Se você ainda não teve a oportunidade de conferir alguma competição surdolímpica em Caxias, não perca a chance neste final de semana. Ela não se repetirá tão cedo por aqui. E aí eu não falo só do evento em si, mas da reunião de nações, da experiência, do aprendizado.
Não vale a pena agora falar sobre a divulgação dos Jogos ou a forma como essa competição deixou de ser aproveitada pela nossa cidade em questões turísticas e de visibilidade nacional. É muito mais importante ressaltar a inclusão, o trabalho de uma grande equipe que viabilizou os jogos e, principalmente, daqueles que fazem o esporte em Caxias do Sul e foram peças fundamentais nesse processo.
A Surdolimpíada só deixou ainda mais evidente o quanto o esporte pode transformar. Contamos nas páginas do Pioneiro e em todas as plataformas do Grupo RBS histórias inspiradoras e que, em grande parte dos casos, têm em comum a falta de apoio para a prática esportiva e a superação.
Superação essa que pode não levar a um pódio, mas que garante uma mudança de vida, de perspectiva. Aprendemos a olhar e a conviver com a comunidade surda de outra forma. E isso é outro ponto fundamental. Incluir, agregar, compartilhar as experiências e os desafios que cada um tem.
Nosso trabalho como jornalistas foi de contar alguns desses momentos, de tentar derrubar barreiras, que podem até parecer invisíveis para alguém, assim como eu, um ouvinte. Certamente o evento agregou algo positivo para todos que tiveram a chance de frequentar as praças esportivas.
Dos mais pequenos, encantados com as bandeiras, os atletas e o ambiente esportivo, até nós, adultos, que conseguimos entender a dimensão dessas duas semanas, que trouxeram experiências muito além do esporte.