Com ética, deixa sua marca no mundo!
Fabiana Mendes Isolan, filha de Sérgio Renato da Rosa Mendes e Maria de Lurdes Andriotti Mendes, é uma advogada determinada e competente. Formada pela PUC-RS, pós-graduada em Direito Empresarial pela UFRGS e pós-graduanda em Direito Notarial e Registral pela UNISC, Fabiana é também Coordenadora da Comissão de Cartórios Extrajudiciais da OAB Caxias do Sul. Casada com Rodrigo Werlang Isolan com quem tem dois filhos Felipe e Marcelo, ela integra a Confraria do Champanhe da Serra Gaúcha, na qualidade de secretária da instituição e na Confraria das Artes, é tesoureira.
Qual sua melhor lembrança da infância? São relacionadas aos encontros de família e ao campo. Íamos todos os fins de semana para a fazenda dos meus avós, na cidade de Guaíba. Embora na época a programação não fosse tão atrativa, hoje reconheço o quanto aquele lugar era espetacular e o que aquilo tudo me proporcionou. Quanto ao sabor que me remete a essa época, o vinho, que hoje sou apaixonada, transporta ao meu presente a imagem das antigas festas de família, quando todos nos reuníamos ao redor da mesa.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse publicada? Foi a decisão de ter filhos, constituir uma família e mantê-la. Isso tudo foi e continua sendo muito importante na minha vida. O título perfeito dessa biografia sem dúvida poderia ser “Uma família por paixão e uma mãe por vocação.”
Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Gosto de mim do jeito que sou; gosto das pessoas que tenho ao meu redor e das coisas que Deus me permite ter. Então, acho que voltaria uma Fabiana mesmo.
O que é ser uma boa advogada? Vai além do conhecimento e da atuação jurídica em si, deixando claro que essas duas questões são de essencial importância. Ser boa advogada também é entender os anseios do cliente, a sua realidade, e ter um olhar macro da situação. Nem sempre a solução ideal para um será a mesma para outro. Acho que, junto de muito estudo, atualização e interesse, esse é o caminho para uma boa advocacia.
Defina seu trabalho em uma palavra: vocação.
Como enxerga o Direito hoje? Se buscarmos no conceito de Direito, como um conjunto de regras para garantia e manutenção da paz social, entendendo ainda, que cabe ao Estado, através do Direito, regular a nossa vida em sociedade, vemos que sim, o Direito já foi diferente do atual. Digo isso, porque fiz faculdade e me formei em 2000 e desde então tenho acompanhado o número de crescimento exponencial dos processos tramitando no Poder Judiciário, sem a contrapartida do aumento de número de servidores. Além de os processos naturalmente demorarem mais na sua tramitação, o Juiz de hoje não tem mais o mesmo tempo do Juiz do passado. Assim, o Direito deixou de ser algo artesanal apresentando-se hoje como algo muito mais prático.
Quem é tua referência no âmbito profissional? Minha grande referência profissional é o hoje colega, meu ex-chefe, Desembargador aposentado, Breno Pereira da Costa Vasconcellos. Aprendi com ele não só o exercício da boa prática jurídica, mas também os princípios de liderança e valorização da equipe de trabalho. São ensinamentos que carrego diariamente e fazem toda a diferença na condução do meu escritório.
Nestes anos de profissão, houve algum momento crítico em que foi preciso superar barreiras? Por natureza, a nossa profissão envolve a superação de barreiras. É algo inerente à nossa atuação profissional. Esse é quase o dia a dia do advogado que trabalha também na área do contencioso, como eu. Assim, já tive momentos críticos, mas não tenho más lembranças, pois a sensação é de que isto só nos torna melhores profissionais.
Quais perspectivas vislumbra para os futuros profissionais da área? Ser advogado autônomo não é fácil. Além de ser curioso e estudioso, você tem que ser empreendedor. Assim, se empreendedorismo não for seu forte, tente se unir a um escritório já existente e não comece do zero. Caso contrário, comece sim, você terá muito a ganhar! De qualquer forma, seja como advogado autônomo ou como contratado, a verdade é que sempre existirá posto de trabalho para bons profissionais. Tenho convicção que a concorrência do advogado é com ele mesmo e não com os colegas. Quanto aos conselhos, eu diria: se esforce, seja ético, dê atenção ao seu cliente e seja um bom colega. Isso te levará longe!
Que lições sobre trabalho em equipe pode compartilhar das tuas experiências como Coordenadora da Comissão de Cartórios Extrajudiciais da OAB Caxias do Sul, Secretária da Confraria do Champanhe da Serra Gaúcha e, ainda, Tesoureira da Confraria das Artes? A maior lição que posso dividir é que para se ter uma verdadeira equipe de trabalho é essencial que todos compartilhem um objetivo comum e tenham a consciência da importância de seu esforço individual. Se não há esforço individual e visão de grupo, o trabalho fica comprometido. Por outro lado, se o grupo é coeso e participativo, nesse ambiente propício ao fluxo de ideias, é impressionante como se pode ir longe.
Quem foi, ou é, sua grande influência? Meu pai, Sérgio Renato da Rosa Mendes, um administrador nato, pessoa íntegra, marido e pai exemplar, além de um avô muito presente e um conselheiro que não abro mão.
O que gostaria que todos soubessem: que tudo passa. Que momentos de sofrimento e dificuldade nos resultam em força e experiência. Basta olharmos para trás que entenderemos ao ver as próprias dificuldades já superadas, que tudo realmente passa.
O que gosta de fazer no tempo livre? Amo cozinhar para o meu marido e meus filhos. Adoro fazer cardápios especiais, colocar uma mesa bem linda, estar perto deles e fazer coisas em família. Isso é o que eu mais gosto.
Traço marcante de sua personalidade? A determinação e objetividade. Sou uma pessoa muito determinada, que luta por seus ideais e objetivos de vida, tanto profissionais quanto pessoais.
Gostaria de ter sabido antes... que não podemos ter uma visão ingênua de mundo; que em todo lugar haverá pessoas boas e pessoas más, e que nos cabe apenas observar para, quem sabe, com certa parcela de sorte, identificar aqueles com quem poderemos efetivamente sentar à mesa.
Uma qualidade: ser atenciosa.
Um defeito: sou uma muito minuciosa.
Filme para assistir inúmeras vezes: todos os clássicos de animação da Disney.
Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa? Resiliência.
Uma palavra-chave: fé.