O clássico gaúcho pela 34ª rodada do Brasileirão não será definitivo para o futuro do Juventude na competição. Se vencer, ainda não estará livre do rebaixamento. Se perder, a briga ainda estará longe de estar encerrada.
Mas, o fator anímico de um resultado diante do rival, que também vive um momento delicado, precisa ser levado em conta ao se projetar a partida na Arena.
Em relação ao desempenho em campo, o Juventude não tem motivos para deixar de acreditar. Durante boa parte da temporada, mostrou ser um time competitivo, que tem bons valores individuais e um conjunto que, se bem organizado, poderia fazer frente aos grandes.
Um dos exemplos está justamente no enfrentamento do primeiro turno, no 3 a 0 aplicado no Tricolor, no Alfredo Jaconi. Sem contestações.
Agora, o cenário é diferente por tratar-se de uma decisão. O Grêmio sabe da importância da partida e deve fazer um grande movimento para trazer jogadores que estão defendendo suas seleções na Data Fifa. Além disso, um novo tropeço em casa poderia afundar a equipe em uma crise restando só quatro partidas.
Do lado alviverde, a vitória sobre o Bahia trouxe o alívio. E também a confiança de que o time vai brigar até o fim para seguir na elite. Só que para isso ocorrer, vai precisar superar algumas barreiras. Uma delas é o retrospecto fora de casa. Como visitante, só venceu uma vez no Brasileiro. Na Arena, nunca saiu vitorioso.
Será preciso que, em seu primeiro jogo longe de casa, Fabio Matias encontre a estratégia certa e entenda a postura que a equipe precisa apresentar para ter um desfecho diferente dos últimos duelos como visitante.
Como citei no início, o resultado final não definirá o futuro do Juventude. Mas, se somar três pontos na Capital, o time de Fábio Matias elevará sua moral e o seu poderio de fogo para os últimos desafios da temporada. E a permanência estaria muito mais palpável.