Que Grêmio e Inter são superiores a todos os times do interior gaúcho, é uma lógica há mais de um século, quando o Estadual do Rio Grande do Sul começou a ser disputado. No entanto, as semifinais de 2021 foram fáceis demais para a dupla Gre-Nal.
Diferente de outros anos, quando Caxias e Juventude conseguiram fazer frente aos rivais de Porto Alegre, a dupla Ca-Ju foi meramente coadjuvante para Grêmio e Inter confirmarem a tendência de final do Gauchão.
O Juventude até chegou a ganhar o primeiro jogo, na Montanha dos Vinhedos, mas foi dominado no Beira-Rio, no sábado (8), e saiu com a sensação de que o 4 a 1 foi até pouco, tamanho o domínio do Inter. E o time do espanhol Miguel Ángel Ramírez nem precisou jogar mais do que 45 minutos para mostrar sua superioridade.
O pênalti, cometido de maneira pouco inteligente pelo goleiro Marcelo Carné, acabou com qualquer expectativa do Juventude. Na Série A, serão 38 jogos com VAR e bobagens como a feita pelo camisa 1 alviverde são punidas.
No confronto do Caxias contra o Grêmio, no domingo (9), nem um susto. O Tricolor ganhou da equipe grená de forma tranquila no Centenário e sem nem ser incomodado na Arena. Ferreira fez o que quis na defesa da equipe do técnico Rafael Lacerda nos dois gols, dando passe para o primeiro e marcando segundo.
Nenhuma das eliminações das equipes serranas surpreende, mas o revés grená era uma lógica. Assim como aconteceu na Série D de 2020, o Caxias viveu um jejum de vitórias no Estadual e termina a competição com seis jogos seguidos sem vencer.
A apatia do Caxias nos dois jogos passa pelas decisões pré-semifinal. Quando Lacerda anunciou que sairia do clube após o Estadual, queria gerar um fato novo no vestiário. Porém, aparentemente, a escolha do agora ex-treinador grená criou uma desmobilização geral no time.
Era difícil a dupla Ca-Ju passar, mas não precisava ser tão fácil para eles.