar, neste domingo (13), às 15h30min, no Estádio Municipal José Maria de Campos Maia, em Mirassol, o futuro do Caxias estará em jogo. A equipe grená enfrenta o Mirassol, na partida de volta na segunda fase da Série D. Após a vitória por 1 a 0, em casa, o time do técnico Lacerda terá a vantagem do empate para continuar vivo na competição nacional e seguir em frente na luta pelo acesso.
Mesmo com ausências importantes no time titular, como o lateral-direito Ivan, o zagueiro Thiago Sales, o lateral-esquerdo Bruno Ré e o centroavante Giovane Gomez, artilheiro da equipe na Série D, o Caxias aposta na força do elenco para voltar de São Paulo com a classificação.
— Não tem nada definido. Conseguimos um bom resultado no primeiro jogo e será uma partida bem difícil, como foi a primeira. Temos as dificuldades das perdas de atletas, mas vamos o pessoal que jogar é uma chance de demonstrar seu potencial. Por isso, tem um grupo — comentou o goleiro Marcelo Pitol, que retorna ao gol grená.
A defesa titular no primeiro jogo no Estádio Centenário será alterada quase que na sua totalidade. Apenas o zagueiro Renato será mantido e terá continuidade. Nas laterais, o técnico Rafael Lacerda terá que improvisar. Neste cenário de alterações e dificuldades, o Caxias contará com a volta do experiente goleiro Marcelo Pitol.
— É uma situação complicada. Não adianta a gente ser hipócrita e dizer que é normal, porque mudou a defesa inteira praticamente. Mudaram os zagueiros e os laterais. O Renato é novo na equipe. Mas a confiança do pessoal que vai jogar precisa ser muito grande. Temos que estar tranquilos, sabedores que as dificuldades aconteceriam mesmo que todos estivessem à disposição. Concentração e cobrança nossa — disse Pitol.
O goleiro não participou da primeira partida, pois estava em recuperação da covid-19. Mesmo assim, acompanhou o jogo e conhece bem as características do Mirassol. Todos os cuidados são fundamentais para conseguir a classificação.
—É uma boa equipe, se não nem estaria classificada. É uma equipe que tem um treinador tão bom quanto o nosso. É um cara experiente. Tem atletas com um nível muito bom, mas sou mais a nossa equipe e confio nela. É futebol e depende do dia e do momento. Esperamos estar fortes para sairmos vitoriosos — afirmou o camisa 1.
Marcelo Pitol é um jogador identificado com o Caxias. No clube, ele participou do processo de retorno à primeira divisão do Gauchão em 2016. No ano seguinte, foi campeão do interior. Nesta temporada, foi campeão da Taça Ewaldo Poeta e vice-campeão gaúcho. Agora, para marcar ainda mais o nome na história grená, busca o acesso, que seria o primeiro na história do Caxias em divisões nacionais.
— A gente sabe do carinho do torcedor e eu tenho um amor pelo Caxias. Sou um torcedor do Caxias. Vou tentar fazer meu melhor com o grupo. A gente quer muito esse acesso. Vamos lutar e precisamos da vibração do torcedor, pena que eles não podem estar conosco no dia a dia. O Caxias merece estar numa Série C, é um clube grande — admitiu Pitol.
Recuperado da covid-19
Pitol ficou afastado dos treinamentos na semana do primeiro jogo contra o Mirassol. Ele testou positivo para o coronavírus. Recuperado, está de volta e relembra os momentos em que esteve com a doença ativa.
— A gente sente um pouco o retorno, mas faz parte. Todos os atletas sentiram. É uma situação difícil essa doença. Fiquei alguns dias mal, com dor de cabeça, perdi o olfato e o paladar. Eu perdi quatro quilos. Deu tudo certo e voltei aos treinos neste semana. Estou me sentindo bem e vamos para esse duelo que é uma decisão — comentou Pitol, que revelou na oportunidade ter pedido para o clube não divulgar o nome dele como um dos infectados:
— Eu pedi para o clube não divulgar. Eles me ligaram e eu pedi pela minha família. Fiquei quieto na minha. Eu achei melhor para não ter alarde e não criar situações no grupo.