Dois ícones de Caxias — um do comércio, outro do setor têxtil — enquadrados em uma mesma foto, às vésperas da festa maior da cidade. Esta poderia ter sido a legenda original da imagem acima, registrada em janeiro de 1986.
Era a época em que dezenas de empresas locais tinham na Festa da Uva a sua grande “vitrine” e “cobriam” as ruas centrais com publicidade aludindo ao evento e à sua própria trajetória. A então Malharia Pettenati foi uma delas. E aproveitou a edição de 35 anos atrás para destacar o slogan “a malha que o Brasil exporta” — junto a uma alegoria mesclando cachos de uva e barris de vinho, no pórtico próximo à esquina das ruas Sinimbu e Dr. Montaury.
História
Surgida em 1964, a atual Pettenati Indústria Têxtil deu início a suas atividades produzindo peças de malharia retilínea. Já na década de 1970, incorporou a fabricação de tecidos de malharia circular, exportando para diversos países a partir de 1971.
Com matriz e fábrica de tecidos em Caxias do Sul, além da unidade Pettenati Centro América, inaugurada em 2008 em El Salvador, a empresa é uma das mais modernas tecelagens de malharia circular da América Latina.
Já a tradicional Lojas Magnabosco dispensa apresentações. Fundado em 1915 pelo imigrante italiano Raymundo Magnabosco, o grande magazine chega aos 106 anos como o mais longevo do centro de Caxias, mesclando tradição, clientela fiel, modernidade e renovação.
Ao mesmo tempo em que trabalha o conceito “loja dentro da loja” — com espaços exclusivos de diversas marcas nacionais e internacionais —, resgata suas origens na Quitanda Magnabosco, no último andar. A loja de grãos e especiarias reconfigura o conceito de secos & molhados que abastecia a população da vila e os caixeiros viajantes de um século atrás.
Detalhe saudosista 1: quem, nos anos 1980, vestiu jeans e camisas Krieger?
Detalhe saudosista 2: Sinimbu de paralelepípedos e Dr. Montaury com estacionamento oblíquo.