A concessão dos serviços funerários em Caxias do Sul, que ganhou semana passada o prestimoso e valioso empurrão do pedido de instalação de uma CPI especial na Câmara de Vereadores, foi alçada à condição de principal assunto do debate eleitoral. O tema precisa ganhar esclarecimentos, não há nenhuma dúvida sobre esse aspecto e nenhum reparo a ser também ele um debate necessário na campanha. Porém, não sai da pauta eleitoral e da Justiça Eleitoral e está retirando espaço precioso, na reta final do horário político, para debater outros assuntos da cidade.
O tema ganhou espaço no horário eleitoral do candidato Maurício Scalco (PL) com depoimentos de familiares que precisaram recorrer aos serviços funerários e alegam custos elevados. A Justiça Eleitoral deferiu liminar com direito de resposta à candidatura de Adiló Didomenico (PSDB), ratificou a decisão e agora teve de expedir outra decisão, desta vez determinando ajustes na resposta enviada (por Adiló) ao horário eleitoral. E cada novo capítulo gera novos desdobramentos e acirramentos entre adversários pelos votos da direita.
A assessoria jurídica da Câmara ainda avalia se dá sinal verde à instalação da CPI. E assim vamos na reta final da campanha eleitoral. Muito serviço funerário, menos espaço para outros temas da cidade.