O fracasso mais retumbante da eleição municipal em Caxias do Sul ficou por conta do MDB. O partido de três governadores caxienses, Pedro Simon, Germano Rigotto e José Ivo Sartori, simplesmente não formou bancada na Câmara.
Na eleição de 2020, o MDB havia eleito dois parlamentares: Felipe Gremelmaier e Gladis Frizzo. Felipe concorreu a prefeito e Gladis trocou o MDB pelo PP. E agora, o MDB não elegeu nenhum. Em 2016, havia conquistado quatro cadeiras: além de Gladis e Felipe, Edson da Rosa e Paulo Périco. Estes dois, anos depois, deixaram o MDB. Já na eleição de 2012, foram três vereadores eleitos: Mauro Pereira, Edson e Felipe.
Na eleição proporcional deste ano, o quociente eleitoral ficou em 10.012 votos, número necessário para conseguir uma cadeira. E o MDB não atingiu esse número: entre votos nominais para vereador e na legenda, somou 9.846 votos, insuficientes para a conquista de uma cadeira. Apenas três candidatos a vereador obtiveram mais de mil votos: Marcos Vinicius Saccaro, com 1.982, Mauro Pereira, com 1.494 e Cristina Nora Calcagnotto, com 1.179. Na foto acima, o diretório municipal do MDB no dia da escolha de Felipe Gremelmaier candidato à prefeitura, em 3 de junho passado.
Essa performance abre um crise sem precedentes na história do MDB caxiense e é um revés para todas as suas lideranças, notadamente as mais importantes. Por fim, a cereja do bolo: dois ex-emedebistas, Daiane Mello (PL) e Edson da Rosa (Republicanos), que ficaram sem espaço no MDB e deixaram o partido, elegeram-se por outras siglas com votação relevante – 5.034 votos e 2.653 votos, respectivamente.