A alegria de ter saúde!
A médica caxiense Gabriela de Oliveira, filha Paulino de Andrade Oliveira e Sandra Luiza Oliveira, é graduada pela Universidade de Caxias do Sul, Geriatra pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e pós-graduanda em Urgência e Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Casada com Alex Missaglia, Gabriela é uma das fundadoras da Zivy Saúde, um projeto que reúne especialidades médicas e tratamentos hospitalares em busca de promover uma melhor qualidade de vida.
O que é o bom da vida? É trabalhar com o que se ama, aproveitar os momentos bons em família e com os amigos. É ser e ver as pessoas alegres.
Que conexão faz com a infância? Tenho muitas lembranças com meus nonos, Antonio Jose Weisz (in memoriam) e Jandyra Santina Weisz, na praia pescando, fazendo chimia e andando de carrinho de mão.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que título teria se fosse uma obra? O momento mais importante e alegre da minha vida, sem dúvida, foi o dia em que aprovei no curso de Medicina. O título seria: Lágrimas de Felicidade.
Ao lado de quem gostaria de ter sentado na época da escola? Do Frei Jaime Bettega, já conhecia sua história, mas tive o prazer de encontrá-lo pessoalmente há pouco tempo, um homem que transmite muita paz. Também de meu pai, Paulino de Andrade Oliveira, um economista como poucos, aprendo muito com ele.
O que te inspira? Muitas pessoas já passaram pela minha vida, e cada uma deixou algo de bom, uma inspiração. Profissionalmente me inspiro muito na Dra Daniela Osório, médica nefrologista, um ser sem igual, vejo o carinho com o qual ela trata os pacientes, além de ser muito competente, isso me deixa, realmente inspirada a ser sempre melhor. Acredito que todas as pessoas possuem algo de bom, é nesse sentimento que me inspiro.
O que fazer para se manter o equilíbrio em tempos de isolamento social? Atividade física, mentalizar coisas boas e nunca perder a esperança de que dias melhores virão.
Quando decidiu seguir o caminho da medicina? Atuar na área da saúde sempre foi meu sonho. Quando concluí o ensino fundamental, fiz curso técnico de enfermagem, foi nesse momento que surgiu o desejo pela Medicina. Então decidi me dedicar a entrar na faculdade e ir em busca do meu sonho.
O que te motivou a trazer para Caxias do Sul o serviço inédito de atendimento médico domiciliar? Decidi trabalhar com atendimento geriátrico quando meu avô Antonio, necessitou de internação hospitalar. Comecei a acompanhá-lo mais e me encantei por essa área. Assim, em conversas com os colegas Luciano Ártico, Vanessa Longhi e Dimorvan Calza, percebemos uma brecha na saúde, que muitas informações de pacientes e exames se perdiam, assim surgiu a Zivy, para sanar essa falta, para dar prevenção de doenças e tratar com maior qualidade os pacientes.
Como se dá o acompanhamento das pessoas assistidas pela Zivy Saúde? É um serviço inédito, queremos que nosso paciente seja assistido, centralizando o cuidado da pessoa. Nosso acompanhamento se dá de forma constante, ou seja, a cada semana, a cada 15 dias ou mensal, por telefone, WhatsApp, vídeo chamada ou até visita presencial. Há também as visitas de fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia e psicologia, tudo conforme a necessidade.
O serviço que você presta também auxilia no tratamento de pessoas infectadas pela Covid-19. De que forma é feito o acompanhamento nesses casos? Caso a pessoa apresente sintomas da Covid-19, a coleta do exame pode ser feita de forma domiciliar, por nossa equipe, mediante agendamento e contratação do nosso plano. Assim um médico e um enfermeiro se deslocarão até a casa do paciente e farão uma avaliação geral, não somente da queixa atual, mas de toda o histórico. O enfermeiro fará a coleta do exame para Covid-19 que logo será encaminhada ao laboratório para obtermos o resultado com maior agilidade. Se for positivo imediatamente será iniciado o tratamento ideal. Sendo negativo, uma investigação mais profunda com exames.
A pandemia do novo coronavírus trouxe diversas mudanças para o cenário político e científico, como diferenciar o que é ciência e o que é “achismo”? Difícil filtrar adequadamente as notícias de hoje em dia, e além disso a questão política tem pesado demais nas decisões. Os estudos sobre o coronavírus são recentes, então é normal que as pessoas sintam-se perdidas, mas a informação é de fácil acesso, basta ir atrás.
Quais seus projetos para o futuro? Está trabalhando em algo novo? Meu projeto para o futuro é expandir o atendimento cooperativo de saúde, fazer com que as pessoas entendam a importância da prevenção. Desejo promover mais qualidade de vida.
Gostaria de ter sabido antes... como a alimentação saudável e a atividade física são importantes, hábitos que desenvolvi há poucos anos, mas nunca é tarde para começar uma vida mais saudável.
Um hábito que não abre mão? Sou viciada em doces, tento comer os com menos aditivos e sem açúcar, mas realmente é meu vício.
Um talento que ninguém conhece: acho que essa pandemia me mostrou um lado mais resiliente. Como tenho atuado na linha de frente no combate a Covid-19, tive que lidar com problemas, me adaptar a mudanças, superar obstáculos, resistir à pressão de diversas situações.
A melhor invenção da humanidade? A internet é a melhor e a pior invenção, depende de como a usamos.
Traço marcante de sua personalidade? Otimismo.
O que tem feito para impactar o mundo e as pessoas de maneira positiva? Tento levar conforto e esperança para as pessoas, principalmente aos pacientes que se encontram em situações difíceis e precisam de uma palavra amiga, um carinho.
Ter saúde é: ser alegre. O sorriso contagia.
Um forte desejo: um mundo alegre.
O que mais respeita no ser humano? Honestidade.
Com que mensagem encara o mundo? Depois de um dia ruim, sempre haverá outro que será bom. A vida é um ciclo.
Reflexão de cabeceira? “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.” Salmo 23, está afixado na parede de casa.