Num passado nem tão distante, saber bordar era predicado indispensável a mulheres belas, recatadas e do lar. A lista de atributos das moças consideradas "boas para casar" era engordada com habilidades como cozinhar (bem) e costurar, tendo em vista, quase sempre, os cuidados com o futuro marido e os filhos. Com o passar do tempo, essas exigências foram perdendo força, e os trabalhos manuais foram ressignificados. Nesse contexto, meadas de linha, agulhas e tela passaram a ter outro simbolismo para mulheres como a jornalista Bruna Antunes, 31 anos.
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Por meio de iniciativas como o curso de Bordado Empoderado, criado por ela em Porto Alegre no fim de 2015, o ponto-cruz e outras técnicas transformam-se em ferramentas para a disseminação de ideias feministas. A ideia partiu de uma amiga que pediu a Bruna para ensiná-la a bordar.
– Vi que tinha uma oportunidade de juntar as aulas de bordado ao ativismo feminista e resolvi encarar – conta ela, que no início do mês subiu a Serra em dois sábados para ensinar um grupo de mulheres em clima bastante informal, em um café em Bento Gonçalves.
Arte têxtil
Bordado é ferramenta para discussões como gênero e feminismo em oficina da jornalista Bruna Antunes
Nos encontros, linhas, agulhas e telas passam a ter novos significados
Diego Adami
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