Falecida no último dia 10 de agosto, aos 85 anos, dona Alayde Ramos de Andrade Damin recebe as últimas homenagens de familiares e amigos no próximo domingo, dia 21, durante a missa de sétimo dia, na Igreja Matriz de Santa Lúcia do Piaí. E, a partir da colaboração do historiador e pesquisador Éder Dall’Agnol dos Santos, trazemos aqui parte de sua trajetória no distrito.
Filha de Luiz Martins de Andrade (1888-1941) e Santilina Ramos (1913-1970), Alayde nasceu em Santa Lúcia do Piaí em 8 de maio de 1937. Conhecido por “Luiz Soldado”, o pai era funcionário público municipal e trabalhava nas aberturas de estradas - além de chefe responsável pelas obras, seu Luiz atuava ainda com PM no distrito, nos tempos da intendência de São Sebastião do Caí.
A convivência de ambos, porém, durou apenas até os quatro anos da menina - em 7 de julho de 1941, Luiz (foto abaixo) faleceu precocemente, vítima de uma síncope cardíaca, deixando Alayde órfã. Viúva e com uma filha pequena, Santilina casou-se novamente, desta vez com o senhor Teodoro Geras, também morador de Santa Lúcia do Piaí.
CASAMENTO EM 1957
Em 12 de janeiro de 1957, Alayde uniu-se em matrimônio com o jovem Fiorentino Joaquim Damin, filho de Antonio Damin e Stanislava Geras - em cerimônia realizada pelo padre Roque Castellano na Igreja Matriz do distrito. Conforme destacado por Éder, a família de Antônio Damin era vizinha da família de Luiz de Andrade, sendo seu Antônio o declarante do óbito de Luiz.
Após o casamento, Alayde e Fiorentino permaneceram residindo na casa paterna da família de Fiorentino, onde nasceram os primeiros dois filhos do casal, José e Eliana. Naqueles tempos, Alayde auxiliava nos serviços domésticos, juntamente com as cunhadas. Pouco tempo depois, seu Fiorentino adquiriu as terras onde reside até hoje, no Travessão Virginio Zanotti, localidade conhecida como Samambaia.
Ali, Fiorentino e Alayde criaram os 11 filhos: na sequência de José e Eliana, vieram Luiz, Paulo, Glademir, Roselaine, Dilamar, Sidinei, Luciano, Luciana e Elaine. Enquanto os mais velhos auxiliavam o pai no trabalho da lavoura e nas plantações, dona Alayde cuidava da casa e dos filhos menores.
Na imagem abaixo, o casamento de Fiorentino e Alayde em 1957. Na foto que abre a matéria, parte da família em meados da década de 1960. Estão na foto o casal com os filhos Luiz, Paulo, Glademir e Eliana.
ATUAÇÃO COMUNITÁRIA
Dona Alayde era conhecida pelos familiares e vizinhos como uma pessoa caridosa, que buscava ajudar a todos. Fazia parte da Congregação das Filhas de Maria e, sempre que possível, frequentava as missas na Igreja Matriz de Santa Lúcia do Piaí. Também era devota de Nossa Senhora Aparecida e Caravaggio. Não tendo irmãos, sua família, como ela mesmo dizia, eram seu esposo, filhos, netos e bisnetos.
A saber 1: os Damin estão em Santa Lúcia do Piaí desde 1886.
A saber 2: a família Damin é conhecida em Santa Lúcia pela produção de morangos e alguns tipos de hortaliças. Dona Alayde, juntamente com o esposo Fiorentino - prestes a completar 87 anos - e os filhos, costumava ajudar a embalar os morangos, para depois serem comercializados na Ceasa, em Porto Alegre.
FALECIMENTOS EM 1970
Dona Alayde perdeu a mãe, dona Santilina, em 1º de junho de 1970 - vítima de leucemia, aos 56 anos. A morte de Santilina gerou uma grande comoção na época, tanto para Alayde quanto para os filhos mais velhos. Menos de dois meses depois, em 19 de julho de 1970, faleceu também sua sogra, dona Stanislava Geras Damin, aos 71.
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Com informações disponibilizadas pelo historiador Éder Dall’Agnol dos Santos.