Um adversário experiente e com muita história no basquete nacional. Guerrinha é o comandante do Mogi, rival do Caxias do Sul Basquete/Banrisul na série de quartas de final dos playoffs no NBB 10. O primeiro duelo será sábado, às 14h, no Vascão, com transmissão da Band. Os ingressos já estão esgotados.
Como jogador, Guerrinha fez história em vários clubes e com a camisa da seleção brasileira. Ele estava na conquista memorável da medalha de ouro no Pan-Americano de Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, diante dos donos da casa.
À frente do Mogi há dois anos, ele sabe que não terá vida fácil neste playoff. E, por isso, espera contar com a experiência do seu grupo de atletas, recheado de jogadores campeões e com rodagem internacional.
Após acompanhar de “camarote” as oitavas de final, Guerrinha e o time do Mogi aproveitaram os 15 dias sem jogos para recuperar a equipe e entrar de cabeça na série contra Caxias.
— Em toda série que você entra, tem que pensar nos cinco jogos. Independente se for em três. Qualquer uma das equipes tem condições de fechar em 3 a 0, 3 a 1 ou 3 a 2 — disse o treinador.
Na entrevista para o Pioneiro, o treinador mogiano falou sobre a expectativa sobre a série e os desafios para encarar o embalado Caxias Basquete, time que diz conhecer muito bem.
Tempo sem jogo
— Está dentro do que a gente precisava. Estamos com 58 jogos na temporada. Precisávamos deste tempo. Vínhamos de uma sequência só jogando fora de casa nos quadrangulares da Liga das Américas e uma quantidade de jogos muito grande. Tivemos suspensão de mais da metade da equipe, contusões e conseguimos administrar tudo. Esses quinze dias para nós foram fantásticos. Deu para reequilibrar a equipe e estamos em um momento muito bom da preparação, tanto física quanto tática. Com bastante ritmo de jogo, pois estamos em um padrão de competição bem forte na temporada.
Enfrentamento com Caxias
— Nós tivemos três jogos com o Caxias, um na pré-temporada e dois no campeonato. De Caxias e Botafogo não dá para ter nada de base disso aí. Dá para analisar algum modelo de jogo, alguns detalhes, mas é outra situação. Caxias está em um momento muito bom, com moral. Nós também. Somos uma equipe que está há cinco anos junta. Eu estou há dois anos com o time. Também estamos crescendo e fortalecendo. Nenhum time chega melhor nesse momento.
O time do Mogi
— Minha equipe é muito competitiva. São jogadores experientes em sua maioria. É um time que gosta do desafio, de jogar fora de casa. É uma das melhores defesas da competição junto com Franca. Nessa temporada, apesar de ter um potencial de jogadores que atacam muito bem, em um nível de Shamell, Larry Taylor, Tyrone e Caio Torres, entre outros, o que mais fortaleceu este ano foi a defesa. Vamos levar isso para os playoffs.
O que esperar da série
— Somos mais experientes como equipe, mas conheço bem o Caxias. O Alex foi meu jogador muito tempo em Bauru. Conheço muito bem, é um jogador muito importante no sistema de jogo do Caxias. Os dois Cauês começaram na minha escolinha em Franca, e são jogadores muito qualificados, assim como outros atletas. Tem o Caferatta, o Paranhos, o Marcão, o Pedro, – que o Jean, pai dele, jogou comigo. Então conhecemos bem a equipe deles e eles a nossa. Vai ser uma série muito competitiva. Duas cidades que gostam do basquete e equipes que jogam de forma moderna. O público vai poder aproveitar bastante.
Apoio da comunidade de Caxias
— É fruto de um trabalho muito legal por parte do Rodrigo e de todos envolvidos. É isso que o basquete tem mostrado com um nível de organização muito grande. Está crescendo o esporte. Isso é muito legal para quem ama, gosta e vive do basquete.