Antes de a bola rolar, uma vitória do Atlético-MG contra o Juventude poderia ser considerada natural. Os desfalques e a ausência de última hora de Wescley aumentavam a dificuldade para o time de Marquinhos Santos encarar o poderoso Galo de Cuca.
Porém, o que se viu no Alfredo Jaconi foi, mais uma vez, um Juventude extremamente aplicado e eficiente para sair na frente do placar, com Paulinho Boia. Na segunda etapa, as alternativas do banco mineiro e a maior qualidade pesaram. Um gol de Hulk e a desconcentração alviverde na bola parada, já nos acréscimos, acabaram decretando a virada e deixando um sentimento de frustração.
De novo, o Juventude sentiu o gostinho de um grande resultado, mas deixou escapar. Contudo, ficaram boas notícias. Dawhan e Didi tiveram atuações seguras. Paulo Henrique voltou a ser bem acionado na lateral direita. E Capixaba também reencontrou o futebol que fez dele uma referência na Série B. Isso sem falar em Paulinho Boia, que marcou um gol que uniu velocidade e qualidade técnica.
Por outro lado, Chico repetiu a lentidão e a pouca produtividade no meio-campo. Sorriso, tão elogiado em outros jogos, pecou pela individualidade na segunda etapa, quando a partida se apresentava propícia aos contra-ataques do Ju.
Outra vez, faltou capricho para matar o jogo. E, diante de um grande time, isso quase sempre é fatal. O pontinho perdido no final pode fazer falta ali na frente, mas o que vale em uma primeira avaliação é ressaltar mais uma atuação consistente do Juventude, que precisará recuperar terreno nesta rodadas finais do primeiro turno.